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Valter Campanato /Agência Brasil |
"Se não estás prevenido ante os meios de comunicação, te farão amar o opressor e odiar o oprimido" Malcom X
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segunda-feira, 16 de maio de 2016
Reconsiderar o discurso de Ruffato em Frankfurt
Por Juliana MSC
"O que significa ser escritor em um país situado na periferia do mundo, um lugar onde o termo 'capitalismo selvagem' definitivamente não é uma metáfora"
A polêmica abertura da Feira do Livro de Frankfurt protagonizada por Luiz Ruffato em 2013 - que levou Ziraldo a uma quase síncope nervosa - precisa ser revista (com mais lucidez agora) e refletida por todos nós. O texto duro, considerado "inadequado" para a abertura de uma feira literária que, ainda por cima, naquele ano homenageava nosso país, adquiriu ares de profecia se considerarmos o que ocorreu em nossa conjuntura desde então.
"Embora a afirmação de nossa subjetividade se verifique através do reconhecimento do outro - é a alteridade que nos confere o sentido de existir - o 'outro' é também aquele que pode nos aniquilar"
Me chama a atenção o quanto esse atual cenário de ruptura está nos levando a legitimar, de maneira alarmante, violências subjetivas como a misoginia característica de parcela da nossa sociedade, sem que esse recrudescimento seja percebido pela maioria dos homens (e boa parte das mulheres). Com exceção daqueles poucos que compreendem a luta feminista para além do "mundo feminino" que só existe no imaginário do Vice.
Tantos anos de luta por direitos, à custa de muitas lágrimas (e perdas) e as mulheres precisarão reiniciar os debates, refazer caminhos, reeducar seus meninos e meninas. Estamos caminhando surpreendentemente rápido nessa "ponte para o passado", uma regressão (até mesmo psicológica) que vai contaminando as pessoas sem que elas percebam.
Em alguns casos reflito se todas essas "bestas" internas já não estavam ali, guardadas, enrustidas, aguardando a oportunidade de se sentirem libertas de tantas amarras ideológicas que foram tornadas leis, políticas públicas ou cultuadas politicamente em uma conjuntura social de um governo popular.
"Como não enxergamos o outro, o outro não nos vê (...) o semelhante torna-se o inimigo"
Já não bastavam jovens cultuando personagens nefastos como 'Bolsonaros' e cia - na contramão inclusive do que é típico da juventude, que é a identidade libertária - parece que vamos ter de lidar também com piadas preconceituosas renovadas, agressões naturalizadas, o machismo tornado "institucional".
"E se a Humanidade se edifica neste movimento pendular entre agregação e dispersão, a história do Brasil vem sendo alicerçada quase que exclusivamente na negação explícita do outro, por meio da violência e da indiferença."
Até mesmo personalidades como Marta Suplicy, que um dia foi referência vanguardista por trazer o diálogo sobre o feminismo para a televisão brasileira (em plena ditadura militar!), se apequenou para legitimar a sucessão de violências que foram e ainda estão sendo cometidas. Não só contra as mulheres, mas também contra a diversidade, a cultura, a educação, os direitos humanos.
Ou seja, além do acúmulo de ódio de classe, de gênero, racismo, da xenofobia, da intolerância que nos levou (como sociedade) a este estado de coisas, caminhamos a passos largos para um aprimoramento não do que temos de melhor como nação, mas sim do que há de pior, daquilo que antes era vergonha e que hoje vem sendo, pouco a pouco, tornado sinônimo de "sucesso". Uma inversão de valores gritante e que é amplificada pelo tratamento antiético da mídia de massa que embarcou no golpe de Estado e se recusa a narrar os fatos com o mínimo de honestidade intelectual. O resultado é que uma população, como lembra Ruffato, "formada por uma maioria de analfabetos funcionais" sequer é capaz de fazer a crítica da informação-produto que consome.
Ou não lemos Gilberto Freyre, Nelson Werneck Sodré, Jorge Amado, Darcy Ribeiro e outros teóricos de nossa identidade cultural, ou escolhemos esquecer tudo o que vivemos e, se é assim, "estaremos condenados a repetir nosso passado", como nos ensina o filósofo George Santayana.
Daí porque volto a mencionar Ruffato que, em Frankfurt, escolheu não dourar a pílula e falar do que realmente nos faz brasileiros.
Para quem quiser ouvir os quase 12 minutos em que o escritor Luiz Ruffato coloca o dedo em nossas feridas:
domingo, 15 de maio de 2016
Incertezas da Participação Social no Governo Golpista
*Marcelo Pires Mendonça
Os recentes acontecimentos na política brasileira, que consolidaram um golpe contra o estado democrático de direito depois de um período histórico curto – apenas 31 anos – de democracia contínua, nos confrontam com um retrocesso sem precedentes considerando os avanços e conquistas na seara dos direitos sociais e humanos, da garantia da estabilidade institucional, dentre outros. Diante de um cenário em que a direita brasileira assume que desistiu das regras estabelecidas para o “jogo” da nossa frágil democracia materializada no processo eleitoral e no resultado das urnas, a legítima reação das ruas ao golpe a partir da mobilização das esquerdas é a resposta possível. E foi esta lição das ruas, da força da luta, da pertinência dos movimentos sociais que permitiram o fortalecimento da participação social como método de governo e como política pública efetiva nos últimos 13 anos. A participação social, sobretudo em suas instâncias mais maduras que são os conselhos, conferências e ouvidorias, tem sido um assunto ainda pouco debatido neste cenário de terra arrasada que a direita vem nos impondo. Entretanto, já observamos os primeiros ataques com o caso acintoso da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) que é supervisionada por um Conselho Curador, composto majoritariamente de representantes da sociedade civil, e que segue ameaçada de sofrer intervenção em sua diretoria.
O caso da EBC – empresa de comunicação isenta que tem feito o contraponto à parcialidade flagrante da mídia hegemônica – é um importante indicativo do que se pode esperar do atual governo interino para as políticas de participação social, conselhos, conferências, ouvidorias e demais instâncias. Considerando, por exemplo, que os Conselhos Nacionais possuem uma estrutura análoga à do Conselho Curador da EBC e que o atual governo não demonstra qualquer apreço à legalidade constitucional, depreende-se assim que não há garantias para a continuidade destas instâncias com autonomia nos seus atos e respeito às suas prerrogativas. Um exemplo pertinente é a extinção do Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos, emblemático do atual cenário de indefinição institucional, pois somente este órgão contava com oito relevantes Conselhos Nacionais integrando sua estrutura: o Conselho Nacional dos Direitos da Mulher, o Conselho Nacional da Juventude, o Conselho Nacional de Políticas de Igualdade Racial, o Conselho Nacional de Direitos Humanos, o Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência, o Conselho Nacional de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente, o Conselho Nacional dos Direitos do Idoso e o Conselho Nacional de Combate à Discriminação e Promoção dos Direitos de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais. O destino destas, como todas as outras instâncias de participação social e das políticas públicas atinentes segue ameaçado.
Atualmente a participação social se materializa nos 42 Colegiados de Políticas Públicas, sendo 35 Conselhos Nacionais, seis Comissões Nacionais e um Fórum Nacional que procuram atuar nos marcos da Política Nacional de Participação Social (PNPS), principalmente no que se refere à sua composição, por apresentarem uma significativa participação da sociedade civil. Cabe ressaltar que de 1941 a 2016 foram realizadas 156 Conferências Nacionais, das quais 115 ocorreram entre 2003 e maio de 2016, ou seja, mais de 73% do total de Conferências Nacionais ocorreram nos últimos treze anos, abrangendo 45 áreas setoriais em níveis municipal, regional, estadual e nacional e mobilizando mais de dez milhões de pessoas no debate de propostas para as políticas públicas. Tais números evidenciam a relevância dada pelos governos Lula e Dilma à participação social e popular na construção das políticas públicas. Somente entre os anos de 2015 e 2016 foram convocadas 13 Conferências Nacionais, das quais seis ocorreram em 2015 e outras sete estavam previstas para 2016, sendo que destas seis já foram realizadas entre os meses de março e abril.
Estes dados revelam a consolidação da participação social enquanto método de governo, com a ampliação e qualificação dos espaços institucionais de atuação efetiva da sociedade civil organizada ou não, dos movimentos sociais, entidades, etc. Revelam, ainda, o fortalecimento das pautas históricas relacionadas às ações afirmativas e demandas dos movimentos sociais do país. Em que pesem as críticas e a necessidade de aperfeiçoamento de tais mecanismos, há que se reconhecer que nestes 13 anos foi possível iniciar o processo de transição da perspectiva quantitativa para a qualitativa destas ações. É nesta fase de transição que vivenciamos a ameaça dos retrocessos posta pelo golpe em curso. Sendo as Conferências Nacionais um espaço democrático de participação social e pedagógico de formação humana, também se constituem em esfera de conquistas. Foi no âmbito das Conferências Nacionais, organizadas pelos respectivos conselhos temáticos e setoriais que avanços como o SUS, o SUAS, o PNDH-3, os estatutos da Igualdade Racial, Juventude e do Idoso, dentre outros, foram propostos, debatidos, aprovados e aperfeiçoados.
