Por Davi Emerich do PPS/DF:
É visível que o apoio ao "sim" vem caindo. Ao que parece, as forças democráticas não vem se esforçando o suficiente para garantir o que seria uma grande conquista de conteúdo democrático, o fim do comércio de armas e munições.
Enquanto isso, as indústrias vêm despejando dinheiro no mercado - basta ver a postura das revistas de grande circulação.
Quanto ao crescimento do não, entretanto, há um porém. O apoio a ele sempre foi muito grande entre os ricos e a classe média (esteja ela, por exemplo, no Plano, Taguatinga e Ceilândia). O sim tem mais apelo junto aos pobres e aos moradores da periferia, onde as famílias percebem que o caminho das armas está levando seus filhos à morte.
Uma vitória do não levaria a um estudo sociológico profundo. Seria o triunfo da direita, do reacionarismo, do senso comum errático contra todas as igrejas, quase toda a intelectualidade, contra quase todos os artistas, contra quase todas as famílias que tiveram entes queridos tragados pela violência, contra todas as direções partidárias. Se passar o não, que tal fazer um referendo sobre a pena de morte?
Quem defende o não dentro do PPS, infelizmente, do ponto de vista doutrinário não conhece o que pensamos quanto à paz e à democracia.
"Se não estás prevenido ante os meios de comunicação, te farão amar o opressor e odiar o oprimido" Malcom X
segunda-feira, 10 de outubro de 2005
Efeitos do referendo
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário