Que eu saiba (se alguém souber me avise) algo do gênero nunca aconteceu na história de Brasília. Cidade com formação política estranha, que já teve um governador "biônico", que se tornou sede da capital do país mas tem uma população em grande parte alienada dos acontecimentos políticos (qualquer carioca, por exemplo, é mais politizado que a média dos moradores de Brasília). Para quem é de fora, Brasília é vista como um lugar onde governam "senhores feudais". Daí porque dificilmente alguém acredita que certas coisas, como essa "Operação Caixa de Pandora da PF", que aconteceu hoje (o furo foi do Blog da Paola Lima) pudessem acontecer aqui.
As informações abaixo foram tiradas do blog da Paola que soltou a primeira nota às 9h da manhã. Agora a imprensa toda já está noticiando o fato.
As informações abaixo foram tiradas do blog da Paola que soltou a primeira nota às 9h da manhã. Agora a imprensa toda já está noticiando o fato.
"A sexta-feira amanheceu movimentada na cidade. Uma operação da Polícia Federal parou a Câmara Legislativa no início da manhã com um mandado de busca e apreensão, assinados pelo ministro Fernando Gonçalves, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), nos gabinetes dos presidente da Câmara, Leonardo Prudente (DEM), da líder do governo na Casa, Eurides Brito (PMDB) e do presidente da CCJ, Rogério Ulysses (PSB). Os agentes deixaram a Casa com documentos, malotes e até computadores. Busca semelhante foi feita também na casa do suplente de distrital Pedro do Ovo (PRP), no Gama. A operação abrange ainda gabinetes e assessores e secretários do GDF. Os agentes da PF também foram ao anexo do Buriti, Tribunal de Contas do DF e empresas privadas do DF. Como parte da investigação existem ainda áudios e vídeos, autorizados pela Justiça. Apesar da Polícia Federal não revelar o motivo das investigações, pois o inquérito está em segredo de Justiça, a origem teria sido licitações fraudulentas e pagamento de propina. Além da Câmara Legislativa, os agentes da Operação Caixa de Pandora foram também à casa do presidente da Câmara, Leonardo Prudente (DEM) e aos gabinetes do secretário-chefe da Casa Civil, José Geraldo Maciel, do secretário de Relações Institucionais, Durval Barbosa, do assessor de imprensa do GDF, Omézio Pontes, do novo chefe de gabinete da Governadoria, Fábio Simão, e do secretário de Educação, José Luiz Valente. Agentes da PF foram ainda na Residência Oficial de Águas Claras. Informações do Correio Braziliense revelam que a autora da ação é a subprocuradora-geral da república Raquel Dodge e o coordenador da ação é o chefe de inteligência da PF, delegado Marcos Davi Salém. Uma reunião acontece neste momento na Residência Oficial de Águas Claras. Governador José Roberto Arruda, secretários e advogados analisam a operação da Polícia Federal, batizada de Caixa de Pandora, e suas consequências."Parece que Roriz decidiu cancelar toda sua agenda e aguardar o desenrolar dos fatos. Interessante porque em última entrevista para o Caderno Brasília, ele declarou que achava que "Arruda não seria candidato em 2010 mas que ele ainda não podia dizer o motivo".
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