"Se não estás prevenido ante os meios de comunicação, te farão amar o opressor e odiar o oprimido" Malcom X

sábado, 28 de abril de 2007

Olimpíada das Estrelas


Especializada em astronomia, revista da Duetto Editorial investe em acordo com a Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica e lança primeira edição especial.

A revista Astronomy Brasil, publicada pela Duetto Editorial, comemora em maio um ano nas bancas com a definição de uma parceria com a Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA) e o lançamento da primeira edição especial, sobre o planeta Marte. As duas ações integram a estratégia do Grupo Conhecimento da editora, de firmar acordos na área cultural.

Saiba mais em: http://www.casb.com.br

sexta-feira, 27 de abril de 2007

Freak le boom boom!!!

Por Letícia Lins
Do Portal do PPS www.pps.org.br

Depois de rebolar muito e fazer sucesso na década de 80, com músicas como "Freak le boom boom" e "Conga, conga, conga", a ex-rainha do bumbum, a cantora Gretchen, se filia nesta sexta-feira ao PPS. A artista, que mora na ilha de Itamaracá, a 40 quilômetros de Recife, quer disputar a prefeitura da cidade, que tem 14 mil eleitores e cuja administração tem se revelado desastrosa, inclusive do ponto de vista ambiental. Até a década de 80, a ilha era um dos paraísos do litoral pernambucano.
O ato de filiação está marcado para o final da tarde desta sexta-feira na Câmara Municipal de Jaboatão dos Guararapes, onde acontece a reunião da executiva local do partido.

quinta-feira, 26 de abril de 2007

1º Encontro de Toyoteiros do Centro-Oeste



No feriado que se inicia em 07 de junho próximo, os Toyoteiros (leia-se: proprietários e/ou amantes apaixonados por Toyotas Bandeirantes) irão se encontrar em um acampamento na beira do rio em Serra da Mesa - GO.

Para chegar, pode-se seguir por Niquelândia (saindo de Brasília) ou pegar a estrada que vai para a Chapada dos Veadeiros (é possível chegar sem 4x4 tranquilamente).

O cartunista Oscar (http://oscartunista.blogspot.com) criou a logo do evento e quem quiser encomendar camisetas pode entrar em contato diretamente com ele .

Mais informações sobre o encontro acesse:
http://www.toyoteiros.com.br

LANÇAMENTO DO NOVO CD DO BATALA




GRANDE FESTA DE LANÇAMENTO DO CD XIREE, DA BANDA BATALA

A Festa contará também com show de Gerônimo e Banda Mont´Serrat
Data: 26/5/2007
Local: Arena Futebol Clube
ISCS Trecho 3 Lote 1
em frente à AABB
Mais informações em www.batala.com.br
Ingressos: R$ 10,00 com as integrantes da banda

segunda-feira, 16 de abril de 2007

DE OBRAS E ESTRELAS

Por Juliana de Souza

A semana que termina em 15 de abril ficou marcada por uma ofensiva do governo Arruda. De um lado, no sábado, começou-se a divulgar um “pacote de obras”. A idéia óbvia é demonstrar que a economia feita nos primeiros meses de governo começa a dar frutos além é claro, de reafirmar a maior vocação política do atual governador que já foi secretário de obras do Governo Roriz e é engenheiro por formação. Por outro lado, uma possível intenção talvez seja também desviar o foco da investigação aberta pelo Ministério Público sobre a contratação de 6.000 cargos comissionados para as administrações regionais conforme noticiado pelo DFTV 2a. edição no último dia 09 de abril.

De outro, a notícia da constituição de um “Conselho de notáveis”, grandes personagens e personalidades – em sua maioria intelectuais – que irá funcionar como um Conselho Consultivo” junto ao governador. A semelhança com o CDES – Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social criado por Lula é óbvia. A noticia sobre esse Conselho saiu no Jornal de Brasília (JBr) de sábado 14 de abril.

As obras anunciadas priorizam a construção e reforma de escolas, a saúde e a cultura. Dentre as obras previstas neste último setor, a reforma do Planetário que de fato vinha sendo negligenciado pelos governos anteriores. O anúncio de mais obras é prometido para a próxima semana coincidindo com o aniversário da cidade (21 de abril).

