"Se não estás prevenido ante os meios de comunicação, te farão amar o opressor e odiar o oprimido" Malcom X

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Foi lindo


Muito legal ver um movimento surgir das ruas, de verdade. Um grupo de estudantes da UnB, dentre eles alguns ex-alunos do próprio Gilmar Mendes, fizeram um pequeno manifesto em frente ao STF, logo após o bate-boca entre ele e o Ministro Joaquim Barbosa. Depois, passaram a enviar e-mails convidando as pessoas a se encontrarem de novo no dia de hoje. Até aqui, juntaram-se movimentos sociais, partidos, promotores de justiça, membros de associações de classe, organizações estudantis... todos que se interessaram pelo tema passaram a ajudar na divulgação do manifesto que, diga-se, teve a internet como único veículo. Pois é, como dizem, bombou.

Pode parecer que foi combinado, mas não foi. Todos os organizadores com quem conversei, que aliás, não são muitos (ponto pra eles), afirmaram que não sabiam, quando escolheram a data, que haveria hoje uma solenidade de lançamento do anuário da justiça. Ou seja, no horário escolhido, deveriam haver poucas pessoas no edifício, como todo final de expediente. No entanto, havia um evento, com toda a pompa que é de praxe nesses casos.

Resultado: sem querer, o manifesto, o apitaço e tudo o mais, aconteceu na presença de várias autoridades, corpo diplomático, membros do STJ e STF e do próprio Ministro que, pelo que consta, presidia a mesa do evento. Constrangedor...

Li em algum lugar que ele disse não ligar pra isso, mas, que deve ter sido incômodo estar num evento desse nível, tentando falar, com a barulheira de gente gritando e apitando "cai fora Gilmar Mendes", ah isso deve. Confesso que até fiquei com uma pontinha de pena dele... tadinho.. mas já passou. Fora que, usando o jargão do Lula, "nunca antes na história desse país" um presidente do supremo foi defenestrado dessa forma pela população.

Acesse o blog abaixo que tem mais informações lá. E, pelo que vi, já tem informações também na Agência Brasil, no G1, no Último Segundo...

Um comentário:

Juliana Medeiros disse...

Impagável ainda foi a faixa que colocaram lá, numa alusão ao slogan do IDP: "Gilmar Mendes, aprenda com quem faz jurisprudência nesse país: o povo (pergunte ao Collor)."

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