"Se não estás prevenido ante os meios de comunicação, te farão amar o opressor e odiar o oprimido" Malcom X

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Imperdível

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Lançamento de Excessos e Exceções no Café com Letras


No dia 06 de novembro, quinta-feira, a partir das 20h, o filósofo Hilan Bensusan estará no Café com Letras autografando seu último trabalho: Excessos e Exceções – Por uma ontologia sem cabimento.

Bensusan é brasiliense e o primeiro filósofo da cidade a lançar um livro em nível nacional. Professor, trabalha no Departamento de Filosofia da Universidade de Brasília (UnB) e há muito tempo investiga e escreve sobre pensamento, experiências, singularidades, multiplicidades e ontologias não-convencionais. Neste ensaio, ele faz uma crítica ao esforço – ou à lógica inerente a ele – de trazer singularidades ao pensamento, o que evoca uma grande quantidade de questões em filosofia. Baseado em estudos de filósofos como Davidson, Deleuze, Evans, Foucault e McDowell, o autor desenvolve uma perspectiva histórica das tradições contemporâneas em filosofia que raramente são consideradas simultaneamente e procura com isso encontrar recursos para lidar com as muitas faces de como o pensamento pode ficar indiferente à singularidade. O livro é composto por capítulos que se entrelaçam como um mosaico e que apresentam a questão de maneiras diferentes.

O Café com Letras tem a honra em receber o autor Hilan Bensusan para esse lançamento e convida a todos para a experiência única em participar desta noite especial.


Serviço:

Noite de autógrafos com Hilan Bensusan
Excessos e Exceções – Por uma ontologia sem cabimento, Idéias & Letras, 368 pg., R$ 40.
Local: Café com Letras, SCLS 203 sul bloco C loja 19 – Asa Sul.
Data: 06 de novembro, quinta-feira.
Horário: a partir das 20h.
Entrada franca.

Maiores Informações:
(61) 3322-4070 / 3322-5070

Informações para a Imprensa:
Juliana Medeiros
(61) 8135-0046 / 9999-8843

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

terça-feira, 21 de outubro de 2008

A mídia que mata

De vez em quando volto a esse tema aqui. Sempre que resolvo defender um Conselho ou órgão regulador para a categoria (porque ninguém paga o preço dos desmandos da imprensa, porque os jornalistas se acham semi-deuses e seres acima da lei que podem ferir qualquer regra em busca da notícia, porque a ética vai pro espaço nessas horas...), jornalistas de vários lugares caem de pau dizendo que isso é "censura", "repressão", etc, etc... mas, veja bem, novamente assistimos, ao vivo, como CO-PARTICIPANTES à morte de uma adolescente no meio de uma guerra de audiência. O que significa isso gente?... Abaixo, reprodução da entrevista do ex-comandante do BOPE, Rodrigo Pimentel sobre o desfecho do caso e a participação da mídia. Acho que ela fala por si.

Juliana de Souza



Do Portal Terra

Pimentel: mídia foi "criminosa e irresponsável"



A cobertura feita pela Rede Record, RedeTV! e Rede Globo prejudicou as negociações com Lindemberg Alves, na avaliação do ex-comandante do Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais) e sociólogo Rodrigo Pimentel. Para ele, a postura das emissoras foi "irreponsável e criminosa".

- O que eles fizeram foi de uma irresponsabilidade tão grande que eles poderiam, através dessa conduta, deixar o tomador das reféns mais nervoso, como deixaram, poderiam atrapalhar a negociação, como atrapalharam.


Leia também:
» Opine aqui sobre a cobertura da mídia para o caso Eloá
» "Jornalista não é negociador, critica Datena
» Lindemberg diz que só atirou depois que polícia invadiu
» Veja cronologia do seqüestro


Lindemberg Alves, 22, manteve a ex-namorada Eloá e a amiga Nayara, ambas de 15 anos, como reféns por cinco dias em um apartamento na cidade de Santo André, em São Paulo. Na última sexta-feira, 17, o Gate (Grupo de Operações Taticas Especiais) invadiu o local. O incidente culminou na morte de Eloá.

Co-autor do livro "Elite da Tropa" e roteirista do filme "Tropa de Elite", Pimentel faz uma crítica ainda mais incisiva à inteferência da apresentadora Sonia Abrão, da RedeTV!, nas negociações. Ela entrevistou Lindemberg ao vivo na última quarta-feira, 15.

- Foi irresponsável, infantil e criminoso o que a Sonia Abrão fez. Essas emissoras, esses jornalistas criminosos e irresponsáveis, devem optar na próxima ocorrência entre ajudar a polícia ou aumentar a sua audiência.