Tais conquistas são mérito do engajamento da sociedade civil na luta social e de sua atuação propositiva nos espaços institucionais de participação social. Quando avaliamos os documentos norteadores do atual governo interino – a “Ponte para o Futuro” e a “Travessia Social” – fazemos constatações preocupantes: no primeiro, encontramos a palavra “participação” uma única vez ao longo de suas 19 páginas, sendo esta utilizada para reforçar a importância do “setor privado” para a agenda econômica do país. Já o documento “Travessia Social”, cuja ênfase são os temas da educação, saúde, Bolsa Família e Minha Casa Minha Vida, sequer contém a palavra “participação”, mas faz referência à “colaboração” do setor privado. As conferências e conselhos nacionais, ouvidorias e demais instâncias de participação social sequer são mencionados, antecipando a medida do descompromisso deste governo ilegítimo com a democracia participativa – ou com a democracia sequer… Por isso, conclamamos os conselhos e conselheiras/os nacionais, delegadas e delegados das conferências nacionais e demais instâncias de participação social a se manifestarem contra todo e qualquer retrocesso e em defesa da democracia. E não nos esqueçamos das lições de Marx: “A arma da crítica não pode substituir, sem dúvida, a crítica das armas”. Para além de um posicionamento firme contra as atuais ameaças, é urgente nos mantermos em estado permanente de mobilização como enfatizou a Presidenta Dilma Roussef em seu último discurso oficial e ocupar as ruas resistindo contra toda e qualquer medida que signifique a usurpação de direitos duramente conquistados, pois só a luta muda a vida e seguiremos lutando.
Referências:
Guimarães, Fundação Ulysses. A Travessia Social. Uma ponte para o futuro. Disponível em:<http://veja.abril.com.br/complemento/pdf/TRAVESSIA%20SOCIAL%20-%20PMDB_LIVRETO_PNTE_PARA_O_FUTURO.pdf>.
Guimarães, Fundação Ulysses. A Travessia Social. Uma ponte para o futuro. Disponível em:<http://veja.abril.com.br/complemento/pdf/TRAVESSIA%20SOCIAL%20-%20PMDB_LIVRETO_PNTE_PARA_O_FUTURO.pdf>.
______. Uma Ponte para o Futuro. Disponível em:< http://pmdb.org.br/wp-content/uploads/2015/10/RELEASE-TEMER_A4-28.10.15-Online.pdf>.
Marx, Karl. Manuscritos econômico-filosóficos. São Paulo: Martin Claret, 2002.
* Formado em História e Geografia, pós-graduado em filosofia marxista-leninista pelo Instituto de Ciências Sociais de Moscou/Rússia. É professor da Rede Pública de Ensino do DF e Ex-Coordenador-Geral de Instâncias e Mecanismos de Participação da Secretaria de Governo da Presidência da República.
terça-feira, 24 de novembro de 2015
Selo Pró-Equidade de Gênero e Raça será entregue hoje em Brasília
A cerimônia de entrega da 5ª edição do Selo Pró-Equidade de Gênero e Raça acontece nesta terça-feira às 16h30, na sede da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio, em Brasília (DF).
Iniciativa do Governo Federal, coordenado pela Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres do Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos, o selo é conferido às empresas que executam ações para a promoção da igualdade de gênero e raça no ambiente de trabalho.
Voltado para empresas de médio e grande porte, públicas e privadas, ou com personalidade jurídica própria, o Programa Pró-Equidade de Gênero e Raça existe há dez anos e conta com a parceria da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e da ONU Mulheres, que recentemente também lançou uma importante campanha pela "Igualdade de Gênero e o Empoderamento de Mulheres e meninas".
Segundo a entidade, enquanto o mundo tem alcançado progressos no sentido da igualdade de gênero no âmbito do Desenvolvimento do Milênio, muitas mulheres continuam a sofrer discriminação e violência em todas as partes do mundo. E a igualdade de gênero ou de raça não são apenas direitos humanos fundamentais, mas valores necessários para a construção de um mundo pacífico, próspero e sustentável.
Ações como a implantação de salas de apoio para amamentação, ampliação de licenças maternidade ou paternidade, a produção de material educativo sobre temas como assédio ou racismo, a remuneração igualitária e sem discriminação, são exemplos de como as empresas podem concorrer ao prêmio.
Ao participar do programa, a empresa precisa elaborar uma ficha com o perfil da organização e um 'Plano de Ação' com o detalhamento de como irá desenvolver as ações de equidade de gênero e raça.
A adesão é voluntária, mas este ano, 68 empresas vão receber o Selo Pró-Equidade de Gênero e Raça. O evento tem início a partir das 16h30, na sede da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio (CNTC), na W5, 902 sul, Bloco C Brasília (DF).
A cerimônia já tem a presença confirmada da presidenta Dilma Rousseff.
quinta-feira, 25 de junho de 2015
Movimentos sociais se mobilizam pelo palestino-brasileiro Islam Hamed
Membros da Frente de Solidariedade a Palestina se mobilizam hoje em frente ao Palácio do Planalto em Brasília, e em outras capitais, na defesa da libertação imediata de um jovem brasileiro-palestino.
