"Se não estás prevenido ante os meios de comunicação, te farão amar o opressor e odiar o oprimido" Malcom X

terça-feira, 30 de junho de 2009

Quem diria

Itamar Franco filia-se ao PPS no dia 6


O presidente nacional do PPS, Roberto Freire, irá assinar a ficha de
filiação do ex-presidente na próxima segunda-feira



Por: Júlio César do PPS-MG


O Partido Popular Socialista de Minas Gerais realiza no próximo dia 6 de
julho, segunda-feira, um ato público durante o qual se filiará ao partido o
ex-presidente da república e ex-governador do estado Itamar Franco. O
evento, marcado para as 15 horas, terá como sede o Salão Nobre da Assembléia
Legislativa de Minas Gerais.

Fundado em 25 de março de 1922, ainda com o nome de Partido Comunista
Brasileiro, o PPS receberá com a chegada de Itamar o primeiro ex-presidente
de sua história. Nacionalmente, o partido tem hoje uma bancada de 13
deputados federais, 132 prefeitos e quase quatro mil vereadores em todos os
estados do país.

Itamar Franco volta a ingressar em um partido após três anos sem filiação,
desde que deixou o PMDB em 2006. O ex-presidente recebeu um convite oficial
para se filiar ao PPS em 2008.

A pouco mais de um ano das eleições que definirão o próximo presidente da
república, assim como dois senadores e o governador de Minas Gerais, o PPS
recebe a filiação de Itamar Franco poucos dias após o lançamento nacional do
oposicionista Bloco Democrático Reformista (BDR), que conta, além do PPS,
com a participação do PSDB e do Democratas.

Estão confirmadas para o ato de filiação do ex-presidente Itamar Franco ao
PPS as presenças do presidente nacional do partido, Roberto Freire, do
governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), do prefeito de Belo
Horizonte, Marcio Lacerda (PSB), e do presidente da Assembléia Legislativa
de Minas Gerais, deputado Alberto Pinto Coelho (PP), além dos principais
dirigentes das legendas que compõem o BDR.

O ex-presidente ingressará no PPS ao lado de várias lideranças estaduais e
nacionais que o acompanham em sua trajetória política. Irão filiar-se também
os ex-ministros Henrique Hargreaves e Djalma Morais, atual presidente da
Cemig, o ex-deputado Marcelo Siqueira e a ex-secretária estadual de Justiça
Ângela Pace.

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Bate-boca no Senado

Continuando o assunto "transparência", recordo que há cerca de dez dias, ouvi pelo rádio um bate-boca entre senadores após o discurso proferido pelo presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), aquele em que ele se exime da culpa pela crise em que passa a instituição que preside. Um grupo de senadores pediu a demissão do diretor-geral e o Tasso Jereissati leu em plenário um relatório informal com sugestões para a reforma administrativa que pretendem aplicar na casa. Em parte, diga-se, o relatório não difere muito do que foi recomendado pela FGV (a Fundação Getúlio Vargas) que foi contratada para fazer um estudo e, como resultado de sua consultoria, recomendou a redução "drástica" do número de diretorias da casa.

Sarney ficou ouvindo a leitura do documento e os comentários que se seguiram, dentre eles, o de que muitos senadores apoiavam o "movimento" mas não todos (insinuando que haviam os que estavam alinhados à atual gestão da casa). Tudo ia bem até que os senadores Tião Viana (PT-AC), Mão Santa (PI), Papaléo Paes (PSDB – AP) e Sérgio Guerra (PE) e mais outros "periféricos" que não lembro agora, protagonizaram um ríspido bate-boca sobre quem compreendia ou não a "necessidade" que eles tinham de manter o benefício de passagens aéreas para suas respectivas famílias, para que não corressem o risco das mesmas desmoronarem. Um deles chegou a dizer que o senador Cristovam Buarque (PDT-DF) era professor, portanto devia ser rico (!), e por isso poderia manter do próprio bolso a rotina de buscar e mandar esposa e filhos pra lá e pra cá. No entanto, continuou, como ele reside em Brasília, "defendia o corte da verba porque não precisava dela".

Ora... sem querer ferir o direito de ir e vir garantido pela Constituição, porque então não cria-se a seguinte regra: quem quiser exercer mandato parlamentar em Brasília, precisa sim conversar com a família para que mudem todos para a cidade durante o mandato. E a justificativa do próprio Cristovam me pareceu bem plausível: quando existe uma contratação por empresa privada, salvo exceções, ou a família inteira muda para a cidade (inclusive em outros países) onde o contratado exercerá seu ofício, ou em casos extremos em que isso não é possível, a família cria suas próprias normas para solucionar o problema, tais como reservar uma quantia para ver-se nos finais de semana ou até recusar o convite. Até para o caso de viagens, as empresas costumam custear uma parte, bem como a permanência da família em local próximo, mas daí a bancar todas as viagens que queiram, para um número sem limites de pessoas... Sinceramente, também custo a entender o mecanismo que obriga que nós, contribuintes, tenhamos que pagar para a família dos senadores (e deputados!) ficarem circulando pra lá e pra cá durante o mandato deles.

Também quero!

Está no Ancelmo Gois, no Globo de hoje:
Quarta à noite, Ronaldo Fenômeno bateu de carro, em Higienópolis, bairro dos bacanas paulistanos. O Outro motorista estimou que seu prejuízo ficaria ali pelos R$ 6 mil.
- Vamos resolver agora - garantiu o craque.
Sacou o talão e fez um cheque de...R$ 70 mil.

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P.S.: To em dúvida se essa história é verídica mesmo porq a cifra é tão alta que acho que exageraram na "apuração", digamos assim. Por outro lado, o coitado do Ronaldo pode ter, com isso, apenas tentado evitar mais delongas com a mídia. Vai saber...

Não entendi

O Governo do DF, vi agora no Bom Dia DF, pretende divulgar pela internet sua folha de pagamento. To muito curiosa para ver isso e não entendi porque os sindicatos e entidades de defesa do trabalhador estão contra a idéia. Se for aparecer, por exemplo, os salários com nome e tudo do pessoal que é parente do governador e está empregado no governo, será interessante... ou não? Sinceramente, não vou ligar se um dia vierem a divulgar por aí quanto eu ganho... tá certo que não ganho lá essas coisas. Vai ver que é isso.. se eu começar a ganhar muitas cifras $$$$ talvez eu comece a pensar diferente. Nem que seja pra me prevenir de sequestros. Ixi, pensando bem, acabei de arranjar um argumento contra bem convincente.

domingo, 28 de junho de 2009

CIDH CONDENA ENÉRGICAMENTE GOLPE DE ESTADO EN HONDURAS

Washington, D.C., 28 de junio de 2009 - La Comisión Interamericana de Derechos Humanos (CIDH) condena enérgicamente el golpe de Estado y la ruptura del orden constitucional en Honduras.

La CIDH hace un llamado urgente a que se restaure el orden democrático en Honduras y a que se respeten los derechos humanos, el Estado de Derecho y la Carta Democrática Interamericana. Asimismo, la CIDH urge al respeto irrestricto del derecho a la libertad de expresión.

De acuerdo a la información recibida, la Canciller de Honduras, Patricia Rodas, y otros miembros del gabinete ministerial habrían sido detenidos y su paradero sería desconocido. La CIDH exige que se aclare de manera urgente la situación de la Canciller y los demás miembros del gabinete, y que se respete y proteja su vida e integridad personal, así como la vida e integridad de los miembros de la familia del Presidente Manuel Zelaya.

La CIDH es un órgano principal y autónomo de la Organización de los Estados Americanos (OEA), cuyo mandato surge de la Carta de la OEA y de la Convención Americana sobre Derechos Humanos. La Comisión está integrada por siete miembros independientes que se desempeñan en forma personal, que no representan a ningún país en particular y que son elegidos por la Asamblea General de la OEA.

PRONUNCIAMIENTO

Amanecimos con aviones cruzando el cielo, bajo un golpe de Estado ¡a estas alturas! en un supuesto “Estado de Derecho”, orquestado por las Fuerzas Armadas, el Presidente del Congreso Nacional: Roberto Michelletti y la clase política y oligárquica del país que controla los medios de comunicación por lo que:

Condenamos y repudiamos el Golpe de Estado dirigido por las Fuerzas Armadas y el Congreso nacional de la República, así como los grupos de poder fáctico entre los que se encuentran los movimientos contra la consulta popular y los medios de comunicación pertenecientes a Rafael Ferrari Sosa, Carlos Flores (ex presidente de la nación), Miguel Andonie y Jorge Canahuati, es decir los periódicos La Tribuna, El Heraldo, Radio América y Radio HRN

Condenamos el asalto armado y exilio del Presidente Zelaya y Patricia Rodas, así como la detención y tortura de los embajadores de Venezuela, Cuba y Nicaragua, además de la detención de otros líderes políticos y alcaldes municipales de las diferentes regiones del país de los que hasta la fecha no tenemos información.

Nos unimos a las organizaciones del movimiento social de Honduras que repudian este Golpe de Estado y nos declaramos a partir de hoy en resistencia pacífica en apoyo al Presidente Zelaya y a la restitución de la democracia hondureña.

Exhortamos a las organizaciones sociales, personas naturales, feministas y feministas independientes a nivel nacional e internacional a que se manifiesten y estén pendientes sobre la situación de alerta en que nos encontramos a nivel nacional y solicitamos su apoyo en la difusión y socialización de este pronunciamiento.

Dado en la ciudad de Tegucigalpa, 28 de junio de 2009

¡PORQUE NOSOTRAS SOMOS HONDURAS, ESTAMOS EN RESISTENCIA!