Leia a seguir a entrevista com Rodrigo Pimentel:

Terra Magazine - Qual a responsabilidade objetiva dos governantes em incidentes como esse?
Rodrigo Pimentel -
O chefe da polícia estadual é o governador do estado. Quem define as políticas de segurança pública e suas prioridades é o governador, através do secretário de segurança pública. É lógico que ele não pode ser responsabilizado de forma isolada pelo que aconteceu. Não é a primeira vez que uma ocorrência com reféns termina em tragédia no país. Nem será a última. Se você fizer uma análise histórica dos casos com reféns aqui, o normal é que eles tenham sido conduzidos com pouca qualidade técnica, muito amadorismo. Há precedentes emblemáticos, como o caso do arcebispo mantido refém num presídio em Fortaleza, quando o governador Ciro Gomes determinou que se dessem armas e coletes aos seqüestradores, tudo foi feito ao contrário do que determinam as normas.

Que normas são essas?
Veja bem: são normas rígidas? Não. São protocolos internacionais que podem ser adaptados de acordo com a necessidade, mas que se baseiam em dados históricos coletados ao longo dos anos. (...) Nós sabemos, por exemplo, que a presença de familiares em 80% dos casos deixa o seqüestrador mais nervoso e arredio, menos propenso à negociação. O jornalista, por exemplo, é bom ou ruim? Eu diria que na maioria das vezes é ruim. Porém, em algumas ocasiões, não muito raras, a presença do jornalista ajuda o tomador do refém a se entregar. Ele percebe que o jornalista no local garante a preservação da sua vida. Então tudo exige um conjunto de avaliações momentâneas.

Como o senhor escreveu em artigo na Folha de S.Paulo, a responsabilidade está na medida em que há falta de investimentos, como por exemplo a falta de câmeras...
Nenhuma unidade tática no Brasil dispõe desse equipamento. São equipamentos baratíssimos, custam menos que uma viatura policial. E são muito necessários. Se o Gate (Grupo de Operações Táticas Especiais) tivesse esse equipamento, não teria feito a opção pela invasão. Porque ia perceber que a porta tinha obstáculos. E aqueles 14 segundos que a equipe policial perdeu na porta foi o tempo para acontecer a tragédia, foi o tempo que o Lindemberg precisou para alvejar as meninas.

Foi o erro crucial?
É, exatamente. Mas o erro mais fácil de ser sinalizado foi a reintrodução da menina Nayara. Você não tem precedente disso na história moderna da negociação. Tem um caso em que o refém voltou ao cativeiro em Nova Iorque, no ano de 1972, que até gerou o filme Um dia de cão, com o Al Pacino. Mas veja bem: foi há quase 40 anos, não havia uma técnica desenvolvida (para lidar com esse tipo de situação). E esse fato foi transformador da doutrina da polícia de Nova Iorque. O filme é maravilhoso: retrata marginais mentalmente perturbados e economicamente motivados; eles queriam assaltar um banco. Foi uma ocorrência dramática em que aconteceu algo igual ao que resultou na morte da Eloá. Jornalistas ligavam para os seqüestradores o tempo todo...

Como o senhor avalia a cobertura da mídia?
A Sonia Abrão, da RedeTV!, a Record e a Globo foram irresponsáveis e criminosas. O que eles fizeram foi de uma irresponsabilidade tão grande que eles poderiam, através dessa conduta, deixar o tomador das reféns mais nervoso, como deixaram; poderiam atrapalhar a negociação, como atrapalharam... O telefone do Lindemberg estava sempre ocupado, e o capitão Adriano Giovaninni (NR: negociador da Polícia Militar) não conseguia falar com ele porque a Sonia Abrão queria entrevistá-lo. Então essas emissoras, esses jornalistas criminosos e irresponsáveis, devem optar na próxima ocorrência entre ajudar a polícia ou aumentar a sua audiência.
O Ministério Público de São Paulo deveria, inclusive, chamar à responsabilidade, essas emissoras de TV. A Record se orgulha de ter ligado 5 vezes para o Lindemberg. Ele ficou visivelmente nervoso quando a Sonia Abrão ligou, e ela colocou isso no ar. Impressionante! O Lindemberg ficou: "quem são vocês, quem colocou isso no ar, como conseguiram meu telefone?". Olha que loucura! Isso jamais aconteceria nos Estados Unidos hoje, jamais. Aconteceu há quase 40 anos, mas jamais aconteceria nos dias de hoje. Foi irresponsável, infantil e criminoso o que a Sonia Abrão fez. Eu lamento não ter falado isso na frente dela. Eu gostaria de ter falado isso para ela e para os telespectadores da Record e da RedeTV!.
O que ela fez foi sem a menor avaliação. Tanto que, num primeiro momento, ele (o repórter Luiz Guerra) tentou enganar o Lindemberg, dizendo-se amigo da família. E depois ele tentou ser negociador, convencer ele a se entregar sem conhecer os argumentos técnicos usados para isso. O que o capitão Giovaninni falava para o Lindemberg a todo momento é que, até aquele momento, o crime que ele havia praticado era muito pequeno. Esse é o argumento técnico, funciona quase sempre. "Olha meu amigo, até agora você não matou ninguém, até agora só colocou essas pessoas sobre constrangimento, sua pena vai ser muito pequena...". Isso funciona mesmo. E a Sonia Abrão não tem esse argumento, a Record também não.