Islam Hamed, 30 anos, se encontra preso desde 2013 em Ramallah, na Cisjordânia.
As várias Frentes e Comitês que atuam na solidariedade à Palestina e outros movimentos sociais se solidarizam com o caso de Islam Hamed e pedem ao Governo brasileiro que atue com mais enfase para sua libertação.
Confira na reportagem de Juliana Medeiros no CULTURA NOTÍCIAS INTERNACIONAL da RÁDIO CULTURA FM DE BRASÍLIA.
quinta-feira, 17 de julho de 2014
ENTREVISTA COM ELIAS JABOUR SOBRE O CONFLITO EM GAZA
* Por Juliana Medeiros
Entrevista com o geógrafo Elias Jabour, Assessor do Senado Federal, Doutor e Mestre em Geografia Humana pela USP, e um dos apoiadores dos atos que vem sendo realizados em prol da causa palestina. A transcrição da entrevista segue abaixo.
CN INTERNACIONAL - (JULIANA) ENTREVISTA ELIAS JABOUR CONFLITO EM GAZA 17 - 07 by Culturafm Brasília 100,9 on Mixcloud
Crédito da foto: Fabiane Guimarães/FB
Movimentos Sociais e Entidades que defendem os direitos humanos realizaram na noite desta quarta-feira, em Brasília, uma Vigília Pelas Crianças de Gaza em frente ao Museu da República.
Com bandeiras, velas, e faixas de solidariedade à Palestina, os representantes do movimento também projetaram imagens alusivas à causa Palestina nas paredes do Museu.
Eu converso agora com Elias Jabour, Assessor do Senado Federal, Doutor e Mestre em Geografia Humana pela USP e um dos apoiadores dos atos que vem sendo realizados em prol da causa palestina.
RC – Elias, o governo israelense acusa o movimento islamita Hamas, pelo sequestro de três jovens cujos corpos foram encontrados em 30 de junho, com marcas de tiros. No dia seguinte, em 1º de julho, um adolescente palestino foi sequestrado e morto em Jerusalém Oriental. A perícia apontou que ele foi queimado vivo. Israel acabou prendendo, mais tarde, alguns judeus extremistas que confessaram o assassinato do garoto. Isso acabou gerando uma onda de revolta em Gaza e o Hamas iniciou então os lançamentos de foguetes (de fabricação caseira) contra Tel Aviv que respondeu, e responde ainda, duramente contra Gaza. Bom, esse é o resumo que vem sendo amplamente noticiado sobre o atual conflito na região. Até que ponto, Elias, a gente pode dizer que essa é uma leitura superficial da situação?
Primeiro eu acho muito estranho o Hamas se envolver nesse tipo de crime, sequestrar três jovens judeus e matá-los. Acho que essa é a primeira questão a ser levantada. Será que isso é verdade mesmo? Será que foi o Hamas que fez isso? Por que, historicamente, se você pegar o processo de luta que envolve o Hamas e outras organizações políticas daquela região, esse tipo de atitude não é “a cara” deles. É algo que tenho muitas dúvidas, se foi ele [o Hamas]. E é evidente que algum nível de resposta viria do lado israelense. Então, pegar uma criança e queimar viva e enterrá-la, eu acho que não é algo fora da realidade para quem já vem cometendo certo nível de atrocidades nos últimos 60 anos. A questão da superficialidade que é interessante. As pessoas e os meios que são obrigados a passar informação para o maior número de pessoas, elas não levam informação. Elas passam [somente] um lado da história. Existe um lado sendo atacado, vamos dizer assim, “como resposta a ataques de grupos radicais islâmicos situados na Faixa de Gaza”. Ou seja, para por aí a análise. E é evidente que chega até certo nível de saturação, em que as coisas vão ficando tão escancaradas que a própria “mídia hegemônica” pede para dar um basta naquilo. Porque já está pegando meio mal mesmo, não é? Então existe sim, um alto grau de superficialidade na análise das questões que envolvem o Oriente Médio, principalmente vindo da grande mídia. Ou seja, [você] liga no [canal] Globo News, ou nesses noticiários de massa, liga a TV e você não vê os dois lados da história, do por que as coisas chegaram a esse ponto. E o principal, não se fala a história daquele processo. E dificilmente você vê a imagem de um mapa da Palestina antes e depois de 1948, depois de 1967, depois de 1973, isso não aparece na televisão. E, por fim, o que eu acho mais interessante é: qualquer país do mundo que fizer um décimo do que Israel está fazendo com a Palestina, estará sujeito a graves sanções econômicas. Mas até agora eu não ouvi uma voz dissonante, dentro ou fora da ONU, colocando a possibilidade de Israel vir a sofrer sanções econômicas. Acho que essa é uma questão também a ser respondida.