Feministas Hondureñas
Red de Mujeres Comitzahualt
Red de Mujeres del Aguán
Red de mujeres de la Zona Norte
Red de Mujeres de Intibucá Y otras que se vayan sumando

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Que pena

Minha geração passou a vida ouvindo, vez por outra e em ocasiões diversas, esse cara cantar e dançar. Eu prefiro ficar com a parte das lembranças que são realmente boas de lembrar. A sequência de entrevistas abaixo, é bem interessante para ver como ele era. Mas no youtube tem outros, inclusive um para o 60 Minutes em que ele relata a violência policial sofrida quando foi preso por acusação de pedofilia.


quinta-feira, 25 de junho de 2009

AUDIÊNCIA PÚBLICA DISCUTE A CONFERÊNCIA DISTRITAL


No último dia 23, na Câmara Legislativa do DF, foi realizada audiência pública para discutir a Conferência Nacional e Distrital de Comunicação. A diretora do Sindjus, Sheila Tinoco, explicou que a intenção da audiência seria “sensibilizar o Governador do Distrito Federal a convocar a Conferência Distrital com máxima urgência”. No evento, estavam presentes a Presidente da CUT-DF, Rejane Pitanga, deputados federais e distritais, membros do Conselho Regional de Psicologia, do Intervozes, representantes de rádios comunitárias e FNDC (o Fórum Nacional pela Democratização das Comunicações). O Governo do Distrito Federal (GDF) e a Associação Nacional dos Jornais (ANJ) foram convidados mas não mandaram representantes ao evento.

A Conferência Distrital é uma etapa obrigatória para a realização da I Conferência Nacional de Comunicação que irá se realizar entre os dias 1º e 3 de dezembro desse ano e terá como tema: “Comunicação: meios para a construção de direitos e de cidadania na era digital”. A idéia é que a etapa distrital seja uma organizadora de propostas. O diretor do Sindicato dos Radialistas do Distrito Federal, Chico Pereira, ressaltou a necessidade de envolvimento do GDF no processo. “Nós não queremos nos confrontar com o governo Arruda. Queremos que ele venha construir a Conferência Distrital de Comunicação”, declarou Pereira, que é membro suplente da Comissão Organizadora Nacional da Confecom.



A jornalista Mayrá Lima, do Intervozes – Coletivo Brasil de Comunicação Social, abordou a importância do envolvimento das cidades-satélites do Distrito Federal na Conferência Distrital, bem como a necessidade de serem debatidos os temas vinculados à realidade da população local. "O modelo vigente é marcado pela concentração e hipertrofia dos meios em poucos grupos comerciais, cujas outorgas são obtidas e renovadas sem controle da sociedade e sem critérios transparentes. A necessidade de corrigir tais distorções históricas emerge justamente na hora em que a convergência digital torna cada vez mais complexo o processo de produção, difusão e consumo das informações", acrescentou.





Como em qualquer processo de Conferência, etapas estaduais e distrital deverão ser realizadas pelo poder executivo local. Segundo Mayrá, a sociedade civil está mobilizada através da Comissão Pró-Conferência DF, que conta com a participação de sindicatos, coletivos, da Universidade de Brasília e de movimentos populares. O próximo passo é instituir uma portaria convocando a Conferência Distrital, mediante as orientações da Comissão Organizadora Nacional e garantir que as regiões administrativas do DF se imbuam da discussão, através de etapas regionais e, finalmente, na distrital com tiragem de delegados para a Confecom.

Durante a audiência, a deputada Érika Kokay - responsável pelo requerimento que convocou a audiência, disse entender que a comunicação é "um aspecto estruturante para a construção de uma nova lógica social que seja essenciamente humana". O presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do DF, Romário Schettino, defendeu a criação de mecanismos de controle social sobre os meios de comunicação. Segundo ele, o "atual modelo não contribui com a democracia brasileira", registrou o jornalista, que também compõe a Comissão Organizadora Nacional da Confecom.




A presidente da CUT-DF, Rejane Pitanga, fez uma crítica ao monopólio dos meios de comunicação no DF, citando o caso da última greve dos professores, quando estes foram tratados como criminosos.




A deputada Érika Kokay irá encaminhar aos outros parlamentares as propostas debatidas e solicitar aos membros da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos da que marquem audiência com o Governador Arruda.


Fotos: Juliana Medeiros

Por uma religião menos careta e preconceituosa


(clique na imagem para ampliar)

terça-feira, 23 de junho de 2009

Jornalista sem diploma não tem futuro

Por Gilberto Dimenstein


Professor de Harvard, o psicólogo Howard Gardner ganhou notoriedade mundial ao disseminar o conceito de inteligências múltiplas -em poucas palavras, a inteligência se manifesta das mais diferentes formas, inclusive na habilidade como se move o corpo num campo de futebol.

Veja a renda mensal de jogadores que desprezaram a escola como Adriano (R$ 300 mil) ou Ronaldo (R$ 1,1 milhão) -agora, compare com salário de um professor doutor da USP, com dedicação integral (R$ 6,7 mil). Imagine quantos times de professores seriam necessários para ganhar o salário dos dois jogadores.

O psicólogo afirma que uma das habilidades fundamentais no mercado de trabalho é a "mente sintetizadora". Por isso, apesar da decisão do Supremo Tribunal Federal, na semana passada, de permitir que até um jovem com ensino médio (ou menos) trabalhe numa Redação, o jornalista não terá futuro sem, no mínimo, um diploma. Provavelmente o menos importante desses diplomas seja o de jornalismo.

Mente sintetizadora é a habilidade de extrair o que é essencial do amontoado cada vez maior de informações despejada diariamente pelos mais diferentes meios. Para Gardner, o profissional do futuro deverá ter essa "mente" ou, pelo menos, ser assessorado por alguém que a tenha, do contrário tende a ficar paralisado entre as múltiplas alternativas.

Para nenhuma atividade profissional, o desafio de lidar com o excesso de informação (e, portanto, exercer a capacidade de síntese) é tão pesado como para os jornalistas. Afinal, a imprensa é e será o grande filtro, seja no papel, no rádio, nas telas da televisão ou do computador. O jornal "The New York Times" inventou, no mês passado, um novo cargo: editora de "mídia social". Sua missão: navegar pelo labirinto das redes de internet como Orkut, Facebook, Twitter, além da floresta de blogs, e descobrir informações e tendências. Quem está acompanhando as manifestações do Irã, vê o papel dessas redes diante da proibição de divulgação de notícias.

Não se desenvolve a capacidade de síntese sem um longo treino de associação de dados, ideias e conceitos, o que exige uma vivência de ensino superior, com cargas de leitura e dissertações aprofundadas. Desenvolve-se, aí, a competência para identificar, relacionar e selecionar, a partir de problemas complexos.

Daí que o aluno que passou a vida decorando para fazer provas tem até a chance de entrar numa boa faculdade, mas corre o risco de quebrar a cara no mercado de trabalho.

O fim da obrigatoriedade do diploma responde a essa demanda dos meios de comunicação: a abertura para profissionais ou acadêmicos das mais diversas áreas, especializados em determinados assuntos, capazes de acompanhar melhor a velocidade do conhecimento. É bem diferente de certos tempos em que se aceitavam, sem maiores problemas, repórteres talentosos para descobrir o futuro, mas incapazes de escrever; havia, na Redação, profissionais pagos para escrever a matéria, chamados "copidesque".

O jornalista de qualidade será obrigado a se reciclar permanentemente, mantendo-se ligado a algum nível de vida acadêmica. É apenas consequência óbvia da era da aprendizagem permanente. Ou seja, um diploma é pouco. O presidente do STF, Gilmar Mendes, ao justificar o fim do diploma, comparou o jornalista ao cozinheiro. Também não acredito que um cozinheiro, no futuro, prospere sem diploma de ensino superior.

Ao contrário do que se pensa, o fim do diploma deve ajudar os cursos de jornalismo. Basta ler um texto universitário para ver a inviabilidade da linguagem acadêmica na mídia. Os profissionais que desejarem prosperar numa Redação terão de reciclar sua linguagem e lidar com as técnicas de comunicação; o acadêmico tem a reverência do processo; o comunicador, a do instante.

Minha aposta é que serão criados cursos de curta duração, no estilo sequencial, com foco no mercado de trabalho. Com a decisão do STF, tirando os corporativistas, todos saíram ganhando a começar do leitor.

PS - Minha aposta: os cursos de jornalismo mais procurados serão uma versão um pouco mais ampliada dos treinamentos oferecidos atualmente em jornais e algumas revistas. Ou seja, centrados na prática e no contato com jornalistas em atividade. Fora disso, é para quem procura fazer teses de doutorado (o que, diga-se, é importante).

Ou jogar dinheiro fora. É mais uma pancada contra a praga do corporativismo que, na semana passada, levou mais cutucões, entre os quais a divulgação dos salários dos serviços municipais pela Prefeitura de SP e o anúncio da obrigatoriedade de exames para diretores regionais de ensino e de saúde, além dos diretores dos hospitais da rede pública paulista. Vamos, aos poucos, aprendendo a valorizar o mérito para defender a coletividade, especialmente os mais pobres. Para completar, alunos se mobilizaram contra a greve na USP.

Acontece agora na CL/DF

Deu no Blog da Paola Lima:


Terminou agora o discurso de abertura do Secretário de Saúde, Augusto Carvalho (PPS), na audiência da Câmara Legislativa para que fale da situação da rede pública no Distrito Federal. Augusto reconheceu as dificuldades da rede e admitiu que pensou muito antes de aceitar o convite para o cargo. Mas prestou contas do que já foi feito na Secretaria: entre as ações, R$ 63 milhões disponíveis para compra de equipamento, convocação de profissionais nas mais diversas áreas da Saúde e abertura do Hospital de Santa Maria.

