Dentre os vários comentários que o post Líbia - Um relato pessoal gerou depois de publicado no site do Viomundo, um em especial (do Alberto) me obrigou a responder, já que com ele responderia a vários questionamentos de pessoas diferentes, gente que já me fez as mesmas perguntas. Publiquei lá, mas reproduzo aqui:
O comentário do Alberto:
De onde, então, apareceram tantas pickups com metralhadoras com canos de 2 metros de comprimento? Todas foram presenteadas pela OTAN?
É mentira a hitória que conta que o Gadaffi mandou bombardear os dissidentes? É mentira que os pilotos mudaram de rota indo para Malta?
As covas coletivas ao lado da cadeia em Tripoli não existem? As execuções de presos políticos não aconteceram em Tripoli, dias antes dos rebeldes invadirem? O Gadaffi não pagava mercenário?
A Al Jazeera deve ter tido um trabalhão inventando isso tudo.
A própria OTAN e o NTC admitem terem tido ajuda de tribos dentro da Líbia. Tribos que eram rivais do Gadaffi desde muito tempo. Como isso se encaixa com esse país harmonioso pintado no artigo?
Não me leve a mal. A OTAN tem seus interesses na Líbia, mas temos que entender que este é um caso em que dois erros não fazem um acerto.
Veja o que diz Noam Chomsky (o qual, inclusive, sempre se manifestou contra a intervenção da OTAN) sobre a Líbia:
http://www.youtube.com/watch?v=II9lo--U550&feature=player_embedded#!
2:32 "O que está ocorrendo na Líbia é realmente uma guerra civil."
9:08 "E há coisas acontecendo. Muito mais, acho, construtivas que qualquer possível intervenção militar. Por exemplo, existe uma reunião agora mesmo com Brasil, Índia, e África do Sul para ver se eles implementam algum tipo de mediação."
9:30 "Reuters reportou que foi oferecido para Gadaffi que ele saísse do país se determinadas circunstâncias pudessem ser estabelecidas." (...) "Isso foi confirmado por pessoas dentre os rebeldes."
Como é possível a Líbia estar em guerra civil se o conflito é basicamente a OTAN versus Gadaffi? Em março de 2011, o Chomsky apoiava uma mediação entre quem e quem se o povo líbio vivia em paz com seu governo?
http://www.youtube.com/watch?v=jCsn2FzcXgI
1:55 - "Meu sentimento é que alguém pode argumentar em favor de uma zona de exclusão aérea e proteção de civis. Acho que é muito mais difícil argumentar em favor de participar diretamente em uma guerra civil."
Minha resposta:
Me sinto na obrigação de responder a alguns questionamentos:
1 - Sim, a maior parte do armamento foi oferecido pela OTAN e pelos "aliados". Há dezenas de fotografias com as imagens das coletas dos armamentos que eram jogados por para-quedas ou chegavam de navio. Aliás, qndo estávamos na Tunísia, o porto de Túnis tinha acabado de interceptar um navio que vinha do Qatar carregado de armamentos a serem entregues em Benghazi. As autoridades portuárias q entrevistamos disseram q vários passaram antes, mas c/o bombardeio das fronteiras, decidiram ñ mais permitir esse "apoio" à guerra contra o país vizinho.
Mas, veja, se parte disso era mesmo arsenal militar do governo, que tal se alguns de nós (do movimento "contra a corrupção" por exemplo), ao invés de nos limitar à passeatas, invadíssemos os quartéis e arsenais militares brasileiros e avançássemos contra o Congresso Nacional e órgãos públicos, além de civis, atirando em tudo e todos.. qualquer reação dos militares brasileiros seria considerada "massacre de civis"? Aliás, o governo brasileiro deveria reagir ou admitir que esse grupo representa "legitimamente" uma "maioria" opositora, chama-los de "Conselho de Transição" e, quem sabe, posteriormente, Dilma abriria mão de seu cargo voluntariamente em respeito aos "manifestantes".. foi exatamente isso que aconteceu na Líbia. É que é + fácil imaginar no quintal dos outros, não no nosso.
2 - A cova coletiva da prisão de Abuh Salim (assim como várias outras denúncias) é notícia falsa sim. Foi desmentida em vários canais, exceto nos que já conhecemos. Era uma cova com OSSOS DE CAMELOS.. procure, está disponível na internet.