RC – Como bem mostram correspondentes em imagens televisivas mundo afora, a maioria esmagadora dos foguetes de fabricação caseira que são lançados pelo Hamas não chegam a atingir Israel, quase sempre são interceptados no ar por sistemas antimísseis. Na última terça-feira, Israel registrou sua primeira morte - um homem atingido por um morteiro. Já em Gaza a situação é bem pior, são dezenas de mortos todos os dias. Dentre eles, muitas crianças. A ONU inclusive vem advertindo, desde o início do conflito, que a maioria das vítimas palestinas é civil. Você entende que existe aí certo “silêncio” da comunidade internacional sobre essa situação na região?
Tirando alguns países, vamos dizer assim, do [chamado] “eixo do mal”, como a Venezuela, o silêncio é quase que total e absoluto. Esse é o fato concreto. Imagine você – vamos fazer um exercício aqui –se a Coreia do Norte for atacada pela Coreia do Sul e disparar um míssil e morrerem quinze crianças coreanas do sul. Isso seria um escândalo internacional, não seria? Ou seja, veja se existe essa mesma medida para o caso da Palestina. Interessante que ontem, Israel começou a lançar mísseis contra o litoral de Gaza e matou três ou quatro crianças que estavam se divertindo na praia...
RC – É, foram quatro crianças de uma mesma família e o curioso é que foi há 200 metros de um hotel onde jornalistas de todo o mundo estão hospedados.
Ou seja, qual é a repulsa internacional a esse ato? Existe algum comentarista de assuntos internacionais na grande imprensa capaz de colocar o dedo na ferida dessa questão? O que é Gaza hoje? Gaza é um favelão. Sufocado, não tem água, está sem energia elétrica, o sistema de esgoto entrou em colapso e a ONU tem que pedir permissão a Israel para fazer um cessar-fogo de cinco horas [e entrar] em Gaza. É uma coisa horrível, eu acho muito horrível o que está acontecendo.
RC – A mídia, em geral, vem tentando atribuir todas essas mortes e o acirramento do conflito a algum tipo de “má vontade” dos palestinos em dialogar, como você interpreta isso Elias?
Olha, é o seguinte: você tem uma casa, você tem uma família, aí invadem a sua casa e, amiúde te expulsarem de casa, ainda estupram sua mulher e sua filha na sua frente. Como é [possível] ter algum nível de diálogo em pé de igualdade com quem faz isso? E não é exagero, é o que acontece na Palestina. Os Palestinos são o povo mais oprimido do mundo. Então, ao invés de se falar que os palestinos resistem ao diálogo, tem que se perguntar por que eles resistem ao diálogo, se é que resistem não é? E quais os temas que Israel vai colocar para continuar o diálogo, para sentar-se à mesa de negociação? Por que é muito fácil para Israel “propor” o diálogo, enquanto eles continuam colonizando partes árabes da Palestina.
RC – Houve agora um anúncio de um possível acordo, uma suposta tentativa do Egito de mediar um cessar-fogo. O gabinete de segurança de Israel declarou que havia aceitado esse acordo, mas uma nota distribuída pelo Hamas nega que sequer tenha sido apresentado um acordo ao movimento. O Hamas é uma organização sunita que engloba um partido e também um braço armado. E é também o mais importante movimento islâmico da Palestina atualmente, e que ganhou as eleições parlamentares em janeiro de 2006. E um dado interessante é que Israel costumava alegar problemas em negociar com os palestinos enquanto o Hamas não fosse parte das negociações [sendo ele tão influente na região], mas logo depois que o Hamas foi eleito, Israel passou a dizer que não negocia com o Hamas. Até porque [o Hamas] é considerada uma organização terrorista por vários países. Mas, junto à população Palestina, Elias, qual a legitimidade que o Hamas tem atualmente?
Total legitimidade. Eu posso falar com tranquilidade que tem muita legitimidade. Porque a Palestina não tem um Estado capaz de prover serviços médicos, de saúde, de pronto-socorro, de previdência, de educação, escolas, etc. E quem faz muito isso, é o serviço social bancado pelo Hamas. Esse é um fato objetivo. A Palestina hoje vive de ajuda internacional. Até por que, o que ela poderia exportar, ela não exporta. Por exemplo, óleo de oliva. Tanto é que a campanha internacional que existe na Palestina há muito tempo (eu estive lá em 2011) é: “Give me a choice”. Ou seja, “me dê uma chance”. A Palestina não consegue fazer comércio com ninguém, não tem nem aeroporto. Então como que um Estado desse pode sobreviver e manter serviços públicos básicos para a população dessa forma? Não tem como. Então, a legitimidade do Hamas vem por conta do papel de assistência social que eles fazem ali na região. Todas as forças políticas da região se legitimam através da história do próprio movimento e pela capacidade desse movimento em prover serviços públicos para a população. Ou em amenizar um pouco o sofrimento daquela população. O Hamas é sim legitimado naquele lugar, tanto é que ganhou as eleições. Então quando Israel “não quer negociar com o Hamas”, não é para o Hamas que ele está dizendo isso, [Israel] não quer negociar é com a Palestina.