A composição completa do Conselho de Notáveis não é conhecida, mas sabe-se que ele contará com o ex-ministro Pimenta da Veiga, que o presidirá, com o ex-deputado Roberto Freire, presidente nacional do PPS – Partido Popular Socialista, com Jorge Bornhausen (ex-presidente do DEM – ex-PFL), o ex-Presidente da OAB, Reginaldo de Castro, além de Henrique Brandão Cavalcanti, Eliezer Batista, Raphael de Almeida Magalhães e outros. A participação nesse Conselho é não remunerada.

A presença de Roberto Freire, mesmo que não seja essa a intenção, pode ter o efeito de acalmar o PPS de Brasília, aliado de primeira hora de Arruda e partido que compõe o governo, mas que vinha dando sinais de insatisfação crescente por sua diminuta participação em postos relevantes no governo e em decisões importantes. A presença de Bornhausen também tem significado político, pois foi o ex-presidente do ex-PFL que articulou e avalizou o acordo entre Arruda e seu vice Paulo Otávio (em especial quando este último dividia com Arruda a intenção de ser o candidato ao governo). Sua presença pode contribuir para dar alguma estabilidade a mais na base de sustentação do governo e para arrumá-lo internamente.

Ainda não estão claras as funções do Conselho e por isso é difícil calcular que papel pode efetivamente cumprir, mas ao menos, seus componentes podem se despreocupar. O Planetário será reformado, portanto, a estrelas terão um lugar para abrigá-las. Não existe lugar mais conveniente para acomodar estrelas do que um Planetário.


Juliana de Souza é estudante de Comunicação Social residente em Brasília-DF.
Publicado em www.votebrasil.com.br

Desenvolvimento tecnológico e inclusão digital

Atualmente discute-se muito a importância do investimento em desenvolvimento tecnológico com o avanço cada vez mais acelerado das tecnologias para web. Porém, acho importante salientar que, muito antes de se pensar em desenvolvimento tecnológico, talvez devamos também incluir seriamente, na pauta de prioridades, a inclusão digital.

Fui professora voluntária do CDI - Comitê Pela Democratização da Informática no RJ (no início dos anos 90) e pude observar em favelas e comunidades mais carentes o poder da inclusão. É um limite que, depois de ultrapassado pelo aluno, transforma-o em outra pessoa para o resto de sua vida. Não só pelo impacto natural do aprendizado da ferramenta de pesquisa, do próprio computador, da comunicação em tempo real através da internet, da possibilidade de colocação no mercado de trabalho, mas principalmente pelo acesso imediato à inúmeras fontes de conhecimento (ainda que devamos discutir as fontes quando falamos de internet).

Mesmo que, em alguns casos, a distribuição dos equipamentos nas comunidades seja "sem muitos critérios", seu efeito é inexoravelmente salutar. Basta observar o fato de que se você der à uma criança as noções básicas de como ligar e desligar o micro, movimentar o mouse pela tela e o significado de algumas teclas e entregar o micro à ela para que aprenda sozinha dali pra frente, terá de fato uma grata surpresa ao encontrá-la "dominando a máquina" depois de um tempo (tempo este que pode ser bem curto).

Lembro de um aluno de São Sebastião (comunidade em Brasília) que sequer sabia ligar um PC há poucos anos e hoje está formado pela Upis depois de ter conseguido uma bolsa, sendo atualmente o CEO responsável pelo desenvolvimento em segurança digital na Caixa Seguros. Tenho certeza absoluta que, tendo conhecido sua origem, sua família, este dificilmente seria seu destino se não tivesse tido contato com a informática no momento certo. Por isso, o investimento em desenvolvimento tecnológico precisa sim vir atrelado ao investimento na inclusão digital ou continuaremos restringindo esta última às elites e perdendo, talvez, enormes talentos.


