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segunda-feira, 16 de maio de 2016

Reconsiderar o discurso de Ruffato em Frankfurt

Valter Campanato /Agência Brasil

Por Juliana MSC
"O que significa ser escritor em um país situado na periferia do mundo, um lugar onde o termo 'capitalismo selvagem' definitivamente não é uma metáfora"

A polêmica abertura da Feira do Livro de Frankfurt protagonizada por Luiz Ruffato em 2013 - que levou Ziraldo a uma quase síncope nervosa - precisa ser revista (com mais lucidez agora) e refletida por todos nós. O texto duro, considerado "inadequado" para a abertura de uma feira literária que, ainda por cima, naquele ano homenageava nosso país, adquiriu ares de profecia se considerarmos o que ocorreu em nossa conjuntura desde então.

"Embora a afirmação de nossa subjetividade se verifique através do reconhecimento do outro - é a alteridade que nos confere o sentido de existir - o 'outro' é também aquele que pode nos aniquilar"

Me chama a atenção o quanto esse atual cenário de ruptura está nos levando a legitimar, de maneira alarmante, violências subjetivas como a misoginia característica de parcela da nossa sociedade, sem que esse recrudescimento seja percebido pela maioria dos homens (e boa parte das mulheres). Com exceção daqueles poucos que compreendem a luta feminista para além do "mundo feminino" que só existe no imaginário do Vice.

Tantos anos de luta por direitos, à custa de muitas lágrimas (e perdas) e as mulheres precisarão reiniciar os debates, refazer caminhos, reeducar seus meninos e meninas. Estamos caminhando surpreendentemente rápido nessa "ponte para o passado", uma regressão (até mesmo psicológica) que vai contaminando as pessoas sem que elas percebam.



Em alguns casos reflito se todas essas "bestas" internas já não estavam ali, guardadas, enrustidas, aguardando a oportunidade de se sentirem libertas de tantas amarras ideológicas que foram tornadas leis, políticas públicas ou cultuadas politicamente em uma conjuntura social de um governo popular.

"Como não enxergamos o outro, o outro não nos vê (...) o semelhante torna-se o inimigo"

Já não bastavam jovens cultuando personagens nefastos como 'Bolsonaros' e cia - na contramão inclusive do que é típico da juventude, que é a identidade libertária - parece que vamos ter de lidar também com piadas preconceituosas renovadas, agressões naturalizadas, o machismo tornado "institucional".

"E se a Humanidade se edifica neste movimento pendular entre agregação e dispersão, a história do Brasil vem sendo alicerçada quase que exclusivamente na negação explícita do outro, por meio da violência e da indiferença."

Até mesmo personalidades como Marta Suplicy, que um dia foi referência vanguardista por trazer o diálogo sobre o feminismo para a televisão brasileira (em plena ditadura militar!), se apequenou para legitimar a sucessão de violências que foram e ainda estão sendo cometidas. Não só contra as mulheres, mas também contra a diversidade, a cultura, a educação, os direitos humanos.

Ou seja, além do acúmulo de ódio de classe, de gênero, racismo, da xenofobia, da intolerância que nos levou (como sociedade) a este estado de coisas, caminhamos a passos largos para um aprimoramento não do que temos de melhor como nação, mas sim do que há de pior, daquilo que antes era vergonha e que hoje vem sendo, pouco a pouco, tornado sinônimo de "sucesso". Uma inversão de valores gritante e que é amplificada pelo tratamento antiético  da mídia de massa que embarcou no golpe de Estado e se recusa a narrar os fatos com o mínimo de honestidade intelectual. O resultado é que uma população, como lembra Ruffato, "formada por uma maioria de analfabetos funcionais" sequer é capaz de fazer a crítica da informação-produto que consome.

Ou não lemos Gilberto Freyre, Nelson Werneck Sodré, Jorge Amado, Darcy Ribeiro e outros teóricos de nossa identidade cultural, ou escolhemos esquecer tudo o que vivemos e, se é assim, "estaremos condenados a repetir nosso passado", como nos ensina o filósofo George Santayana.

Daí porque volto a mencionar Ruffato que, em Frankfurt, escolheu não dourar a pílula e falar do que realmente nos faz brasileiros.

Para quem quiser ouvir os quase 12 minutos em que  o escritor Luiz Ruffato coloca o dedo em nossas feridas:


quarta-feira, 20 de junho de 2012

Amanhã é dia de Sarau Universos em Brasília

Amanhã acontece na Embaixada da Venezuela em Brasília a segunda edição do Sarau Universos.