RC – Os movimentos e entidades de luta pelos direitos humanos estão realizando aqui em Brasília uma serie de atos em prol da Causa Palestina, especialmente [agora] nessa situação conflituosa ali na região. Você tem como informar quais são as próximas agendas desse movimento?
Olha, houve dois atos que eu achei muito interessantes. O primeiro deles foi a entrega de um documento do movimento para o representante da ONU aqui no Brasil. E foi um ato muito amplo, muito aberto, em que o embaixador ouviu nossas opiniões, também falou um pouco em nome da ONU. O ato de ontem à noite teve um caráter mais de mobilização e que mexesse com a emoção. Foi um ato que mostrou imagens de crianças palestinas, em que acendemos velas, em que mostramos uma faixa [com os dizeres]: “Abaixo o apartheid de Israel contra a Palestina”. E a partir desse ato de ontem, toda uma agenda tem sido elaborada. Mas ainda hoje vai haver uma reunião, às 17h30 e vai ser elaborada uma agenda que vai ser passada para vocês com certeza.
RC – Nós conversamos com Elias Jabour que é doutor e mestre em Geografia Humana pela USP, Assessor do Senado Federal e apoiador dos atos que vem sendo realizados em prol da Causa Palestina e pelo cessar-fogo na Faixa de Gaza. Elias, muito obrigada por essas informações que você nos deu.
A agência da ONU para refugiados palestinos alertou que centenas de milhares de palestinos estão sem acesso à água após os ataques que atingem também as redes de abastecimento.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que “não tem escolha” a não ser intensificar a campanha militar contra a Faixa de Gaza. Israel anunciou também a mobilização de milhares de soldados na fronteira com Gaza iniciando o que seria uma ofensiva terrestre que pode piorar ainda mais a situação na região.
* Juliana Medeiros é repórter da Rádio Cultura FM 100,9 de Brasília e editora do programa Cultura Notícias Internacional, que vai ao ar de 2ª a 6ª feira às 17h.
terça-feira, 25 de fevereiro de 2014
Todos a Cuba em outubro!
Do blog Cuba Viva:
CONVOCATÓRIA
Cuba Solidariedade 2014
III Encontro Mundial de Solidariedade com Cuba de 27 a 29 de outubro de 2014.
Palácio de Convenções, Havana.
O Instituto Cubano de Amizade com os Povos (ICAP), as organizações sociais e de massas cubanas e o capítulo cubano da Rede em Defesa da Humanidade, convocamos ao III Encontro Mundial de Solidariedade com Cuba, “Cuba Solidariedade 2014”.
Este encontro do Movimento de Solidariedade com Cuba, dando seguimento as suas duas edições anteriores, confirmará o respaldo internacional à vigência do modelo de justiça social que Cuba simboliza e sua viabilidade como alternativa para esse “outro mundo melhor e possível” pelo qual lutamos os povos do mundo.
Em meio a uma constante agressão, desinformação midiática e crise global, este será um encontro que facilitará um espaço de construção de iniciativas, propostas e intercâmbios de estratégias a favor da solidariedade com Cuba, em prol de aperfeiçoar nossos instrumentos e mecanismos de luta para dar a conhecer mais efetivamente a verdade, sustentá-la como bandeira e levá-la aonde mais se necessite.
No momento de convocar nosso III Encontro Mundial, o povo de Cuba segue recebendo o impacto de 50 anos de guerra econômica e desumano bloqueio, o qual seguiremos resistindo e vencendo, além dos falidos porém inalteráveis intentos imperialistas de isolar internacionalmente nossa Revolução. Nosso povo seguirá unido, construindo e melhorando seu socialismo e aportando suas modestas experiências aos processos de integração deste hemisfério, que oferecem alternativas viáveis mirando o futuro de nossos filhos e ante o demonstrado e rotundo fracasso do capitalismo neoliberal.
Acompanhados do pensamento anti-imperialista, visionário e humanista de Martí e Fidel, guias e eternos expoentes de nossas tradições, Cuba ratifica sua vocação internacionalista e solidária com todas as causas nobres que beneficiam os povos e o gozo de seus mais elementares direitos: a liberdade, a paz e a justiça social.
Desde esta ilha afro-asiática, latino-americana e caribenha, no 55° aniversário de sua Revolução, convidamos todas as forças, movimentos, grupos, personalidades e pessoas de bem, a fomentar tudo o que nos une, respeitando nossas diferenças que, em última instância, constituem outra de nossas riquezas: a diversidade. Assim, os esperamos de 27 a 29 de outubro de 2014.