Este texto foi publicado por Juliana de Souza no site da Conferência Caio Prado Júnior. Acesse e participe das discussões e debates e vamos construir uma sociedade melhor!
http://www.conferenciacaiopradojr.org.br

sexta-feira, 13 de abril de 2007

quarta-feira, 11 de abril de 2007

Governo Arruda: breve balanço dos 100 dias

O Governo Arruda acaba de completar 100 dias. José Roberto Arruda foi o único governador eleito pelo DEM (ex-PFL) nas últimas eleições e, como tal, ganhou status de jóia da coroa do ex-Partido da Frente Liberal, mas o preço tem sido alto.
Talvez inspirado em Fernando Collor de Mello, Arruda tentou, assim que empossado, dar um "ipon" nas despesas demitindo, nada mais nada menos, que 17.000 ocupantes de cargos comissionados (servidores sem concurso público). Parte da classe média brasiliense comemorou: enfim alguém para pôr o estado no seu devido lugar. Um lugar bem pequeno, diga-se. Mas, em poucas semanas, jornais da cidade começaram a repercutir reclamações de cidadãos indignados com problemas diversos nos órgãos públicos. A cidade descobriu, então, que o uso de comissionados pelo governo anterior, Roriz/Abadia, foi tão intenso que ao demiti-los, o governo Arruda praticamente paralisou muitos órgãos públicos que eram quase que integralmente operados por cargos comissionados. Roriz conseguiu criar uma espécie única no país: o "servidor em cargo comissionado de carreira". E os servidores concursados, por sua vez, tornaram-se espécie em risco de extinção no GDF. Pegou mal. Por outro lado, muitos cidadãos descobriram que o estado é necessário no exato momento em que dele precisaram e o encontraram paralisado por força das medidas de austeridade que aplaudiram. Contradições são sempre pedagógicas porque levam as pessoas a pensar...
Arruda explicou as demissões dizendo que foram feitas para equilibrar o caixa do GDF que teria recebido do governo anterior com "rombo", mas tanto Roriz como Abadia negam problemas nas contas do governo. Pegou mal para todos e até agora os cidadãos não sabem em quem acreditar. As relações do governador Arruda com Roriz, também estão paralisadas.
Em outro "sintoma" dos 100 dias, deputados que compõem a base de apoio do governo atacaram publicamente o governador por não estarem conseguindo emplacar protegidos no governo. Pegou mal para os que reclamaram, mas também para o governador porque revelou-se para a população que coligações amplas demais que levam a vitórias eleitorais não necessariamente resultam em bases de sustentação coerentes na hora de governar. Embates internos resultantes do choque de interesses na base de apoio tendem a crescer e aparecer e aí a saia-justa passa a ser peça de vestuário que o governador tem vestido com freqüência surpreendente. A base de apoio do governador continua desarrumada e insatisfações, justificadas ou não, se acumulam. Para a maior interessada, a população, o governo Arruda ainda não começou.
Por Juliana Medeiros

segunda-feira, 9 de abril de 2007

Semiótica e semiologia

Winfried Nöth, professor de lingüística e semiótica, autor de "Semiótica e semiologia: os conceitos e as tradições", descreve em seu texto as várias filosofias e teorias que permeiam os conceitos de semiótica e semiologia. Inicialmente, discorre sobre suas origens, desde a antiguidade, quando os filósofos gregos tentavam teorizar sobre o conhecimento e sua influência nas relações humanas. Posteriormente, analisa seu desenvolvimento através da Idade Média, da Renascença e da época contemporânea.

Os termos semiótica e semiologia vêm sendo discutidos ao longo dos tempos dentro dos vários campos da ciência e suas definições ora tem descrições similares, ora são antagônicas. Diversas variações terminológicas surgiram a partir destes dois primeiros mas a maioria caiu em desuso.

Os dois termos têm a mesma raiz: as palavras gregas semeîon, (signo), e sema, (sinal). Porém, convencionou-se — internacionalmente — utilizar atualmente apenas o termo semiótica como definição para o estudo dos signos e sistemas sígnicos.

Na antiguidade, o diagnóstico médico era descrito como “a parte semiótica” da medicina donde se lia o estudo dos sintomas. Posteriormente, o termo surge como teoria geral dos signos evoluindo daí para uma ciência do conhecimento da natureza humana, denominada como semiótica moralis. Mais tarde colocada como um dos três grandes ramos de estudo do conhecimento humano (ao lado da física e da ética), começa a se definir como a ciência que viria a ser adotada como objeto de estudo dos psicoterapeutas e estudiosos do comportamento humano. Locke enfoca como signo mais importante as palavras.