Idealizado pela produtora cultural Roberta Doelinger, o 1º Sarau Literário UniVersos ocorreu em 2010 na Cotidiano LivrariaOs escritores convidados foram: Fernando Freire e Aharom Avelino. Alguns dos poetas homenageados foram Drummond, Baudelaire e Edgar Allan Poe além de vários textos de Renato Russo. Houve ainda a participação da Banda Casa 20 e participaram os escritores: Heitor Humberto de Andrade, Dr. Marcio Bontempo e Ramaiana Ribeiro


O 2º Sarau UniVersos está sendo organizado por Roberta Doelinger em parceria com a escritora Gacy Simas e ocorrerá na Embaixada da República Bolivariana da Venezuela, com o apoio do Adido Cultural Amarú Araujo Villegas, do Sindicato dos Escritores do Distrito Federal e da Academia de Letras do Brasil – DF.



A programação contará com:
Participação Especial: Coral Alegria
Escritores/Poetas: *Cristiane Sobral  *Alen Guimarães (Poeta dos Ventos) *Nena Medeiros *Junio Veloso Matos *Rubens Neco *Gacy Simas *Vânia Diniz *Paulo Diniz *Elias Daher *Fernando Freire *G.Gaitero  (Apresentação Cordel Musical)
Stand UpEscritor Uruguaio *Raúl Ernesto Larrosa Ballesta
Apresentação Musical: *Myrlla Muniz *Nestor Kirjner *André Porto

Serviço:
Data: 21 de junho (quinta-feira)
Local: Auditório Francisco de Miranda - Embaixada da Venezuela
Horário: 19h às 22h
Endereço: SQS AV. das Nações Qd 803 Lote 13
Entrada franca
Haverá Varal de Poesias      
                


quarta-feira, 30 de maio de 2012

ELEIÇÕES DO SINDESCRITORES-DF RENOVA MANDATO DE ELIAS DAHER



ELEIÇÕES DO SINDESCRITORES-DF RENOVA MANDATO DE ELIAS DAHER

O presidente do Sindicato dos Escritores, Elias Daher, teve seu mandato renovado em eleições com a participação de quase 100 escritores de Brasília.
  
O Sindicato dos Escritores do Distrito Federal, primeira entidade sindical de escritores do Brasil, fundada em 1977, realizou eleições na manhã do último dia 26 de maio, sábado, na Livraria Café com Letras.

Os filiados adimplentes compareceram para votar em uma das duas chapas concorrentes; chapa Reynaldo Jardim encabeçada pelo escritor e poeta Marcos Freitas, e a vencedora Cora Coralina, que renova a gestão do atual presidente Elias Daher por mais três anos, com novos membros em sua diretoria. Dentre eles, o jornalista Heitor Humberto de Andrade que participou da fundação do sindicato e agora compõe o Conselho de Ética.

O evento contou com a participação de cerca de 100 pessoas que passaram pela livraria, inclusive poetas e escritores que, como Heitor Andrade, remontam à fundação do Sindescritores-DF. Um deles, o poeta Menezes y Moraes contou já ter participado duas vezes da direção da entidade, uma como vice-presidente e outra como presidente, e lembrou que embora a profissão de escritor seja reconhecida pelo Ministério do Trabalho, ainda são poucos os escritores que podem viver da escrita.

Esta, segundo o jornalista e escritor Pedro César Batista, eleito Diretor de Relações Institucionais, é a principal tarefa desta diretoria: a regulamentação da profissão de Escritor. A pretensão é antiga, mas desta vez, foi criada uma comissão especial com o propósito de defender os interesses dos escritores junto ao Poder Legislativo. Segundo Batista, o sindicato já está preparando um ciclo de debates que permitirá  amadurecer as propostas da categoria.

Uma presença importante nas eleições foi a do escritor e médico pediatra Dr. Dioclécio Campos Júnior, ex-secretário da Secretária de Estado da Criança do DF que, recém-chegado de viagem, fez questão de comparecer à votação.

Desde 2011 a diretoria, com a efetiva participação da Produtora Cultural Roberta Doelinger – agora eleita Secretária Geral –, o Sindescritores-DF vem realizando diversos encontros literários e, com o apoio da Academia de Letras do Brasil – DF , representada por sua presidente Vânia Diniz, realizaram a primeira Noite Literária de Brasília, uma sessão de autógrafos coletiva com a participação de escritores e poetas e público de mais de 350 pessoas. O evento já se tornou tradição cultural em Brasília.