Augusto também citou as terceirizações praticadas em todo o país, inclusive pelo governo petista na Bahia, e que teriam melhorado o atendimento da rede pública nos estados. O secretário falou a um plenário e galeria lotados de profissionais da área. Por diversas vezes, foi veementemente vaiado.

A partir de agora, o presidente da Comissão de Educação e Saúde (CES), Dr. Charles (PTB), abre o espaço para as perguntas dos distritais.

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P.S.: O blog da Paola está sendo atualizado quase que "real time", já que ela também se encontra aqui na CL/DF cobrindo a sessão. Interessante dar uma passadinha por lá de vez em quando para ver como vai indo o debate. Eu estou aqui nos preparativos para a audiência da COFECOM-DF que rola mais tarde.

Audiência Pública discutirá Conferência Distrital de Comunicação

Fonte: www.sindjusdf.org.br


Hoje (dia 23), às 19h, será realizada audiência pública para discutir a Conferência Nacional e Distrital de Comunicação, na Câmara Legislativa do Distrito Federal. Todos poderão acompanhar a transmissão ao vivo pela Rádio CUT-DF, no site http://www.cutdf.org.br/.

“Queremos sensibilizar o Governador do Distrito Federal a convocar a Conferência Distrital com urgência”, explica a diretora do Sindjus, Sheila Tinoco. A Presidente da CUT-DF, Rejane Pitanga, deputados federais e distritais, Conselho Regional de Psicologia, Intervozes, representantes de rádios comunitárias, FNDC estarão presentes na mesa de abertura.

Durante a greve dos professores do Distrito Federal o Sindjus adotou uma postura diferente da mídia local, que pretendia colocar a população contra os professores, atitude adotada pelo GDF. Ao contrário, o Sindjus elaborou material jornalístico divulgado no site, TV Web e no boletim semanal, apoiando a categoria e mostrando a realidade dos fatos para a população.

Diante disso o Sindicato defende a comunicação de forma não parcial e sim de que a sociedade tenha direito a conhecer a realidade dos fatos e para isso, portanto a efetiva democratização da mídia nacional.

Com a proximidade da realização da primeira Conferência Nacional de Comunicação (entre os dias 1ª e 3 de dezembro) os integrantes da Comissão Distrital Pró-Conferência de Comunicação pretendem mostrar ao Governo do Distrito Federal a importância da realização da Conferência Distrital de Comunicação para organizar as propostas e garantir o avanço da democratização da comunicação no País.

Assista abaixo o vídeo divulgado no site da Fenajufe sobre a Conferência:


segunda-feira, 22 de junho de 2009

Resposta oficial do Ministério da Justiça de Israel

Depois de assinar e divulgar aqui o manifesto pela libertação do ativista Ezra Nawi, recebi (acredito que todos que assinaram o manifesto também receberam), um ofício do Ministério da Justiça de Israel (clique na imagem abaixo para ampliar). No documento, oficialmente, o advogado do Ministério (Assaf Radzyner), relata as "trangressões" de Ezra e avisa que o mesmo irá a julgamento no dia 1º de julho. Dentre as acusações: "todas as semanas vai a Hebron e mobiliza palestinianos ali residentes"; "juntamente com estes palestinos, ele conscientemente entra em áreas em estreita proximidade das colônias israelitas que são fechadas pelos militares"; "provoca os locais residentes para enfrentarem a IDF (a Defesa Israelense)", e outros.


Vamos continuar divulgando, portanto, para colher mais assinaturas e tentar evitar o pior.

Urgente: Projeto de Emenda - Conselhos Tutelares

Hoje, dia 22 de junho de 2009, na Promotoria de Defesa da Infância e Juventude (911 Norte) foi realizada reunião com a presença dos representantes do SINDJUS, da PDIJ, Associação do Ministério Público e Conselheiros Tutelares.

Foi relatado que a campanha para a emenda à Lei Orgânica sobre a criação e funcionamento dos Conselhos Tutelares já conta com mais de 30 mil assinaturas de eleitores do DF. Assim, foi avaliado que não há necessidade de manter a campanha até o prazo previsto (21/07). O protocolo das assinaturas e do projeto na Câmara Distrital será no dia 25/06, quinta-feira, 16h.

Logo, todos que estão participando da coleta de assinaturas devem entregar os formularios até o dia 24/06, 4ª feira, na sede do SINDJUS (SDS CONIC, Venâncio V, 1º andar, sl. 112, resp.: Ivete, telefones: 3212-2611/2615 e 9303-5408) ou podem contactar com Evaldo (CT Ceilândia), 84052466, ou Rafael (CT Brasília), 9291-9019.

Calendário:
24/06 - Prazo final para entrega dos formulários com assinaturas dos eleitores do DF, na sede do SINDJUS ou para as pessoas acima indicadas;
25/06 - Protocolo do projeto de emenda a lei orgânia do DF com as assinaturas, na Câmara Distrital, 17h;
Julho/Agosto - mobilização para exigir a aprovação do Projeto.
Saudações,

Rafael Madeira da Veiga
Conselheiro Tutelar de Brasília
Telefones: 3905-1349/1278/1354 e 9291-9019

Frase da semana

Durante audiência pública no Cine Brasília

"Nessa cidade o governo desgoverna, os partidos não tomam partido, a crítica não critica. Quer saber?
VÃO PRA PUTA QUE OS PARIU!!!!!!"


Vladimir Carvalho, cineasta e documentarista brasileiro.
(postado por Mayara Reis às 09:11 na lista do Fórum de Cultura do DF)

II Ciclo de Debates LaPCom/UnB

Car@s Colegas,

É com prazer que a equipe do Laboratório de Políticas de Comunicação da Universidade de Brasília (LaPCom-UnB) , em parceria com a Associação Brasileira de Direito de Informátiica e Telecomunicações (ABDI), convida-@s para a terceira edição do II Ciclo de Debates LaPCom, na próxima segunda-feira, dia 29 de junho, sobre o tema Os Desafios da I Conferência Nacional de Comunicação. O formato prevê 30 minutos para o pronunciamento do palestrante, Marcelo Bechara (Ministério das Comunicações), seguindo-se intervenções, de 10 minutos, dos debatedores - a advogada Ana Paula Bialer, da Associação Brasileira de Direito de Informática e Telecomunicações (ABDI), e o professor Fernando Paulino, do LaPCom/UnB. O evento será realizado no campus da UnB, no auditório do edifício SG-11, da Faculdade de Tecnologia, das 19 h às 21h30. Solicitamos que os interessados em participar deste evento tentem chegar no horário porque estamos transmitindo o debate em videoconferência.

Aguardamos sua presença!!!

Equipe LaPCom-UnB

domingo, 21 de junho de 2009

Conselho Curador da EBC promove audiência pública para debater TV pública no Brasil

O Conselho Curador da EBC promove a primeira audiência pública para discutir o papel da TV Pública no Brasil, no dia 09 de julho - com início previsto para a s 14:00h e término para as 18:00h - na sede da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio (CNTC), em Brasília.

Representantes da sociedade civil poderão participar da audiência que externando opiniões sobre o atual estágio de implantação da TV Pública, a TV Brasil. O edital foi publicado hoje (17/06) no Diário Oficial.

Os interessados em participar da audiência pública deverão se inscrever por meio de formulário que está disponível no site da EBC www.ebc.com.br/conselho-curador entre os dias 17 de junho e 02 de julho. Maiores informações poderão ser obtidas na Secretaria Executiva da EBC no seguinte endereço: SHC Norte, CR 502, Bloco B, n° 80, Brasília, DF, CEP: 70.720-502. As opiniões, as sugestões e os comentários sobre o tema da audiência pública deverão ser encaminhados a Raquel Ramos ( raquel.ramos@ebc.com.br ) e Carla Magalhães (carlamg@ebc.com.br ) .

Os expositores serão escolhidos pelos integrantes do Conselho Curador e suas intervenções, abordando, exclusivamente, a questão da TV Pública Brasileira, devem ser enviadas previamente para os endereços acima. Após as exposições iniciais, os inscritos previamente falarão, cada um, por no máximo, cinco minutos. Caso haja um número maior de inscritos para falar do que o tempo disponível, será realizado sorteio.

Os integrantes do Conselho bem como os diretores da EBC participarão como ouvintes, podendo, no entanto, dirigir perguntas aos expositores, obedecendo sempre o tempo definido para as intervenções. Caso o número de inscritos seja muito grande, a escolha será feita por meio de sorteio. A audiência será registrada por meio eletrônico.

As informações completas sobre a audiência pública estão no edital publicado no site
www.ebc.com.br/conselho-curador.


Comunicação Social e Marketing
61.3799-5234
www.ebc.com.br

Respeitar o quê?

Editorial de Otto Sarkis* no Caderno Brasília - encarte do jornal mineiro Hoje em Dia - que é distribuído gratuitamente em várias cidades do Centro-Oeste e de Minas e que, diga-se, é hoje um dos melhores veículos para se obter informação confiável na cidade:



Respeitar o quê?

O que conheço da história recente do país não parece o mesmo que José Sarney e o presidente Lula sabem. É bem verdade que Lula mudou de e manda-nos esquecer que em 1993 declarava haver pelo menos 300 picaretas no Congresso. Acho até que Lula continua pensando assim, só não pode mais falar...

Na semana que passou, Sarney exigiu respeito à própria biografia, aos 60 anos de atividade política. E, lá de Astana, capital do Cazaquistão, Lula reverberou em apoio ao presidente do Senado. Estamos no mesmo país?