Será o Encontro da “jura de milhões” que convocou o Heroi da República de Cuba, Gerardo Hernández Nordelo, na qual estaremos enraizados, ainda, na luta que não terminaremos até termos de volta os nossos Cinco lutadores antiterroristas.
Nos vemos em 2014!
Comitê Organizador
PROGRAMA
Programa do III Encontro Mundial de Solidariedade com Cuba de 27 a 29 de outubro de 2014.
Segunda-feira 27 de outubro
07:00-07:45 Café da manhã no hotel.
08:00 Saida do hotel
09:00-09:45 Ato de inauguração no teatro Karl Marx.
09:45-10:00 Recesso
10:00-11:30 Conferência sobre a atualização do modelo econômico e social da Revolucão Cubana.
11:30-13:00 Conferência sobre a política exterior da Revolução Cubana e da integração latino-americana e caribenha.
13:00-15:00 Tempo livre para almoço
15:00-16:30 Conferência sobre a cooperação internacional da Revolução Cubana.
16:30-17:00 Recesso
17:00-19:30 Intervenção das delegações.
21:00 Noite cubana com os Comitês de Defesa da Revolução.
Terça-feira 28 de outubro.
07:00-07:45 Café da manhã no hotel.
08:00 Saida do hotel
09:00- 13:00 Encontros Regionais por áreas geográficas em salas (em comissões).
13:00-14:30 Almoço incluído
15:00-17:30 Homenagem a Camilo Cienfuegos. Desfile desde a Praça da Revolução até o Malecón.
18:00-19:30 Encontro de Parlamentares na Casa da Amizade.
18:00-19:30 Oficina: “Redes Sociais e Meios Alternativos” no Palácio das Convenções.
18:00-19:30 Oficina: “O turismo socio-político em Cuba” no Palácio das Convenções.
20:00 Cerimônia de condecoração com a Medalha da Amizade a personalidades amigas. Atividade com os condecorados e convidados na Casa da Amizade.
Atividades opcionais para os demais participantes.
Quarta-feira 29 de outubro.
07:00-07:45 Café da manhã no hotel.
08:00 Saida do hotel
09:00-13:00 X Colóquio pela Libertação dos Cinco e contra o Terrorismo. (Teatro K. Marx)
09:00-13:00 Encontro de estudantes e egressos de outras nacionalidades. (P. C.)
09:00-13:00 Colóquio: “A paz, necessidade imperiosa da Humanidade” (P.C.)
13:00-15:00 Almoço incluído
15:00-16:30 Leitura e aprovação da Declaração Final e plano de ação para o trabalho (Teatro K. Marx)
16:30-17:00 Recesso.
17:00-19:00 Ato de encerramento.
21:00 Hrs Concerto pela amizade de Cuba com o mundo. (Teatro K. Marx)
Quinta-feira 30 de outubro
Regresso das delegações aos seus países ou incorporação às atividades opcionais propostas pelo evento.
Nota: No domingo 26 de outubro, na sede do ICAP, acontecerá um intercâmbio com os líderes do movimento de solidariedade com Cuba que estejam presentes neste momento em nosso país.
OFERTAS DE PREÇOS
III Encontro Mundial de Solidariedade de 26 a 30 de outubro de 2014 (4 noites).
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Preços do pacote em CUC por pessoa.
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Preços alojamento pré e pós evento por pessoa por noite em CUC, válidos para antes de 26 de Outubro e até a noite de 31 de outubro.
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Hoteis
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Plan
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DBL
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SGL
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TPL
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Plan
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DBL
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SGL
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TPL
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Hoteis 1 *
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CP
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155,00
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180,00
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145,00
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CP
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14,00
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20,00
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13,00
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Hoteis 2**
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CP
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175,00
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200,00
|
170,00
|
CP
|
20,00
|
25,00
|
18,00
|
Hoteis 3***
|
CP
|
190,00
|
240,00
|
185,00
|
CP
|
25,00
|
35,00
|
20,00
|
Hoteis 3*** plus
|
CP
|
250,00
|
305,00
|
240,00
|
CP
|
25,00
|
35,00
|
20,00
|
Hoteis 4****
|
CP
|
300,00
|
395,00
|
290,00
|
CP
|
30,00
|
40,00
|
25,00
|
Hotel Palco
|
CP
|
300,00
|
395,00
|
290,00
|
CP
|
45,00
|
55,00
|
x
|
Hoteis 5*****
|
CP
|
345,00
|
480,00
|
325,00
|
CP
|
70,00
|
90,00
|
65,00
|
Hotel MELIA HABANA
|
CP
|
395,00
|
565,00
|
380,00
|
CP
|
70,00
|
90,00
|
65,00
|
Hotel MELIA COHIBA
|
CP
|
460,00
|
655,00
|
445,00
|
CP
|
70,00
|
90,00
|
65,00
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Acreditação do evento
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25.00 CUC por pessoa
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Serviços incluídos no pacote através da Agência de Viagens AMISTUR CUBA
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INCLUI
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ALOJAMENTO
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4 noites de alojamento com café da manhã incluido de 26 a 30 de Outubro no hotel segundo solicitação do cliente.