O Sindicato participou também da última Feira do Livro de Brasília e da 1ª Bienal Brasil do Livro e da Leitura, com espaço amplo reservado a debates, saraus, encontros literários, oficinas infantis e demais atividades que ajudaram a divulgar e renovar a confiança dos escritores na atuação da entidade.

Dentre as propostas da chapa vencedora para o Triênio 2012/2014 estão, além da regulamentação da profissão e da busca por uma sede – demanda pendente há mais de 30 anos –, oferecer à sociedade uma biblioteca com espaço para crianças e adolescentes, com o apoio do poder público.

Assessoria de Comunicação do Sindescritores-DF

Vídeo com imagens das eleições: http://youtu.be/ENqIzGRABSw


Chapa Eleita Cora Coralina
Presidente
Elias Daher
Secretária Geral
Roberta Von Doelinger
Segunda Secretária
Gabriela Saraiva
Tesoureira
Nena Medeiros
Segunda Tesoureira
Vânia Gomes
Assessora de Comunicação
Juliana Medeiros de Souza Castro
Diretora de Gestão Administrativa
Gacy Simas
Diretora de Assuntos Jurídicos
Celita Oliveira Sousa
Diretor de Relacionamento Institucional
Pedro Cesar Batista
Diretora de Gestão e Produção Cultural
Paula Ziegler

Conselho Fiscal
Ana Beatriz Cabral
Giuliany Matos
Aharom Avelino

Conselho de Ética
Vitor Gomes Pinto
Heitor Humberto de Andrade
Basilina Pereira

Conselho Consultivo
Rubens Neco
Cristiane Sobral
Vânia Diniz

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Eleição do Sindicato dos Escritores - DF

Reproduzo abaixo, post (com adaptações) da produtora literária Roberta Doelinger  em apoio à chapa Cora Coralina, da qual também faço parte. Ao relato, acrescento que pretendo contribuir principalmente na regulamentação e valorização da profissão, além de focar na obtenção de sede própria. Escritores, compareçam às eleições! Tragam suas propostas!


Eleição do Sindicato dos Escritores - DF

Queridos amigos escritores,

A eleição do Sindicato dos Escritores-DF será em 26 de maio (sábado), na Livraria Café com Letras, CLS 203 Bl C Lj 19, das 10:00h às 13:00h. Todos os escritores filiados adimplentes e todos os novos escritores filiados até o dia 26/04 poderão votar. Confiram a listagem: http://www.sindescritores.com.br/adimplentes.htm. Abaixo apresento a nossa chapa e nossas propostas.
Chapa Cora Coralina

Presidente
Elias Daher  
Secretário Geral
Roberta Von Doelinger
Segundo Secretário
Gabriela Saraiva
Tesoureiro
Nena Medeiros
Segundo Tesoureiro
Vânia Gomes
Assessor de Comunicação
Juliana Medeiros Castro
Diretor de Gestão Administrativa
Gacy Simas
Diretor de Assuntos Jurídicos
Celita Oliveira Sousa
Diretor de Relacionamento Institucional
Pedro Cesar Batista
Diretor de Gestão e Produção Cultural
Paula Ziegler

Conselho Fiscal
Ana Beatriz Cabral
Giuliany Matos
Aharom Avelino

Conselho de Ética
Vitor Gomes Pinto
Heitor Humberto de Andrade
Basilina Pereira

Conselho Consultivo
Rubens Neco
Cristiane Sobral
Vânia Diniz

Manutenção de projetos que nós já implementamos
01. Concurso Literário (já está em sua terceira edição e além de promover a leitura e a produção literária, divulga o nome do Sindicato.)
02. Noites Literárias (Evento que reune  escritores, com enorme sucesso de público e que já se tornou uma tradição  cultural em nossa cidade.)
03. Sarau Literário com escritores/músicos. Fizemos uma edição do evento no ano de 2011 e pretendemos repetir, dependendo da disponibilidade dos artistas.
04. Estante do Escritor na Livraria Cotidiano. Firmamos um convênio em que o escritor de Brasília terá lugar de destaque para expor suas obras e em caso de venda, a comissão cobrada será menor do que aquela praticada no mercado (30% do valor da capa).
05. Participação em eventos culturais.  (historicamente, o Sindicato participa das feiras anuais. Este ano, tivemos a importante bienal do livro, com sucesso de público.)
06. Redução da Tarifa Postal. Em nosso País, paga-se o mesmo para enviar um livro ou uma revista de fofoca. Há tempos que estamos trabalhando pela Redução da tarifa postal para o envio de livros e continuaremos com essa luta.
07. Projeto "Conheça os escritores de  Brasília". Já implementamos a divulgação dos nossos escritores em outdoors da cidade, com um custo de R$ 68,75 por escritor.
08. Manter e ampliar a parceria com outras instituições literárias, como é o caso da Academia de Letras do Brasil - DF.