No Brasil conheço, Sarney começou no cenário nacional da política como jovem parlamentar da chamada banda de música da UDN, gente que prometia mudar, por dentro, o partido conservador liberal formado depois da ditadura do Estado Novo. Um dos companheiros dele foi Antônio Carlos Magalhães.

Assim como ACM, Sarney acabou se transformando no mais acabado exemplo de oligarca que prometia combater, no início da vida política. Também como ACM, surfou na ditadura militar de primeiro de abril de 64, sendo agraciado com a capitania hereditária do Maranhão, concessão da Rede Globo incluída. Mas, ao contrário de ACM, que reconhecidamente lutou pela Bahia, Sarney enterrou o Maranhão, tanto que teve que migrar eleitoralmente para o Amapá.

Será por esta parte maranhense da história dele, concluída à sombra da ditadura, que temos que reverenciá-lo ou Sarney se refere ao período da redemocratização? Era que ele inicia como presidente da República, que teve que deixar o Palácio do Planalto pela porta dos fundos. Poder entregue à Collor de Melo que, farinha do mesmo saco, soube explorar melhor que Lula, Brizola ou Ulysses a mediocridade corrupta da Nova República.

Há que se gastar muito estudo para decidir se o maior azar da Nova República foi Tancredo morrer ou foi Sarney ser o vice. Porque, na história que eu conheço, assim como traiu os maranhenses, o ex-presidente do PDS/Arenba, que traiu os militares, traiu também os ideais neorepublicanos. Não teve a grandeza de ser o presidente da transição e comprou um quinto ano de mandato ao custo da desmoralização do Poder Legislativo, que até hoje não se livrou do “é dando que se recebe”.

Antes disso, Sarney traiu os economistas que fizeram o Plano Cruzado, ao esticar a gestão heterodoxa além da conta, em nome de eleger governadores do PMDB pelo país inteiro, patrocinando Newton Cardoso, Jader Barbalho, Orestes Quércia e Moreira Franco, entre outros. Se ele ainda tiver tempo e motivo, com certeza saberá trair o presidente Lula.

*Otto Sarkis é jornalista e Editor Regional do Caderno Brasília (osarkis@hojeemdia.com.br)

O tombo do diploma que já havia caído

por Solange Pereira Pinto

As conversas nos botecos, chamados alternativos, e nas salas de aulas dos cursos de comunicação rodaram feito peru bêbado em véspera de morte certa. Geralmente inflamados contra a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que declarou inconstitucional a obrigatoriedade do diploma de jornalismo para o exercício da profissão, uma insegurança e quase pânico assaltaram estudantes e jornalistas. Falavam em diplomas rasgados e extinção dos cursos de comunicação.

Eu, porém, pensava diferente antes mesmo do tema virar polêmica. Para ser jornalista realmente não é necessário o diploma, apenas o domínio de algumas técnicas, curiosidade, discernimento e a prática da redação jornalística. Assim como para ser ético, não é necessário diploma de absolutamente nada. E para ser justo, tampouco é preciso o diploma de advogado ou a toga de juiz.

Há coisas que estão além dos bancos escolares e das leituras obrigatórias selecionadas pelos professores A, B ou C. O que a decisão do STF mostra, em resumo, é que a vitória foi do empresariado, enfim livre da contratação obrigatória de diplomados em jornalismo, podendo agora, sem fiscalização e riscos, colocar qualquer outro profissional na linha de produção (uma prática comum há tempos).

Curiosamente a decisão derruba o mito de que o jornalista é formador de opinião. Se houvesse realmente esse poder por parte dos “operadores da informação”, eles mesmos conseguiriam estampar em manchetes o debate e os riscos de extinção da “classe”. Assunto que pouco teve notoriedade nos veículos de comunicação.

O que se nota é que a formação de opinião é relacionada a outros poderes, principalmente o do capital e o de lugares de fala com mais status. Jornalista é nada. Jornalista (ou não) famoso (ou qualquer famoso) é “tudo”. Hoje se medem os minutos de fama e as contas bancárias polpudas para dizer "quem pode o quê e onde". Metros de disciplinas cursadas não servem (nunca serviram) para nada em se tratando de negociata, que fala outras linguagens menos sutis que o conhecimento verdadeiro.

Mais uma vez, a vitória é do mercado. Desta vez a reserva de mercado liberal (agir como quiser) dos empresários contra a reserva de mercado educacional de empregados jornalistas com diplomas. É a vitória contra o corporativismo de classe, diferentemente do que ocorre com os diplomados em Direito que se cercam cada vez mais de autorregulações e protecionismo (que particularmente sou contra por ferir alguns princípios meus, mas altamente compreensível em sociedades de grande numerário de gente ignorante).

Entretanto, o tombo do “grau” de jornalistas pode abrir uma chance ao autodidatismo, fator positivo neste país de educação formal falida e de fabriquetas de diplomas desde o ensino infantil. Torço para que caia agora o diploma da pedagogia, porque ensinar não se aprende em aulas de didática, ou não teríamos professores tão incapazes, analfabetos e rasos. Eu mesma não posso dar aulas para os ensinos médio e fundamental, enquanto alguns semi-analfabetos com diploma de pedagogia de fundo de quintal podem. Bem como, administrador de empresas não se faz em faculdade, ou grandes conglomerados não teriam proprietários práticos, bem sucedidos, e sem estudo. Torço pela queda da academia, finalmente, e seus títulos sobre títulos para se chegar a lugar algum. Aliás, lembremos da psicanálise que não é curso superior, contudo é sim formação. Neste caso vale o diploma? E psicólogo que faz terapia a partir de nota de rodapé de página de livro auto-ajuda vale?

Resumindo, quem vence na maioria das vezes, inclusive no caso em debate, é o interesse do capital e o lobby de alguns grupos; e no exercício raso da profissão isso vale tanto para jornalistas quanto para os magistrados e afins. Ou alguém ainda acha que a "linha editorial" do STF é isenta de interesses "publicitários"? Faz tempo que o governo e empresários contribuem para os votos relatados, que nada mais são que as matérias de capa do Supremo.

Nos tempos tecnológicos atuais só mudam os nomes das "mídias” e suas vestimentas (togas, ternos, jeans), infelizmente. Resta a dúvida, será que para advogar é mesmo necessário o diploma? Consultar códigos é mais pesquisa que conhecimento incorporado, tanto que os concurseiros de plantão passam bem em provas decorebas, as mais variadas, para serem serventuários da justiça em cargos de “qualquer nível superior”. Que tombem mais perus e deixem a fauna humana transitar por todo o conhecimento (e seu amplo significado) sem as amarras das mensalidades de classe e salve-se quem puder, porque diploma não salva. Isso eu sei!

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Solange Pereira Pinto é advogada, jornalista, professora universitária e escreve em vários blogs.

sábado, 20 de junho de 2009

Divulgando o Calendário de reuniões da CONFECOM

Etapas para a Conferência Nacional de Comunicação:

De 1/7 a 31/8 - Conferências municipais
De 1/9 a 31/10 - Conferências estaduais

De 1/11/09 a 1/12/09 - entrega dos relatórios estaduais e confecção dos cadernos da I CONFECOM

Dias 1, 2 e 3/12/09 - Conferência Nacional em Brasília

Fev. de 2010 - Publicação dos relatórios e resultados da I CONFECOM



Etapas da Comissão Organizadora Nacional da I CONFECOM:

Dia 25/6/09 - Discussão do Regimento Interno
Dia 30/6/09 - Conclusão do Regimento Interno
Dia 01/07/09 - Início da discussão do Documento Base
Dia 09/07/09 - Conclusão do Documento Base


Etapas da Comissão Nacional Pró-Conferência de Comunicação (entidades
nacionais):

Dia 24/06/09 - 18h - Reunião na Comissão de Direitos Humanos da Câmara
Dia 29/06/09 - 18h - Reunião na Comissão de Direitos Humanos da Câmara
Dia 30/06/09 - 18h - Reunião na Comissão de Direitos Humanos da Câmara
Dia 08/07/09 - 18h - Reunião na Comissão de Direitos Humanos da Câmara


Etapas da Comissão Pró-Conferência Distrital de Comunicação:

Dia 23/6/09 - 19h - Audiência Pública na Câmara Legislativa do DF

Reuniões semanais, às terças, 19h, na Fenajufe ou na CUT-DF.

REINSERÇÃO SOCIAL E O CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) vem surpreendendo a comunidade jurídica com sua atuação participativa e frutífera. Os projetos sociais e a gestão administrativa estão modernizando o Poder Judiciário. O projeto social “Começar de Novo”, que consiste na formação e reinserção social dos presos já é um sucesso na Capital Federal.

O projeto está favorecendo 1.175 presos, entre homens e mulheres, que trabalham atualmente em órgãos públicos e empresas privadas do Distrito Federal (DF). A maior parte dos contratos são fruto de acordos feitos com a Fundação de Amparo ao Trabalhador Preso (FUNAP-DF), que desenvolve uma série de projetos para promover a reinserção social de detentos. Diversos órgãos do governo local e federal, como o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Superior Tribunal de Justiça (STJ) já integram o projeto, que visa a beneficiar pessoas que cumprem regime aberto e semi-aberto nas penitenciárias do DF.

Os presos são pessoas que cometeram erros, mas estão dispostas a se recuperar, precisam de oportunidade, uma vez que a discriminação no mercado de trabalho os impede de conquistarem uma ocupação lícita.