No século XX, o conceito de semiologia surge novamente a partir da obra de Saussure. O fundador do estruturalismo lingüístico define a semiologia como uma nova e futura ciência geral da comunicação humana. Neste espírito, a semiologia começou a se estabelecer a partir dos anos 40 e 50 com uma fama crescente na França, no resto da Europa e na América Latina.

Em outros países a semiótica continuava o seu desenvolvimento de forma independente sob outras influências tais como a semiótica da informática e a da cibernética. Um argumento de purismo lingüístico, era de que o conceito de semiologia é uma melhor tradução do termo inglês semiotics para as línguas romanas e, por isso, seria preferível ao termo semiótica. Porém, a partir do início do século XXI, as distinções entre semiótica e semiologia tornaram-se coisas do passado. A semiótica internacional se desenvolveu sem as restrições propostas por aqueles que acharam uma divisão entre semiótica e semiologia necessárias. No Brasil, por exemplo, há programas de estudos semióticos, mas não de estudos semiológicos. Porém, o progresso da pesquisa feito sob o nome de semiótica não invalida aqueles feitos em décadas anteriores sob o nome de semiologia.

sábado, 7 de abril de 2007

Via-Sacra de Planaltina


Foto: CB

Fui convidada por uma amiga à assistir a encenação da Via-Sacra em Planaltina ontem, sexta-feira da paixão. Confesso que não sou uma pessoa religiosa mas aceitei o convite porque acho válida qualquer manifestação cultural popular. Na realidade, fui surpreendida pelo que vi.

Estive em Aparecida do Norte (SP) num dia de romaria há muitos anos atrás e ia comentando pelo caminho enquanto nos dirigíamos à Planaltina, sobre como fiquei surpresa na época pela quantidade de pessoas e mais ainda pela energia que pude sentir naquele lugar. O que vi em Planaltina, claro, não é o mesmo que presenciei em Aparecida, já que são coisas diferentes. Mas fiquei igualmente surpresa pela quantidade de pessoas que lá estavam (li agora há pouco no Correio que haviam mais de 70.000) e todas caminhando de forma tranquila naquele sol forte. Não vi nenhuma confusão, mesmo no momento de atravessar os portões de entrada onde havia um pouco de tumulto pela quantidade de pessoas querendo passar e o número reduzido de policiais na revista. Tudo ocorreu na maior paz.

O mais incrível e emocionante foi ver o grau de produção - cinematográfico, diga-se - e dedicação dos mais de 1.000 atores que participam da peça ao ar livre. Os cenários, os figurinos, tudo reproduz em alto nível os acontecimentos bíblicos. Fiquei encantada. O som (um pouco alto, talvez numa tentativa de atingir a todos naquele enorme espaço aberto) era extremamente potente e mesmo para nós que não pudemos ver todos os atos (como o julgamento nos Castelos de Herodes e Pilatos) devido ao número de pessoas concentradas no local, era possível ouvir perfeitamente cada passo e os diálogos que aconteciam no desenrolar da história. A população acompanhava a tudo de forma tranquila fazendo orações junto com o narrador da paixão.

Depois de todo calor e cansaço acho que valeu muito a pena ter ido assistir. Apenas sugiro duas coisas aos organizadores do evento: que se procure apoio das autoridades públicas para a pavimentação do estacionamento e via de acesso ao local que são de terra e que sejam colocados telões em alguns pontos da subida do morro da capelinha. Como o número de pessoas é realmente enorme, não é possível seguir o cortejo enquanto Jesus passa pelas estações e as pessoas são obrigadas então a ficarem paradas em algum ponto (a maioria concentradas no alto do morro, próximo ao local do ato final, a ressurreição). Desta forma, muitas vezes só é possível ouvir o que se passa. Havia um telão que só foi ligado por alguns instantes para passagem de um vídeo sobre a organização do evento e sobre a Campanha da Fraternidade da CNBB 2007. Este mesmo podia ter sido usado, a meu ver, para que fossem transmitidos momentos do calvário de Cristo para quem não podia vê-los.

Mesmo assim, isto não tirou o brilho da encenação. Os organizadores do evento e os atores estao de parabéns por tudo que vi. Foi realmente um espetáculo rico e emocionante.

Mãe-Terra

“Cada parte desta terra é sagrada para meu povo. Cada arbusto brilhante do pinheiro, cada porção da praia, cada bruma da floresta escura, cada inseto que zune. Todos são sagrados na memória e experiência do meu povo. Ensinarão vocês às suas crianças o que ensinamos às nossas? Que a terra é a nossa mãe? Que o que acontece à terra acontece a todos os filhos da terra? A terra não pertence ao homem, o homem é que pertence à terra (...)”

Trechos da famosa mensagem do cacique Seattle, dos Suquamish, dirigida aos “homens brancos”, datada de 1855. Atual como nunca...

quinta-feira, 5 de abril de 2007

Freire entrega a Chinaglia pedido para reaver os mandatos do PPS

Por: William Passos e Nadja Rocha
Do site do PPS www.pps.prg.br
Em 04/04/07

O presidente nacional do PPS, Roberto Freire, entregou nesta quarta-feira ao presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), requerimento em que pede a retomada dos mandatos perdidos nesta Legislatura, quando oito parlamentares deixaram a legenda para ingressar em partidos da base governista.
No documento, o presidente do PPS solicita a imediata posse dos deputados suplentes. Segundo cálculos do partido, a legenda deverá ter de volta, pelo menos, 6 desses mandatos, decorrentes da suplência pelos estados de Minas Gerais, Mato Grosso, Rio de Janeiro, Paraná, Rondônia e Roraima.

O documento foi entregue pessoalmente a Chinaglia, que prometeu, segundo Freire, dar resposta à solicitação na próxima semana.

A reivindicação é baseada no entendimento do TSE de 27 de março de 2007, em resposta a uma consulta do DEM (ex-PFL) sobre o troca-troca partidário. No documento, o PPS justifica que os partidos políticos e as coligações “conservam o direito à vaga obtida pelo sistema eleitoral proporcional, em pedido de cancelamento de filiação e conseqüente transferência do candidato eleito por um partido para outra agremiação”.

O dirigente lembrou que sempre ocorreu a mudança de sigla após a diplomação dos eleitos pelo TSE e que agora a Justiça eleitoral vem moralizar o processo. “Acostumou-se no Brasil a achar que o mandato é do parlamentar, mas na interpretação correta do TSE, a vaga é do partido”, declarou Freire, à saída da reunião.

Deixaram o PPS para ingressar em partidos da base, Lucenira Pimentel (AC), Colbert Martins (BA), Veloso (BA), Neilton Mulim (RJ), Homero Pereira (MT), Ratinho Júnior (PR), Paulo Piau (MG) e Airton Roveda (PR).

Fim da Migração
Para o secretário-geral do PPS, Rubens Bueno, a decisão do TSE, além de pôr fim à polêmica se o mandato pertence ao partido ou ao parlamentar eleito, vai acabar com a “barriga de aluguel”, migração de deputados para as siglas da base governista. “De agora em diante, o parlamentar vai pensar duas vezes antes de empreender um vôo cego. Quem se aventurar, sabe que vai perder o mandato, porque a vaga é do partido”, reiterou Rubens.

Cavalo de Tróia
Ao ser questionado se haveria possibilidade de o partido reconsiderar e aceitar de volta parlamentares que deixaram a sigla, Roberto Freire foi taxativo: “Não há a menor chance disso ocorrer. Foram poucos os que tiveram o devido respeito de comunicar que iam deixar o partido. O desrespeito foi total”, assegurou aos jornalistas.