Propostas da Chapa Cora Coralina para o Triênio 2012/2014

01. Regulamentação da profissão do Escritor. Trata-se de uma pretensão antiga do Sindicato, mas que nunca foi priorizada em detrimento de outras ações culturais. Desta vez, temos  uma comissão especialmente criada com este propósito que irá defender nossos interesses junto a Poder Legislativo. Entretanto, antes da  Comissão começar a atuar, teremos um ciclo de debates que permita  amadurecer a proposta e apresentá-la de forma consistente, para maximizar as possibilidades de aprovação.


02. Definição de uma política de remuneração para quem atua nas feiras dos livros. Esses eventos tem uma duração que onera e sobrecarrega as pessoas que cuidam do Stand do Sindicato,  pois são 10 dias, com expediente diário de, no mínimo, 12 horas.  Os honorários que pagamos, as vezes, nem cobrem os custos das pessoas que se propõem a trabalhar nos eventos.

03. Maior aproveitamento do site do Sindicato dos Escritores, para divulgar os sites e blogs dos nossos afiliados, venda de e-books e divulgação dos serviços prestados.
04. O Sindicato vai apoiar a iniciativa de oferecer à sociedade, uma biblioteca com espaço para crianças e adolescentes, com o apoio de órgãos públicos.
05. Dar manutenção ao projeto da sede própria, que há tanto tempo é pretendido pela instituição. (Já estamos negociando uma sede provisória em lugar central para nossas primeiras reuniões)
06. Programa de acessibilidade, envolvendo a edição de obras em braile, letras aumentadas e audiobooks
07. Por fim, estamos trabalhando em convênios que possam resultar em meia entrada para es escritores, além de descontos em livrarias e principalmente, em editoras.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

2ª Noite Literária - Sessão Coletiva de Autógrafos




Academia de Letras do Brasil/DF com o apoio da Embaixada da República da Argentina promove a 2ª Noite Literária - Sessão Coletiva de Autógrafos.

Pensando na dificuldade enfrentada pelos escritores em divulgar e distribuir suas obras, a Academia de Letras de Brasil/DF, representada pela sua presidente a imortal Vânia Moreira Diniz - por intermédio de sua diretora de eventos a escritora Gacy Simas - e a produtora literária e diretora do Sindicato dos Escritores/DF Roberta Von Doelinger, com o apoio da Embaixada da Argentina, uniram-se para organizar a segunda grande sessão coletiva de autógrafos junto com uma homenagem à literatura argentina.

O projeto Noite Literária tem como objetivo desenvolver a interação entre o público e os autores, disseminando a cultura e valorizando a literatura contemporânea no Distrito Federal.  Igualmente, a literatura argentina e a paixão daquele povo pela leitura, contribuirão para criar um ambiente propício para os amantes das letras.
Para abrilhantar a 2ª Noite Literária, contaremos com a participação especial do professor argentino Juan Pedro Rojas, doutorando do Departamento de Línguas Estrangeiras e Tradução da UnB, quem fará uma pequena explanação sobre literatura argentina.

A primeira sessão coletiva de autógrafos, denominada "Noite Literária", ocorreu no dia 14 de abril de 2011, com a participação de 25 autores. Foi idealizada e coordenada pela produtora literária Roberta Von Doelinger em parceria com a empresária Madge Rosa, da Spècialitè Eventos, e apoio da ALB/DF.

A 2ª Noite Literária, baseada na experiência e sucesso do primeiro evento, ocorrerá no dia 7 de dezembro, das 19h às 23h, na Embaixada da Argentina. Serão 30 autores e mais de 100 obras. Com entrada franca, o evento criará uma interação entre o público e os escritores, ampliando a cultura do nosso Distrito Federal e prestigiando a literatura latino-americana. Como bem disse Ernesto Sábato: "Viver consiste em construir recordações futuras". Com esse evento reforçaremos os laços de amizade entre nossos povos, construindo também recordações literárias.