A Agência de Notícias do CNJ informa que: “A reintegração de presos e egressos do sistema carcerário na sociedade e no mercado de trabalho é uma das prioridades do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que, por meio do Programa Começar de Novo, incentiva a ressocialização dessas pessoas. De acordo com o diretor da FUNAP-DF, esse tipo de contratação é uma oportunidade para pessoas que estão cumprindo pena demonstrarem que têm capacidade de trabalhar. Além disso, contribui para reduzir a reincidência entre ex-detentos. "A taxa de reincidência no DF é de aproximadamente 20%. Entre os que trabalham, esse índice cai para 2,5%", ressalta.”

Os sentenciados participam do programa e precisam ter o direito ao trabalho externo deferido e definido por um juiz - segundo a Lei de execuções penais - assim como a documentação regularizada (carteira de identidade e CPF), eles recebem um salário que pode variar de R$ 465,00 a R$700,00, do qual são descontados 20% referentes à contribuição previdenciária. Os detentos recebem apoio de psicólogos e muitos deles participam das oficinas profissionalizantes e educativas oferecidas dentro dos presídios.

As oficinas de marcenaria, costura, funilaria, mecânica, serigrafia, entre outras, existentes no Complexo Penitenciário Fazenda Papuda do Distrito Federal são responsáveis pela capacitação dos presos. Existem também as atividades agropecuárias como criação de bovinos e suínos, ou na plantação de maracujá, milho e plantas do cerrado. Os produtos são em geral doados ou utilizados para o consumo dos próprios presos, como é o caso dos 10 mil pães produzidos diariamente. O trabalho interno rende ao preso entre 70% e 100% do salário mínimo. Desse valor, 20% são destinados ao pagamento da previdência social e um terço é depositado em uma poupança que a pessoa pode resgatar quando obtiver liberdade. Importante destacar que são oferecidos cursos de alfabetização, pré-vestibular e de informática.

O Poder Público deve ser o primeiro a dar o exemplo de reinserção do egresso do sistema carcerário, as práticas existentes são exemplos para outros Estados da Federação e para a iniciativa privada que pode contribuir dando oportunidade ao desempregado que cumpriu pena. Todos devem dar uma segunda chance, se fecharmos as portas aos ex-detentos iremos contribuir para os índices de reincidência. A mensagem que está sendo transmitida para atrair a atenção ao Programa Começar de Novo é: “Ignorar é fácil, ajudar é humano”.

O CNJ já firmou parceria com SESI para treinar e capacitar os presos. O conjunto de atividades, tanto do projeto Começar de Novo como do projeto Mutirão Carcerário, implicam numa ação efetiva em prol dos presos do país. A revisão dos processos nas varas de execuções penais beneficiou centenas de presos que estavam cumprindo pena em regime fechado, mesmo tendo direito a regime menos grave ou, até mesmo, direito a liberdade. A preocupação com o retorno destes cidadãos ao convívio social, fomentando o trabalho, beneficia toda a sociedade, portanto, deve ser um esforço conjunto dos operadores do direito e da sociedade.

O Conselho Nacional de Justiça está tomando providências que vão além das suas competências ordinárias e que realmente estão fazendo a diferença, transformando o tratamento do ex-presidiário e, desta forma, contribuindo para a diminuição nos índices de reincidência criminal. Neste mês (junho/09) o CNJ renovará seus Conselheiros e ingressará no quinto ano de atividade. Se continuar neste ritmo e neste empenho, as melhorias serão visíveis cada dia mais, parabéns ao CNJ e aos Conselheiros que se empenham na modernização e aperfeiçoamento da Justiça Brasileira.


São Paulo, 20 de junho de 2009.
Felipe Boni de Castro

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Diversão e arte em qualquer parte

Divulgando convite recebido hoje:


Olá amigos!

Àqueles que já foram convidados, reitero.
Aos que esperavam a data definitiva, confirmo.
Aos que não estavam sabendo, comunico:

Nos dias 20, 21, 27 e 28 de junho acontecerá uma nova edição do evento "DEGUSTAÇÃO" promovido pela ETCA - escola teatral confins artísticos. Será nossa 5ª edição.

O evento é uma proposta que visa contemplar o público com experiências gastronômicas, tanto quanto apresentando manifestações artísticas diversas.

Após o espetáculo, será servido uma degustação de 2 risotos acompanhados de vinhos escolhidos com toda atenção para vocês. Além disso haverá chocolate quente, café, chás, tudo para o desfrute dos presentes.

A ETCA fica na 711 norte, BL C Loja 5 (estacionamento na W4 - logo na entrada)
Os telefones para contato e reservas são: 32748160 / 81461132 / 98444004

Será um prazer tê-los nessas noites.
Nos vemos lá então!

Grande abraço!

Alessandro Camelo
(61) 9844 4004


Clique no cartaz para ampliar:



Inscreva-se para o Prêmio Esso de Jornalismo

As inscrições para o 54º Prêmio Esso de Jornalismo já estão abertas. Jornalistas que tiverem reportagens publicadas na imprensa ou veiculadas em emissoras de televisão, entre setembro de 2008 e agosto deste ano, podem concorrer ao prêmios.

Além da premiação principal, que dá nome ao programa, o concurso se divide em outras 11 categorias de mídia impressa, e um prêmio específico para telejornalismo.

Ao todo serão distribuídos R$ 109 mil aos vencedores. Os ganhadores do Prêmio Esso, receberão R$ 30 mil, os da categoria telejornalismo, R$ 20 mil. As outras 11 categorias de mídia impressa dividem prêmios de R$ 10 a R$ 3 mil.

Os trabalhos serão julgados por uma comissão de 80 jurados, entre profissionais de grandes veículos, professores universitários e outros profissionais reconhecidos.

Os resultados finais da Prêmio Esso serão divulgados durante cerimônia de premiação em novembro deste ano. Os interessados em participar podem encontrar mais informações no site www.premioesso.com.br

Relatório da FAO - Somos ou não responsáveis por isso?

FAO: Crise econômica mundial provoca
mais de 1 bilhão de desnutridos


A barreira de um bilhão de pessoas que sofrem de desnutrição será superada em 2009 em consequência da crise econômica mundial, anunciou nesta sexta-feira a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO). Em um comunicado divulgado pela sede em Roma, a organização afirma que prevê que este ano o número de vítimas da fome aumente 11%. Para estabelecer estas previsões, a FAO se baseou nas análises do departamento de Agricultura dos Estados Unidos.

A crise não só vai destruir o sustento de países em desenvolvimento, como vai reduzir em um quarto a ajuda financeira de países ricos, informou a FAO. A crise da fome põe em sério risco a paz e segurança - disse o diretor-geral da organização, Jacques Diouf. "Nós precisamos urgentemente entrar em consenso sobre a erradicação rápida e total da fome", informou o comunicado.

O número de famintos superou o do ano passado em 100 milhões. A marca de famintos é de 642 milhões na Ásia e no Pacífico e de 265 milhões na África Subsaariana. Na América Latina e no Caribe, são 53 milhões. Quase todos os desnutridos do mundo vivem em países em desenvolvimento.

A crise econômica mundial agravou o problema para as pessoas que enfrentam o desemprego e as reduções salariais. Alguns países também perderam a capacidade de administrar as oscilações de preços devido aos efeitos da crise sobre a entrada de divisas, que afetou os mercados cambiais. O relatório prevê que os pobres urbanos devem ser os mais afetados, à medida que a crise faz minguar os investimentos estrangeiros e a demanda por exportações. Milhões devem voltar aos campos em decorrência disso.

Fonte: O Globo com agências internacionais




Essas imagens correm a internet há muito tempo, via correntes de e-mail. O problema é que, assim como tudo o que vemos todos os dias na TV, elas também são banalizadas pela velocidade da informação. Todos se chocam no momento em que vêem e se esquecem no segundo seguinte. Ninguém se sente responsável. Isso é o que acho mais triste. Ao invés de somente "rezar" devíamos todos deixar de ser coadjuvantes e passarmos a ser protagonistas das nossas vidas, do mundo em que vivemos. Ninguém acha que pode fazer nada. Então, omitir-se também é uma escolha, é uma forma de agir. Ou seja, não existe essa opção de "não fazer nada" porque isso já é estar fazendo alguma coisa. Ou passamos a vivenciar a vida em sociedade participando realmente de suas decisões ou estaremos condenados a viver sob o ordenamento de quem escolheu conduzir o processo.



Está errado quem pensa que isso é responsabilidade de Deus, do acaso, ou dos "governantes". Ou ainda, que respostas acadêmicas podem delinear a solução para tragédias desta natureza enquanto ficamos sentados tentando traduzir boletins de economia. Em cada canto do Brasil, em cada cidade, é possível encontrar situações tão trágicas qnto essas. Engana-se quem pensa que isso só ocorre no Sudão ou em países distantes. Mas quem tem tempo de se preocupar com o filho dos outros não é mesmo? Os seus já lhes dão trabalho suficiente. E assim caminha a humanidade....

Meu conselho é: acordem para o mundo em que vivem! Prestem atenção, não se eximam, não se escondam em suas casas como se nada lhes dissesse respeito. Cada coisa que acontece, boa ou ruim, também é responsabilidade sua. Vc é co-responsável, pare de se preocupar somente com seu próprio umbigo! Essas imagens que poderiam ilustrar o relatório da FAO são pura e simplesmente, resultado da nossa omissão. E antes a fome fosse o único resultado de nossas escolhas.





Kevin Carter, o fotógrafo destas imagens, recebeu o Prêmio Pulitzer de 1994 por esta última e abriu um imenso debate sobre a atividade do fotojornalismo. Tiradas durante a crise que avassalou o Sudão, a foto mostra uma menina rastejando em direção a um campo de alimentos. O abutre espera para que a criança morra e ele possa comê-la. Ninguém sabe o que aconteceu à criança, nem mesmo o fotógrafo que deixou o local logo depois da foto. Três meses mais tarde, Carter suicidou-se devido a uma depressão.