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OUTROS SERVIÇOS INCLUÍDOS
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NÃO INCLUI
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OUTRAS NOTAS
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Deve enviar sua solicitação aos seguintes contatos: infoicap@icap.cu, amistur@amistur.cu ,3encuentromundial@icap.cu , coventas2@amistur.cu com seu nome e sobrenomes completos, número de passaporte, data de chegada e saída do país com confirmação de vôos e hotel solicitado. As vagas se confirmam na medida que se envíe a informação solicitada.
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De forma obrigatória todos os viajantes estrangeiros e cubanos residentes no exterior, para ingressar ao país, devem contar com uma apólice de seguro de viagem, com cobertura de gastos médicos, expedida por entidades seguradoras reconhecidas em Cuba assim como o cartão de entrada ao país.
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Durante o evento poderão desfrutar das seguintes ofertas de excursões
e atividades opcionais:
Dia 28 de Outubro a noite
Cabaret Tropicana, " Um paraíso sob as estrelas" Oferta especial de Eventos; desfrute das diferentes manifestações culturais cubanas, show artístico com oferta gastronômica por pessoa que inclui: ¼ Garrafa de Rum Habana Club Añejo 3 años +1 refrigerante e 1 salgadinho
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Cabaret Parisién, desfrute do Show e coquetel de Boas-vindas
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Cabaret Habana Café, 1/4 Garrafa de rum Havana Club por pessoa, com 1 refrigerante e 1 salgadinho.
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Visita noturna ao Complexo Morro Cabaña, desfrute cerimônia do Canhonaço das 9h00 da noite
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Club Jazz Café, inclui 4 doses de Rum Havana Club Añejo Blanco, 1 Refrigerante de cola por pessoa.
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Club La Zorra y el Cuervo, desfrute de espetáculo de jazz, inclui 2 coqueteis por pessoa.
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Outras ofertas de excursões para os dias 30, 31 de Outubro e 1° de Novembro, para pessoas que permaneçam no país
Excursão a Cidade de Santa Clara, memorial Che Guevara e trem Blindado, 1 noite de alojamento no hotel Santa Clara Libre; Segundo dia: visita a Playa Girón, museu Playa Girón e almoço.
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Cabaret Tropicana, " Um paraíso sob as estrelas" Oferta especial de Eventos; desfrute das diferentes manifestações culturais cubanas, show artístico com oferta gastronômica por pessoa que inclui: ¼ Garrafa de Rum Habana Club Añejo 3 años +1 refrigerante e 1 salgadinho
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Excursão a Cidade de Santa Clara, memorial Che Guevara e trem Blindado, com almoço em restaurante local.
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Excursão ao polo turístico de Varadero. Desenvolvimento turístico e sua harmonia com o meio ambiente e o desenvolvimento sustentável assim como o investimento estrangeiro, dia em Hotel tudo incluido (All Inclusive).
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Excursão a localidade de Playa Girón, Museu Playa Girón, almoço em restaurante local e tempo de praia.
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Excursão ao Polo turístico de Viñales, Passeio en bote, Cueva del Indio, almoço em restaurante local.
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Excursão ao polo turístico de Varadero. Desenvolvimento turístico e sua harmonia com o meio ambiente e o desenvolvimento sustentável assim como o investimento estrangeiro, almoço no Complexo Praça América.
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Excursão à Comunidade de Desenvolvimento Sustentável “Las Terrazas”, almoço em restaurante local.
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Cabaret Parisién, desfrute de Show y coquetel de Boas-vindas
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Excursão ao Complexo Turístico das Praias do Leste da Havana com almoço incluido em restaurante local.
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Caminhada pelo centro histórico de Havana Velha, suas praças, ruas e lugares de interesse social e cultural, com almoço incluido em restaurante local.
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Cabaret Habana Café, 1/4 Garrafa de rum Havana Club por pessoa, com 1 refrigerante, 1 salgadinho.
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Visita noturna a Complexo Morro Cabaña, desfrute cerimônia do Canhonaço das 9h00 da noite
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Club Jazz Café, inclui 4 doses de Rum Havana Club Añejo Blanco, 1 Refrigerante de cola por pessoa.
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Club La Zorra y el Cuervo, desfrute de espetáculo de jazz, inclui 2 coqueteis por pessoa.
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