Escritores Participantes:

Vânia Moreira Diniz - Poeta, Humanista e Presidente da Academia de Letras do Brasil/DF.
Dr. Marcio Bontempo - Médico Sanitarista, Especialista em Saúde Pública, Autor de 64 Obras.
Gacy Simas - Poetisa, Educadora, Contista, Palestrante.
Francisco Humberto de Freitas Azevedo - Médico, Especialista em Nutrologia, Dep. Federal Constituinte (1986)
Judivan J. Vieira - Procurador Federal, Autor de Livros Jurídicos, de Autoajuda e Contos.
Elias Daher Jr. - Poeta, Presidente do Sindicato dos Escritores – DF.
Paulo Diniz - Advogado, Consultor Jurídico, Cientista Político, Especialista em Educação de Nível Superior.
Ozaina Barros - Educadora, Licenciada em Letras Portuguê­s/espanhol e  Revisora de texto.
Marcelo Benini – Publicitário, Pós-graduado em Gestão de Marketing pela Fundação Getúlio Vargas.
Raúl Ernesto Larrosa Ballesta - Contista, Cronista, Jornalista, Tradutor e Contador de Histórias Uruguai.
André Pullig - Militar da Marinha, Palestrante, Contista, Cronista.
Nena Medeiros - Funcionária Pública, Gerente de Projetos em TI, Cronista, Contista e Poetisa.
Vitor Gomes Pinto - Doutor em Saúde Pública, Especialista em Relações Internacionais, Colunista.
Mônica Damaso - Economista, com Pós Graduação em Administração Financeira, Escritora de Literatura Infantil.
G. Gaitero - Motociclista, Ex-Publicitário.
Janaina Rico - Romancista, Cronista e Apresentadora.
Maria Therezinha de Lima Monteiro - Pedagoga, Psicóloga, Mestre em Aconselhamento, Doutora em Orientação Educacional, Doutora em Psicologia do Escolar.
Graça Mendes – Jornalista, Contista.
Roberto Klotz - Cronista, Engenheiro.
Fabiana Barbosa - Psicoterapeuta Holística, Consultora de Treinamentos Empresariais.
Marcos Terra - Educador, Psicólogo, Palestrante.
Lucimar Rodrigues - Contadora e Poetisa.
Renan Cunha - Médico Cardiologistas, Idealizador do Concurso "Pai Poeta".
Marisa Cunha - Médica Cardiologista, Coordenadora do Concurso "Pai Poeta".
Fernando Barreto - Artista Plástico, Restaurador e Cronista.
Sylvia Barreto - Artista plástica, Ceramista, Poetisa e Educadora na área de Artes Plásticas.
Anabe Lopes - Funcionária Pública do TCU, Poetisa.
Cristiane Sobral - Atriz, Professora de Teatro da Faculdade Dulcina de Moraes,  Desde 1999, dirige o grupo Teatral Cabeça Feita.
Ulisses Riedel - advogado, humanista, presidente de Ong União Planetária e da TV Supren.
Dioclécio Campos Jr. - Doutor em Pediatria, Professor da UnB, Secretário da Criança do Distrito Federal.

Serviço:
Dia: 07 de dezembro de 2011.
Local: Embaixada da República da Argentina - SES 803, Lote 12.
Horário: 19h às 23h
Entrada Franca

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Assista: 10 minutos que podem mudar a sua vida

Para a repórter da GloboNews que hoje, pela manhã, tentou conduzir o entrevistado, tentando fazer com que ele concordasse que os jovens que se manifestam agora na Espanha, ou Chile, são "marginais". Para todos nós que temos "deuses dentro" de nós quando nos entusiasmamos com uma causa bonita e pela qual vale a pena lutar, viver. E até mesmo para os que desistiram de sonhar. Esses 10 minutos com Galeano podem mudar a sua vida.


segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Definitivo


Definitivo, como tudo o que é simples.
Nossa dor não advém das coisas vividas,
mas das coisas que foram sonhadas e não se cumpriram.