Free Ezra Nawi

Recebi a mensagem abaixo por e-mail. Nela, um manifestação para libertação de Ezra Nawi, um ativista Israelense. O link é para recolher 11.000 assinaturas ao procurador-geral israelita e embaixadas, além de redirecionar para um vídeo de sua prisão por tentar interromper a demolição de uma casa de um beduíno palestino no sul de Hebron. Ezra já foi preso algumas vezes e logo em seguida libertado, justamente em função de ações como essas. No entanto, essa mais recente já dura mais de dez dias. O manifesto segue também para o ministro da Segurança Pública exigindo que a polícia pare de perseguir Ezra que, se condenado, pode ser enviado para a prisão definitivamente. A carta é assinada por Anat Rosenwaks ativista da parceria árabe-judaica Jewish Voice for Peace, entidade que apóio integralmente.









Dear Juliana,

Ten days ago, Jewish Voice for Peace and Naomi Klein, Noam Chomsky and Neve Gordon told you about the arrest of one of Israel's most courageous human rights activists.

His name is Ezra Nawi.

Since then, over 11,000 of you have written 110,000 letters to the Israeli attorney general and various embassies, and 20,000 have watched the remarkable video of his false arrest for trying to stop the demolition of a Bedouin Palestinian home.

The outpouring has been amazing, and has strengthened all of us working to make a moral and just world. But the message has not gotten through, not yet.

In the last month alone, Ezra has been arrested four times, twice in Susya and twice in Hebron, only to be released a few hours later with no charges. The last time he was arrested was right after this campaign began.

We need more letters, more media stories and more activism.

This time, we will not only direct your letters to the embassies but also to the Minister of Public Security demanding that the police stop harassing Ezra.

Ezra is just weeks or even days away from the sentencing. He may be sent to jail.

I find myself starting to imagine the unimaginable, life without Ezra.

Without Ezra, it would be extremely difficult for international activists to stay permanently in the south Hebron villages so they can help and protect families.

Without Ezra, the school children of Tuba might still be taking the long way to school to avoid walking near the violent settlers.

Without Ezra, the farmers of Gawawis, a small village that was occupied by settlers, would not have been able to return to their lands.

Without Ezra, the people of Tuwane might still be enduring attacks by settlers from the Ma'on outpost every Friday night, and have no access to most of their lands.

Without Ezra, many of the families in the South Hebron area would have no one to call when they are under attack, trapped at checkpoints, or worried about their homes.

Write a letter now so none of us has to imagine life without Ezra Nawi, not even for a day.

His name is Ezra Nawi.

Anat Rosenwaks
Activist with Tayyush, the Arab-Jewish partnership


Frase da Semana

“O álcool faz 25 vezes mais vítimas do que as drogas ilegais somadas. Se o que faz mal deve ser ilegal, álcool e cigarro deveriam ser declarados ilegais"

(Carlos Minc, Ministro do Meio Ambiente)

Onde repousa o passado


"Todas as idéias nas quais repousa hoje a sociedade foram subversivas antes
de serem tutelares"
(Anatole France)

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Jornalistas não precisam mais de diploma - POLEMIZANDO (update)

Esta é uma bomba, não só do dia, como histórica também.
Leia no Estadão


Update em 18/06 às 18h30:

Há muito tempo atrás, talvez por um "reflexo condicionado", cheguei a defender a tese da exigência do diploma de jornalista. Depois, pensando melhor, fui identificando argumentos que me diziam não haver mesmo justificativa para tal e passei a defender contra.

Acho que a situação ainda é confusa e muitos estão sem entender realmente o que aconteceu e sem saber avaliar o significado do impacto da decisão, mas uma coisa é fato e penso que é um fenômeno a ser analisado. Ficou registrado para toda a posteridade uma coisa para a qual ainda não vi ninguém chamar atenção: independente do que pensam os jornalistas sobre o resultado final da decisão do STF, a categoria não foi capaz de se mobilizar o suficiente para defender seus interesses e isso tem relação direta com nossa capacidade, como cidadãos mesmo, de participarmos da vida em sociedade, politicamente e de forma ativa.

É lamentável que até nós, pretensos "formadores de opinião", sejamos tão incapazes de nos mobilizar (a nós mesmos!). Se era tão importante e se está todo mundo tão revoltado, porque a discussão foi travada apenas nas esferas sindicais, entidades e movimentos sociais? Porque eles são representativos? Não, porque esse episódio mostra, dentre outras coisas, que não conseguimos, nós o "Quarto Poder", chamar a atenção para a defesa de nossos interesses sequer entre os nossos.

Qual a importância dos movimentos ditos "sociais"? Acho que agora ficou patente, não? Ou seja, na mesma proporção em que trabalhadores e a população em geral se vêm cada vez mais ausentes da vida política do país e se eximem das discussões em torno do que acontece na sociedade, salvo o papo de botequim, também a imprensa (e seus profissionais), co-responsável pela alienação generalizada (reflexo da cultura de massa e da grande mídia), não conseguiu transmitir aos seus pares a importância de impedir a decisão que, ao que parece, caiu como uma bomba na cabeça de estudantes, professores e profissionais. Ora, porque a bomba? Todo mundo sabe que em processos jurídicos a chance de se ganhar ou perder é de 50%. O fato é que grande parte dos interessados, ironicamente, não tinham se interessado por acompanhar a discussão. Salvo, claro, os poucos ativistas que estão sempre mobilizados em quase todos os movimentos que dizem respeito à comunicação em geral. Mas esses, são os "chatos", os "xiitas", aquele pessoal que "só fala de política". Pergunte a qualquer um que trabalhe em redação de jornal o que pensam os colegas daquele "pessoal de sindicato" que chega querendo convidar para reuniões ou assembléias...

Da mesma forma, quantas camadas da sociedade hoje têm pendengas coletivas que não são prestigiadas nem mesmo por seus pares? Médicos, por exemplo, reinvidicam melhorias na saúde pública e encontram dificuldades em mobilizar seus companheiros de profissão (ainda que vítimas do mesmo sistema). Como já absorvido culturalmente em nossa sociedade, preferem não se meter em confusão e trabalharem sem reclamar, às vezes usando clichês como: "não adianta nada mesmo", etc. No caso dos jornalistas, somente os que cobrem política, economia e afins têm realmente interesse em assuntos relacionados, o resto é tão alienado e desinformado quanto o restante da população. Os jornalistas são co-formadores de opinião em suas áreas específicas de cobertura, mas como cidadãos não são diferentes de cada brasileiro desancantado com tudo que diz respeito à política e esta decisão do STF e o conjunto de fatores que levou à ela, foi essencialmente político. Simples assim.

A decisão que tirou dos jornalistas a obrigatoriedade do diploma mostrou, a meu ver, que nem nós que somos por princípio treinados e formados para levar informação, conseguimos incutir a importância desse debate - independente do resultado - nas cabeças de nossos colegas de labuta.

A profissão de jornalista já foi uma ferramenta de libertação das idéias, foi perseguida por quem temia que a informação circulasse livremente. Hoje, depois de conquistada a dita "liberdade de expressão", os jornalistas teriam a obrigação de se mobilizarem em torno desse assunto. Mas isso não aconteceu, a não ser virtualmente e em esferas específicas (incluindo o lobby que deve ter ocorrido patrocinado pelos donos de jornais). E recentemente, quando se aproximava o momento da decisão, de alguns meses pra cá. O assunto só "esquentou" mesmo, quando marcaram a primeira audiência em que se decidiria a questão e que acabou sendo adiada mais de uma vez.

Portanto, esse é o primeiro ponto. O que nós somos? O presidente da Fenaj disse que agora somos um "amontoado". Eu discordo totalmente (e acho lamentável que ele, nosso "representante" diga uma coisa dessas!) e estou pensando em dizer porquê no próximo post (estou às voltas com um trabalho importante agora) mas que é interessante o peso político da ausência que recai sobre nossas cabeças, isso é.

Claro, o Gilmar Mendes, implicado que está com a imprensa que não o deixa em paz, achou um jeito de colocar nas entrelinhas sua vingança, mas não discordo da decisão do STF.

Agora, só queria mesmo apontar para isso. Se era tão importante, como pode não termos sido capazes de nos defender? Eu não vi nas faculdades discussões avançadas sobre o assunto, não vi juntarem grupos para solicitarem audiências com os ministros, não vi chamarem o debate para os veículos de imprensa!!! Trabalhamos neles mas não fomos capazes de, estrategicamente, utilizá-los para levar o recado aos nossos e à sociedade. Porquê será hã?? (e não vale dizer que o patrão não deu espaço!).

Não estou afirmando que não houve, sei que houve, mas a surpresa ou indignação de agora, é típica de quem não estava acompanhando o processo e isso é simplesmente um dos motivos pelo qual a decisão foi esta. E, mesmo que pessoalmente eu seja contra a exigência (e não estive ausente dos debates), como ativista de movimentos sociais, sei que isso é frustrante para quem se mobilizou, porque é sempre um trabalho hercúleo de dar "volume" aos manifestos e vê-lo bater de frente com a indiferença da própria sociedade que lutamos para melhorar. E pior do que isso, muitas vezes, esses mesmos movimentos têm como pior inimigo justamente a imprensa, que tenta por vezes desqualificá-los.

O que me espanta é que nesse caso, fomos nós, os "mensageiros" da sociedade, as vítimas de nossa própria ineficiência em transmitir informação de tamanho grau de relevância (principalmente para nós mesmos) e, ao que parece agora, de resultado irreversível.

