Fidel e o
Governo Revolucionário de Cuba com a Venezuela frente às agressões dos EUA
Carta de
Fidel para Maduro
Caro
Nicolás Maduro
Presidente
da República Bolivariana da Venezuela,
Quero parabenizá-lo por seu discurso
brilhante e corajoso frente aos planos brutais do governo dos EUA.
Suas palavras entrarão para a
história como prova de que a humanidade pode e deve saber a verdade.
Fraternalmente,
Fidel
Castro Ruz
(09 de marco de 2015, 11:24 h)
Declaração
do Governo Revolucionário da República de Cuba
O Governo Revolucionário da República
de Cuba teve conhecimento da arbitrária e agressiva Ordem Executiva promulgada
pelo Presidente dos Estados Unidos contra o Governo da República Bolivariana da
Venezuela, que classifica o país como uma ameaça à sua segurança nacional, em
retaliação às medidas adotadas em defesa de sua soberania, contra as ações
intervencionistas de autoridades governamentais e do Congresso dos Estados
Unidos.
Como a Venezuela ameaça os EUA? Estando
a milhares de quilômetros de distância, sem armas estratégicas e sem o uso de
recursos ou pessoal para conspirar contra a ordem constitucional estadunidense,
a afirmação parece pouco plausível e desnuda os fins de quem as emite.
No entanto, tal afirmação em um ano
em que haverá eleições legislativas na Venezuela reafirma, uma vez mais, o
caráter intervencionista da política externa norte-americana.
A gravidade desta ação executiva tem colocado
em alerta os governos da América Latina e do Caribe que em janeiro de 2014, na
Segunda Cúpula da CELAC em Havana, declararam a região como uma Zona de Paz e
repudiaram qualquer ato que atente contra ela, pois acumulam experiências
suficientes de intervenção imperial em sua história.
O Governo Revolucionário da República
de Cuba reitera mais uma vez o seu incondicional apoio e do nosso povo à
Revolução Bolivariana, ao governo legítimo do presidente Nicolas Maduro e ao heroico
povo irmão da Venezuela.
Ninguém tem o direito de intervir nos
assuntos internos de um Estado soberano nem a declará-lo, sem fundamento algum,
como uma ameaça à sua segurança nacional.
Como Cuba nunca esteve sozinha, a Venezuela
também não estará.
Havana, 09
março de 2015