Sofremos por quê? Porque automaticamente esquecemos
o que foi desfrutado e passamos a sofrer pelas nossas projeções
irrealizadas, por todas as cidades que gostaríamos de ter conhecido ao lado
do nosso amor e não conhecemos, por todos os filhos que gostaríamos de ter
tido junto e não tivemos,por todos os shows e livros e silêncios que
gostaríamos de ter compartilhado,
e não compartilhamos.
Por todos os beijos cancelados, pela eternidade.

Sofremos não porque nosso trabalho é desgastante e paga pouco, mas por todas
as horas livres que deixamos de ter para ir ao cinema, para conversar com um
amigo, para nadar, para namorar.

Sofremos não porque nossa mãe é impaciente conosco, mas por todos os
momentos em que poderíamos estar confidenciando a ela nossas mais profundas
angústias se ela estivesse interessada em nos compreender.

Sofremos não porque nosso time perdeu, mas pela euforia sufocada.

Sofremos não porque envelhecemos, mas porque o futuro está sendo
confiscado de nós, impedindo assim que mil aventuras nos aconteçam,
todas aquelas com as quais sonhamos e nunca chegamos a experimentar.

Por que sofremos tanto por amor?
O certo seria a gente não sofrer, apenas agradecer por termos conhecido uma
pessoa tão bacana, que gerou em nós um sentimento intenso e que nos fez
companhia por um tempo feliz.

Como aliviar a dor do que não foi vivido? A resposta é simples como um
verso: Se iludindo menos e vivendo mais!!!
A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida
está no amor que não damos, nas forças que não usamos,
na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivando-se do
sofrimento, perdemos também a felicidade. 


A dor é inevitável.
O sofrimento é opcional.

Carlos Drumond de Andrade

sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Para um Ano realmente Novo

Aos amigos, familiares, camaradas.

Que 2011 chegue com muita saúde, paz, amor e percepção. Obrigada a todos os seres que - direta ou indiretamente - contribuíram esse ano para que eu comesse, me vestisse, vivesse enfim. Que  Budha nos ilumine o caminho para a Terra Pura. O texto abaixo, do poeta Drummond, é quase uma reflexão budista sobre a responsabilidade que reside apenas em nós.

Namandabu
Juliana MSC



Receita de ano novo

Por Carlos Drummond de Andrade



Para você ganhar belíssimo Ano Novo 
cor do arco-íris, ou da cor da sua paz, 
Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido 
(mal vivido talvez ou sem sentido) 
para você ganhar um ano 
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras, 
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser; 
novo 
até no coração das coisas menos percebidas 
(a começar pelo seu interior) 
novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota, 
mas com ele se come, se passeia, 
se ama, se compreende, se trabalha, 
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita, 
não precisa expedir nem receber mensagens 
(planta recebe mensagens? 
passa telegramas?) 



Não precisa 
fazer lista de boas intenções 
para arquivá-las na gaveta. 
Não precisa chorar arrependido 
pelas besteiras consumidas 
nem parvamente acreditar 
que por decreto de esperança 
a partir de janeiro as coisas mudem 
e seja tudo claridade, recompensa, 
justiça entre os homens e as nações, 
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal, 
direitos respeitados, começando 
pelo direito augusto de viver. 



Para ganhar um Ano Novo 
que mereça este nome, 
você, meu caro, tem de merecê-lo, 
tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil, 
mas tente, experimente, consciente. 
É dentro de você que o Ano Novo 
cochila e espera desde sempre.

domingo, 31 de outubro de 2010

Amar


Carlos Drummond de Andrade 

  
Que pode uma criatura senão,
entre criaturas, amar?
amar e esquecer,
amar e malamar,
amar, desamar, amar?
sempre, e até de olhos vidrados amar? 

Que pode, pergunto, o ser amoroso,
sozinho, em rotação universal, senão
rodar também, e amar?
amar o que o mar traz à praia, 
o que ele sepulta, e o que, na brisa marinha,
é sal, ou precisão de amor, ou simples ânsia? 

Amar solenemente as palmas do deserto,
o que é entrega ou adoração expectante,
e amar o inóspito, o cru,
um vaso sem flor, um chão de ferro,
e o peito inerte, e a rua vista em sonho, e uma ave
de rapina. Este o nosso destino: amor sem conta,
distribuído pelas coisas pérfidas ou nulas,
doação ilimitada a uma completa ingratidão,
e na concha vazia do amor a procura medrosa,
paciente, de mais e mais amor. 

Amar a nossa falta mesma de amor, e na secura nossa
amar a água implícita, e o beijo tácito, e a sede infinita.

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