Quantos "nãos" serão precisos?

Artigo da vereadora Mara Gabrilli publicado na Folha de SP em 27/05
Saiba mais sobre ela em: http://www.maragabrilli.com.br


NÃO QUERO..." "Para, tá doendo, tio." "De novo, não, por favor, pai..." Quantos "nãos" sussurrados em meio a lágrimas serão precisos para fazer parar quem abusa de uma criança -que, na maior parte das vezes, é parte da própria família? Faço-me essa pergunta a cada notícia chocante e tenebrosa que leio ou vejo nos jornais.

Digo "sussurrados" porque, se a criança gritar, apanha ou tem a boca cruelmente tapada enquanto o abuso acontece. E depois ainda as ameaças... Eu já não consigo mais calar a angústia que isso me causa. Não porque o abuso sexual de crianças e a pedofilia -tão em alta no vocabulário atual- sejam coisas novas, fruto de nosso tempo, mas porque estão entre as formas mais perversas, silenciosas e invisíveis de violência.

Estudos apontam que em 90% dos casos o abusador é parente -pai, avô, primo e até mãe- ou amigo próximo da família. E que um terço dos abusos é praticado por quem foi abusado na infância. O efeito é tão devastador na formação da personalidade daquela pessoa que vira uma espécie de padrão que dá prazer quando se repete.

Mas e se você percebesse que seu irmão está abusando da sua sobrinha de cinco anos de idade? O que faria? É nesse ponto de invisibilidade que quero tocar. Como salvar uma criança de alguém que é predominantemente amado, admirado e idolatrado e contar que o papai fazer xixi nela (é a descrição inocente que costumam fazer do abuso) não é algo natural? Ou o que fazer quando a criança, já pré-adolescente, vê na TV e compreende que o que seu pai ou tio fazem com ela é um crime horrível? Onde e a quem ela pedirá ajuda?

É por isso que urge criarmos redes de apoio para permitir que as crianças não calem mais a dor que sentem e não se sintam culpadas pelo ocorrido, acreditando que são ruins e diferentes das outras crianças.

De acordo com o dicionário, "rede" é um entrelaçado de diversos fios feito de material resistente e é usada para aparar corpos em queda. Metáfora muito apropriada para esses dramas. Também no dicionário, por derivação, falamos de redes como o conjunto de pessoas que mantêm contato entre si, organizadas para um objetivo comum.

Eu tenho uma boa experiência com questões de invisibilidade. Por muito tempo, os brasileiros com algum tipo de deficiência foram tratados pela sociedade como um "problema" que não lhe dizia respeito. Uma ação de caridade -e não se fala mais disso. Mas somos um grupo grande: 14,5% da população (Censo 2000, IBGE), e estamos conseguindo modificar essa situação de invisibilidade porque criamos redes. Redes de informação, de garantia de direitos, de promoção e fortalecimento da autoestima.

A exemplo desse avanço com nosso protagonismo e garantia de direitos, acredito que a melhor forma de combater a violência e o abuso sexual é por meio da ampliação das redes com diversos atores: Poderes Judiciário, Legislativo e Executivo, iniciativa privada, assistentes sociais, psicólogos, educadores, religiosos, amigos, vizinhos... e você.

Estamos vivendo um momento crucial, em que a sociedade está mais alerta, e que não pode ser desperdiçado. Dos jornais aos órgãos públicos, estamos falando do problema e, assim, a mobilização para buscar soluções acontece. Quando não é dito, parece que não existe...

E eu ainda nem entrei na questão da exploração sexual por redes -estas, formadas por pessoas que agem em conjunto em ações clandestinas- e na rede virtual, cada vez mais poderosa e alcançando mais pessoas. Serão eles mais organizados do que nós? Recuso-me a acreditar nisso.

Temos o disque-denúncia 100, válido para todo o Brasil. Um pacto com empresas de transporte criou uma campanha que fez caminhoneiros, que antes abusavam de adolescentes em redes de prostituição, agirem contra esse tipo exploração. Em novembro, o Brasil sediou o 3º Congresso Mundial de Enfrentamento da Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. Uma CPI aconteceu no Senado em 2004 tratando de prostituição infantil. Agora, está em andamento outra CPI no Senado, sobre pedofilia na internet, e na Assembleia e na Câmara de São Paulo, mais outras duas CPIs apuraram casos de pedofilia e abuso sexual.

Isso não significa que devamos ficar mais tranquilos. Há muito a ser feito, e o combate é permanente. Como bem afirmou uma jovem em seu depoimento no congresso mundial: "Para haver futuro, é necessário existir o presente. Nos ajudem, então, porque nós somos o presente". Não podemos ignorar seu apelo.


CONHEÇA TAMBÉM: o Projeto de Lei 301/2009 de autoria da vereadora Mara Gabrilli que institui uma rede hospitalar de atendimento especial às crianças vítimas de pedofilia e abuso sexual.Clique aqui.

Sabedoria cotidiana

"Olho em redor do bar em que escrevo estas linhas.
Aquele homem ali no balcão, caninha após caninha,
nem desconfia que se acha conosco desde o início
das eras. Pensa que está somente afogando problemas
dele, João Silva... Ele está é bebendo a milenar
inquietação do mundo!"

Mário Quintana

terça-feira, 16 de junho de 2009

Debate sobre jornalismo científico

O livro Guia Prático para "camelôs" e "bailarinas", editado pela Secretaria Especial de Ciência e Tecnologia da Presidência da República, chama o debate para o complexo tema do jornalismo científico. Da Série "Brasil Ciência", que visa à "divulgação de conferências, entrevistas, artigos e documentos considerados importantes para o amplo debate sobre o desenvolvimento científico e tecnológico no Brasil", o livro foi organizado por Paulo Lyra e publicado em 1989.

Abordando temas ainda muito atuais como qual é o papel do jornalismo científico, como se estabelece a relação jornalista-cientista, aspectos em torno da linguagem e da abordagem, limites e postura crítica, o pequeno manual é indispensável para jornalistas que pretendem cobrir assuntos relacionados à pesquisa científica. Resultado do I Curso de Especialização em Divulgação Científica promovido pela UnB, a compilação reúne a memória do evento com comentários dos vários palestrantes e convidados.

O grande questionamento que resultou na organização do Curso e da publicação em questão, centra-se em torno do fato de vivermos em uma sociedade em permanente estado de mutação e que a cada momento histórico encontra-se vivenciando uma "modernidade" subjetiva sentida apenas por quem vive o tempo presente. Trabalhar a divulgação das pesquisas científicas de forma que estas sejam compreendidas pela população leiga, é uma das tarefas do jornalista que cobre ciência e tecnologia.

Do desafio do jornalista, depende também o desenvolvimento de toda a sociedade, se pensarmos no papel social que executa a partir da divulgação da informação. Também a elaboração da temática científica entre os meios próprios acadêmicos-científicos, é tarefa de jornalistas que se relacionam diretamente com os autores das pesquisas e estudos nas mais diversas áreas do conhecimento. "Se ciência e tecnologia são importantes hoje em dia, um tratamento no mesmo nível deve ser dado à sua divulgação", afirma o Coordenador do Núcleo de Política Científica e Tecnologia da Universidade de Brasília, Bernardo Kipnis, na apresentação do manual. O foco, portanto, é também democratizar a informação, atribuição de máxima nobreza do exercício da profissão de jornalista.

A comparação entre "jornalistas e cientistas" e "camelôs e bailarinas", é de autoria do físico Luiz Piunguelli Rosa, que chama a atenção para a velocidade das informações nos tempos modernos. Tudo se torna obsoleto numa velocidade cada vez mais ascendente. Aspectos científicos diversos sofriam mutações com muito menos celeridade e hoje a velocidade entre as descobertas e a divulgação das mesmas, pode resultar em uma inadequação entre as duas coisas, dado o risco de se divulgar algo que jã tenha sido desmentido no minuto seguinte por outra pesquisa, por exemplo. O formato do Curso e da presente publicação é o resultado da comunicação entre palestrantes e debatedores, por vezes realizada de forma virtual com o envio de perguntas e respostas. Algumas das respostas, dadas por jornalistas e editores de revistas científicas, acabaram se tornando interessantes debates entre visões críticas opostas do papel do jornalista-cientista e dos leitores, que recebem as informações.

Dentre perguntas e respostas, muitos temas foram abordados e tratados tanto por cientistas quanto por jornalistas que cobrem a área. O papel do jornalismo científico foi o tema escolhido para abertura dos debates, com a pergunta inicial que visava encontrar uma diferenciação entre o jornalismo científico e outras áreas do jornalismo, no que tange à sua contribuição para a sociedade. André Motta Lima, responde com um importante questionamento: a contribuição do jornalismo para a sociedade independe ou não do assunto? Dentro disso, um fato fica claro ao longo do Guia, o de que a ciência precisa do jornalismo tanto quanto o inverso. A ciência precisa, além das descobertas que realiza, garantir que as informações sejam publicizadas e mais ainda desmistificadas, já que o avanço científico sem o avanço da sociedade, acaba por se tornar um entrave no desenvolvimento da própria ciência.

Como assinala Júlio Abramczyk, a divulgação científica através do jornalismo, também chama a atenção para as dificuldades que permeiam o universo do cientista como remuneração e falta de apoio governamental às pesquisas. Ele também aponta para a importância do conhecimento sendo repassado à camada mais jovem da população. Na era da informação, esse conceito se amplia, já que é possível hoje - mais até do que quando o livro foi editado - encontrar informações científicas através de revistas eletrônicas e sites de ciência e tecnologia, mais do que no meio impresso o que aumenta a velocidade da transmissão da informação. Ainda que o jornalismo impresso ainda tenha um papel relevante e essencial na sociedade atual, com o avanço dos blogues e sites de relacionamento, possivelmente o jornalismo científico deverá sofrer mutações diversas também no que diz respeito ao seu formato.

