"Se não estás prevenido ante os meios de comunicação, te farão amar o opressor e odiar o oprimido" Malcom X

terça-feira, 26 de maio de 2009

Semana Cultural do CASESO - UnB

Semana Cultural do CASESO
1 a 5 de Junho
Horário: 12h às 14h
Local: Sala de Reuniões do Departamento de Serviço Social - UnB
1/6 – Filme: Quem São Elas? Direção de Débora Diniz. Comentadora: Prof. Débora Diniz. Em julho de 2004, a Justiça brasileira autorizou que mulheres grávidas de fetos sem cérebro interrompessem a gestação. Durante 4 meses, dezenas de mulheres foram amparadas por essa decisão e optaram pelo aborto. O filme conta a história de cinco dessas mulheres durante dois anos. Dulcinéia, Érica, Lília, Camila e Michelle são mulheres muito diferentes unidas pelo acaso de uma maternidade interrompida. Protagonistas de suas próprias vidas, elas são as narradoras de suas escolhas em um filme que impressiona pela força e resignação diante do luto precoce.
2/6 - Filme: Conterrâneos Velhos de Guerra. Direção de Vladimir Carvalho. Esse documentário “toca em feridas não-cicatrizadas”. Aborda o período da construção da capital federal e as precárias condições de trabalho dos milhares de operários que vieram para Brasília à procura de emprego e melhores condições de vida. Retrata um episódio que até hoje é envolto em névoas, a Chacina da Pacheco Fernandes. Cansados de engolir uma comida de péssima qualidade e a viver em condições subumanas os construtores da futura capital se manifestam e foram reprimidos a bala pela Guarda Especial de Brasília (GEB) dentro de seus alojamentos, enquanto muitos dormiam. Até hoje não se sabe o exato número de mortos. O Filme mostra os trabalhadores de outros Estados sendo submetidos a longas jornadas de trabalho, acidentes de trabalho freqüentes e péssimas condições de vida para a construção de Brasília.
3/6 - Filme: ABC da Greve. Direção de Léon Hirszman. Do mesmo diretor de Eles Não Usam Blach Tie, cobre os acontecimentos na região do ABC paulista, e tem o privilégio de documentar a classe operária em movimento de confronto com os empresários e a repressão do regime militar. Acompanha a trajetória dos 150 mil metalúrgicos em luta por melhores salários e condições de vida, num momento de enormes e rápidos avanços da solidariedade e consciência de classe, que em tantos momentos fazia com que os operários superassem seu próprio líder carismático, como mostrado nas contradições entre as falas individuais da burocracia sindical e as decisões induzidas em assembléia, e na vontade de levar a greve até às últimas conseqüências mesmo após a cassação e prisão de seus líderes sindicais. Um episódio que marca significativamente a história do movimento sindical no Brasil.
4/6 – Filme: Coração de Fábrica. Direção de Ernesto Ardito e Virna Molina. Comentadora: Prof. Sílvia Cristina Yannoulas. Os trabalhadores e trabalhadoras de uma fábrica na Patagônia Argentina, a Zanon Cerâmica, ao verem o fechamento de seu local de trabalho pelo dono, decidem tocá-la pra frente eles mesmos, e começam a produzir cerâmica novamente, sem chefes. Agora eles são 470, com o apoio de 5 mil habitantes da comunidade de Neuquen, a quem consideram que a fábrica pertence, e conseguiram resistir a 4 tentativas de expulsão, num desafio permanente onde cada dia eles têm para lutar contra um sistema político e econômico que tenta boicotá-los e seus próprios medos e receios internos, que ameaçam derrotá-los.
5/6 - Filme: A Saga das Candangas Invisíveis. Direção de Denise Caputo. Comentadora: Denise Caputo. O filme enfoca um segmento de mulheres à margem da história oficial: as prostitutas que chegaram a Brasília ainda na época da construção da cidade, no final dos anos 50, guiadas pelo sonho de um Brasil novo. Expectativas, dificuldades, frustrações e a vida cotidiana das primeiras meretrizes da capital do País. O documentário foi realizado com recursos do Fundo de Apoio à Cultura (FAC/GDF) e o apoio da Universidade de Brasília (UnB).

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