Podemos esperar mais casos com esse tipo de desfecho?
Outras virão, não vai ser a primeira nem a última vez. O que aconteceu ali, apesar de ser uma ocorrência com refém, é algo comum no Brasil. Ex-noivos, ex-maridos e ex-namorados matando suas ex-companheiras ou suas companheiras atuais. Nós temos Estados no Brasil, como Pernambuco, onde cerca de 20% dos homicídios são dessa natureza, praticados por companheiros. Uma mulher morre por dia em Pernambuco vítima do seu companheiro. Essa é outra questão para a gente refletir. Apesar de ser uma ocorrência com refém, o que chama a atenção é a morte de uma ex-namorada, o que é absurdamente comum no Brasil. Homens no Brasil matam suas companheiras com uma freqüência muito grande.

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Friedrich Nietzsche sabia tudo

"O indivíduo sempre teve que se esforçar
para não se deixar ser dominado pela tribo.
Se você fizer isso, frequentemente será solitário e algumas vezes ficará assustado.
Mas nunca é alto o preço a pagar pelo privilégio de pertencer a si mesmo."

(The individual has always had to struggle to keep from being overwhelmed by the tribe. If you try it, you will be lonely often, and sometimes frightened. But no price is too high to pay for the privilege of owning yourself)

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Aos Balzaquianos

“As disputas humanas, em geral, decorrem do fato de existirem, ao mesmo tempo, sábios e ignorantes, constituídos de maneira a verem apenas um lado dos fatos ou das idéias, cada um julgando ser a face que vê a única verdadeira, a única boa”.


(Balzac, na obra A Prima Bete, 1846)

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Bolivianos celebram 41º aniversário da execução de Che Guevara




A pequena localidade boliviana de La Higuera será cenário hoje (08) das comemorações centrais pelo 41º aniversário da execução do guerrilheiro argentino-cubano Ernesto Che Guevara, ocorrido em 8 de outubro de 1967. O povoado onde caiu o lendário combatente receberá organizações bolivianas e representantes da colaboração cubana e venezuelana neste país andino.
Segundo notícia de Prensa Latina, a jornada servirá para que vários médicos da Ilha exponham teses de mestrados, enquanto representantes destacados nos projetos de cooperação na saúde, a alfabetização e a revolução energética serão estimuladas.

Contudo, a maior atenção se centrará no acontecimento que viverá os habitantes de La Higuera com a chegada da energia elétrica pela primeira vez em sua historia.

Na véspera, o mausoléu de Che no município de Vallegrande serviu de sede para a cerimônia de declaração de Santa Cruz como segundo departamento boliviano livre do analfabetismo.

Os oradores, entre eles o presidente Evo Morales, ressaltaram que a entrega dessa distinção ao território de Santa Cruz constituía uma homenagem ao mítico lutador. Como conclusão do dia, Morales e o embaixador de Cuba em La Paz, Rafael Dausá, depositaram uma oferenda de flores em honra a Guevara, um símbolo mundial na batalha pelas causas justas.

Comandante Che Guevara

Aprendimos a quererte
Desde la historica altura
Donde el sol de tu bravura
Le puso cerco a la muerte

(Refrão)
Aqui se queda la clara, la entrenable transparencia, de tu querida presencia, comandante che guevara

Tu mano glorio sa y fuerte
Sobre la historia dispara
Cuando todo Santa-Clara
Se despierta para verte

(Refrão)

Vienes que mando la brisa
Consoles de primavera
Para plantar la bandera
Con la luz de tu sonrisa

(Refrão)

Tu amor revolucionario
Te conduce a nueva empresa
Donde esperan la firmeza
De tu brazo libertario

(Refrão)

Seguerimos adelante
Como junto a ti seguimos
Y con Fidel te decimos
Hasta siempre comandante

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