É fato que existe um fosso entre o jornalista científico e o pesquisador, mas também é verdade que nos últimos anos tem-se conseguido muitos êxitos na construção de uma ponte entre as duas atividades. E um dos principais problemas citados, que é também um dos primeiros aspectos apontados pelos pesquisadores, é a falta de formação e entendimento do jornalista na área que cobre. Esse é, unâmimente o maior desafio do jornalista que deseja cobrir essa área, a necessidade constante de especialização e atualização científica dos temas que costuma cobrir. Sem isso, fica quase impossível garantir a credibilidade tanto do leitor quanto da comunidade científica que lhe serve de fonte.

sexta-feira, 12 de junho de 2009

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Conferencia de la FDIM une latino-americanas

A matéria abaixo foi escrita pela jornalista Rosanita Campos e divulgada no Jornal Hora do Povo. Foi enviado para o blog por Márcia Campos, presidenta da FDIM - Federação Democrática Internacional de Mulheres:



Conferencia de la FDIM une latino-americanas en la lucha
por derecho al trabajo y apoyo a la maternidad


Con la participación de 18 países , Brasil, Cuba, Argentina, Venezuela, Chile, Ecuador, Paraguay, Uruguay, Uruguai, Colômbia, Nicarágua, El Salvador, Peru, Bolívia, Panamá, Guatemala, Honduras, São Domingos e Porto Rico, se realizó en Quito, capital de Ecuador a V Conferencia de las Mujeres Latino-americanas promovida por la FDIM – Federación Democrática In-ternacional de Mujeres.

Responsable por la organización del Encuentro, el Taller Regional para las A-méricas de la FDIM dirigida por Dora Carcaño y acogida en Cuba, contó con el apoyo de la FDIM-Ecuador Mujeres por la Democracia, presidida por Emma Ortega.

Durante tres días, 29, 30 y 31 de mayo las latino-americanas debatieron sobre los principales problemas que afectan las mujeres de la región y sus luchas contra todas las formas de discriminaciones y por sus derechos más elementales como el derecho al trabajo como mujer, con salarios dignos, creches, pre-escuelas, asistencia la la maternidad, la la educación y la la salud de los hijos y capacitación profesional para así enfrente la crisis y sus efectos sobre el pueblo, las mujeres y las familias.

En su pronunciamento en la apertura del Encuentro Márcia Campos, presidente de la FDIM, saludó las organizadoras del encuentro, las delegadas de los países presentes y afirmó que “en una conjuntura de grave crisis internacional iniciada en los EUA y que se esparció por el Japón y por la Europa nosotros de la América Latina tenemos la oportunidad de romper con la dependencia y avancemos en la afirmación de la soberanía nacional, de la independencia económica de los países del continente. La crisis en los centros imperialistas puede ayudarnos a liberarnos de la sangria externa.

“La lucha de las mujeres en ese momento pasa por una fuerte mobilización para que los Estados y gobiernos enfrenten la crisis, invirtiendo en el crecimiento de los mercados internos con ampliaciones de créditos a la actividades produtivas nacionales, confiando en las fuerzas internas nacionales, priorizando-las contra los monopolios externos que sugam los recursos de nuestros países para sus matrizes. Las chantagens y las amenazas de despidos colectivos practicadas por los monopolios, por las multinacionales para intentar reducir los derechos de los trabajadores deben ser rechazadas. Somos totalmente contra la flexibilização de los derechos laborales, pues eso implica en la reducción de los derechos ya adquiridos por los trabajadores. Somos a favor del salario igual para trabajo igual, de la inversión en la producción y generación de empleos para que no recaia sobre los hombros de los trabajadores, de las mujeres trabajadoras y de sus familias la carga de una crisis generada por la ganância y especulación desenfreada de los grandes bancos y monopolios externos”.

“En el Brasil, continuó a presidente de la FDIM, apoyamos los esfuerzos del Presidente Lula para impedir que los efectos de la crisis nos alcance con más fuerza, el PAC – Programa de Aceleración del Crecimiento con inversiones en infraestructura, saneamento básico, construcción de hidrelétricas y de más de 1 millón de casas populares es una potente intervención a favor del pueblo, de los trabajadores, de las mujeres - que están siendo capacitadas para participar profesionalmente de ese proceso y compitan en ese nuevo mercado de trabajo en mejores condiciones – a favor del país. Para eso Lula ha contado con amplio apoyo popular”.

Márcia homenajeó Vilma Espin, heroína del pueblo cubano y símbolo de la lucha por la emancipação y libertad de los pueblos, “ejemplo de mujer, comprometida con su pueblo y con toda la humanidad, y que nos enseñó que es posible mobilizar toda una sociedad para conquistar la igualdad entre todos, y que esa es la mejor forma de ser victoriosas en las conquistas de nuestros derechos. Vilma, usted vive en nuestros corazones, nos ilumina y da fuerzas para seguir siempre enfrente con coraje y determinación”, dije con emoción a presidente de la FDIM.

Márcia reafirmó aún la solidaridad y el compromiso de la FDIM con la lucha de las mujeres cubanas y contra el bloqueo económico impuesto a Cuba por los EUA, la solidaridad con las mujeres coreanas de la RPDC en lucha permanente por la reunificação pacífica e independiente del país, a la lucha de las mujeres palestinas y su sagrado derecho a una patria y por el establecimiento del Estado Palestino, a la mujeres de Haití, a la mujeres africanas y a la bravura y combatividade de las mujeres venezolanas en su revolución bolivariana con el liderazgo del presidente Hugo Chávez.

Presencia marcante durante todo el Encuentro, Yolanda Ferrer, Secretaria General de la Federación de las Mujeres cubanas - desde los tiempos de la saudosa y eterna presidente de la FMC Vilma Espin -, y recientemente reeleita al cargo, fue enfática en la denuncia de las injusticias y atrocidades sufridas por los cinco héroes cubanos en las prisiones de los EUA. Denunció también la absurda negação por parte del gobierno norteamericano en conceder visados de entrada a la Olga Salanueva y Adriana Pérez esposas de René y Gerardo, dos de los cinco héroes cubanos injustamente condenados y hace años privados de cualquier contacto con sus hijos, sus esposas y sus familiares.

Yolanda habló sobre los avances de la participación femenina en Cuba, sobre el papel de la FMC y su valeroso trabajo social para la promoción de la mujer cubana.

La principal dirigente de la FMC anunció la decisión tomada en Cuba de crear en La Habana el “Museo Vilma Espin” para el rescate histórico del papel revolucionario y de la vida de la heroína de la Sierra Maestra cuyo trabajo será dirigido por Dora Carcaño que así no podrá continuar al frente del Taller Regional Américas de la FDIM. Dora, también vivamente homenajeada durante la V Conferencia, será sustituida por Ana Violeta, otra importante dirigente de la FMC.

La Confederação de las Mujeres del Brasil participó de la V Conferencia con a Presidente Gláucia Moreli, Berenice Francisco Coordinadora de la Coordenadoria de la Mujer de Campinas, Ana Maria Rodrigues de Silva, Directora de Relaciones Internacionales de la CMB e Ivone de Santos del Sindicato de los Metalúrgicos de Son Carlos/SP.

Durante los debates en los varios grupos temáticos fueron aprobadas resoluciones sobre las cuestiones de la violencia contra la mujer, de la ética en el tratamiento de la imagen y de la presencia de la mujer en los medios de comunicación, fue condenada la manipulación ideológica efectuada por los monopolios de mídia que distorcem hechos para desinformar y mienten para alienar los pueblos y en particular las mujeres.

Se aprobó también el repúdio contra acciones e ingerências de potencias imperialistas en países más pequeños y que atentan contra la independencia y la soberanía de las naciones y violan los derechos humanos en esos países, como en el Irak y en el Afganistán, y el apoyo a la integración latino-americana y a proyectos como la ALBA, el Mercosur y la UNASUL, puntos incluidos en la “Carta de Quito” aprobada en la plenaria final.


ACCIONES CONJUNTAS


La V Conferencia de la Mujer Latino-Americana enfatizó la importancia de unir fuerzas, aumentar las acciones conjuntas de todos los movimientos y entidades de masas de mujeres en cada uno de los países del continente. Destacó que contar con la experiencia de las trabajadoras, sindicalistas, mujeres con grandes experiencias en la lucha por salarios, por la dignidad en el trabajo y por el acceso al trabajo, es indispensable y en mucho fortalece los movimientos de las mujeres.

La unión y la solidaridad entre todas las mujeres, de todas las áreas de actuación, de todos los sindicatos, centrales sindicales, de los barrios, las jóvenes, las estudiantes del movimiento estudantil, las mujeres negras, las indígenas, las representantes de partidos políticos, las parlamentarias de los varios niveles, las profesionales liberales, empresarias no monopolistas y todas las mujeres que no aceptan la injusticia, la dependencia y la submissão, es vital para las futuras conquistas. ES hora de sumar para luchar, unir para conquistar y avanzar.

Ese fue el espíritu que norteou las conclusiones de la V Conferencia de la Mujer Latino-americana de la FDIM que también aprobó la realización de una Conferencia de las Mujeres Caribenhas, una Conferencia de las Mujeres del Cono-Sur y una Conferencia de las Mujeres Centro-americanas y de otras regiones.


Rosanita Campos

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