Para o dirigente do PPS, aceitar os deputados que migraram para a base aliada é a mesma coisa que receber de presente um “Cavalo de Tróia”. Referiu-se ao gigante cavalo de madeira dado pelos gregos aos troianos , como um eventual sinal de rendição, mas que ao ser aberto estava repleto de soldados inimigos.
Leia, abaixo, o teor do documento entregue por Freire a Chiaglia:

Excelentíssimo Senhor Presidente da Câmara dos Deputados,

Requeremos a posse dos deputados suplentes nas vagas pertencentes ao Partido Popular Socialista decorrentes da desfiliação dos deputados Lucenira Pimentel (AC), Colbert Martins (BA), Veloso (BA), Neilton Mulim (RJ), Homero Pereira (MT), Ratinho Júnior (PR), Paulo Piau (MG) e Airton Roveda (PR), eleitos pela legenda nas últimas eleições, conforme decisão do Tribunal Superior Eleitoral referente à Consulta nº 1.398.

Justificativa
A Consulta 1.398, apresentada pelo então Partido da Frente Liberal, indagou se os partidos e coligações teriam “o direito a preservar a vaga obtida pelo sistema eleitoral proporcional, quando houver pedido de cancelamento de filiação ou de transferência do candidato eleito por um partido para outra legenda”.
O Pleno daquele Tribunal, no dia 27 de março de 2007, seguindo o voto do Sr. Ministro Cesar Asfor Rocha, concluiu por uma resposta afirmativa à Consulta do PFL, estabelecendo que os Partidos Políticos e as coligações conservariam o direito à vaga obtida pelo sistema eleitoral proporcional, em razão do pedido de cancelamento de filiação e conseqüente transferência do candidato eleito por um partido para outra legenda.

Nesses termos, tendo em vista a perda de oito mandatos por parte do Partido Popular Socialista em decorrência de desfiliações partidárias, requeremos que Vossa Excelência dê posse aos respectivos suplentes do PPS e/ou coligações que o mesmo formou nas últimas eleições, nos termos do Art. 17, VI, d do Regimento Interno da Câmara dos Deputados.

Brasília, 4 de abril de 2007.

ROBERTO FREIRE
Presidente Nacional do PPS

quarta-feira, 4 de abril de 2007

LIMITE ALCANÇADO. E AGORA?

A Humanidade alcançou um estágio no qual a ciência já consegue calcular o efeito deletério de sua própria ação no meio ambiente e até estimar em quantos anos o esgotamento de recursos naturais tornará a vida humana incompatível com a sustentação de um habitat humano e, portanto, com a reprodução e continuidade da própria vida da espécie no planeta.

Esse é um fato hoje amplamente reconhecido e condiciona todos os demais. É a própria sobrevivência da espécie que está em risco. O que pode ser mais importante e urgente do que isso?

É um fato inegável e inédito que põe, para todos, países e pessoas, problemas igualmente inéditos que precisam ser enfrentados nos campos econômico, científico e político.

Alcançamos limites globais de produção e consumo para toda a humanidade que estão sendo impostos pelo limite da capacidade de autoreprodução do ecosistema humano. Portanto, ou construímos um novo padrão de existência da vida humana no planeta ou as consequências serão terríveis e sobre isso, a natureza tem nos dado avisos eloquentes.

Impõem-se, portanto, um novo tipo de organização da sociedade na sua vida econômica e científica e isso só será possível com uma nova política porque só ela pode reduzir a brutal desigualdade dos padrões de consumo e de vida entre populações de diferentes regiões do planeta, países e pessoas. Sustentabilidade global não pode existir com os níveis atuais de profunda desigualdade.

Justiça social e padrões mais igualitários de vida, tornaram-se condição para a mera sobrevivência da espécie tal como a conhecemos porque já chegamos no ponto da simples impossibilidade de todos crescerem, ao mesmo tempo, em produção e consumo. Esse é o maior problema político com o qual já se deparou a humanidade.

Como, nesse cenário, gerar um Plano Estratégico para o Brasil nas condições concretas de nossa vida interna e no conjunto dos países? Como se produz, para um país como o Brasil, um Plano de Desenvolvimento compatível com esse cenário planetário, nas condições políticas internas e internacionais reais que temos?

Não há respostas fáceis para essas perguntas, mas é bom que nos apressemos. Alguém já disse que a natureza não se defende das agressões que sofre, apenas se vinga e tudo indica que ela está, a cada, dia, mais impaciente.
Homerodf

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