3 - Até o momento, as acusações contra Gaddafi de contratação de "mercenários" ñ encontrou provas. Os negros imigrantes que trabalhavam nas construtoras estão sendo dizimados c/essa alegação (de que seriam mercenários pagos por ele), fato já denunciado pela Anistia Internacional algumas vezes. Por outro lado, já há registros, fotografias, provas documentais, da participação de mercenarios blackwaters e de várias outras origens, ao lado dos "rebeldes". Em jornais como o Guardian e o Independent, já foram publicadas até entrevistas c/alguns deles, muitos incorporados às forças especiais britânicas p/entrar por terra e se misturar aos "rebeldes" pela semelhança física (a cara de muçulmano). Aliás, foi exatamente assim que ocorreu o "milagre da multiplicação" dos pouquíssimos rebeldes para os muitos que vimos depois. Eram estrangeiros, está no meu texto acima e já foi confirmado pelos porta-vozes rebeldes "tivemos ajuda por terra de soldados aliados vestidos como civis e misturados a nós".
4 - A Al Jazeera inventou sim inúmeras cenas. A principal delas, também já demonstrada em reportagens e ADMITIDA pelo Abdul Jalil, porta-voz rebelde, foi o cenário montado no Qatar para "simular" a invasão de Tripoli. Eu colocava no twitter, enquanto víamos aquelas cenas, que os colegas q estavam no hotel em Tripoli JAMAIS viram aquela multidão na Praça Verde e ninguém acreditava. Isso JAMAIS existiu, aquela festa, aquela multidão comemorando. Eles estão desde aquele dia, fazendo o mesmo q fazem ainda agora, entrando e "fatiando" o ambiente e atirando e conquistando bairros aos poucos. Qndo várias TVs (como a RT da Russia) começaram a mostrar as falhas entre a verdadeira Praça Verde e a que usaram para simular isso, Jalil deu uma coletiva e admitiu que houve um "equívoco" e que a cena jamais existiu, apenas que estavam começando a ocupação de Tripoli. Isso mostra o apoio midiático dado pela Al Jazeera na conquista não só da capital, mas de mentes e corações dos cidadãos líbios, que estavam sendo convencidos desta invasão e mentirosa "adesão em massa".
5 - As tribos líbias, várias, sempre viveram em conflito entre elas, independente do Gaddafi (inclusive a dele). É uma história bem mais complexa, impossível de simplificar aqui sem falar em toda a história de formação do país. Mas uma coisa é certa: ele foi o único a mantê-las por anos convivendo pacificamente. E sim, foi a tribo de Benghazi e uma das que havia em Misrata a iniciarem os conflitos (ataques que eles mesmos fizeram a orgaos públicos e residencias de partidarios de Gaddafi). Sem ajuda estrangeira, jamais teria passado disso. Teriam sido reprimidos, como seriam se fosse em qualquer país.
6 - O argumento de guerra civil é real, desde o início em função do que foi dito. As tribos iniciaram esse conflito e os cidadaos estavam se atacando. A acusacao de que Gaddafi bombardeou áreas civis e que por isso era necessario a zona de exclusão aérea, foi DESMENTIDA pela Anistia Internacional, infelizmente, meses depois de iniciada a guerra. Ele bombardeou os arsenais no deserto para evitar que fossem saqueados. E tentou sim, com força militar, impedir que os próprios cidadãos se matassem.
A Líbia podia estar necessitando de uma transição, mas quando os conflitos iniciaram, o governo Gaddafi propôs isso de inúmeras maneiras. Sugeriram a realização de plebiscito para perguntar à população que regime gostariam de ter, se gostariam de ter eleições, sugeriram que uma nova organização de governo fosse feita com membros do anterior e do CNT, enfim, muitas propostas.
A única coisa que ele não abriu mão e jamais fará, é que apenas pegasse o banquinho e saísse para a ocupação que acontece agora. Ele identificou a movimentação da Al Qaeda nas fronteiras, das tropas estrangeiras após a zona de exclusão aérea, dos porta-aviões parados em frente ao litoral líbio e a cada avanço desse tipo, ele também endurecia sua posição de não se entregar. Aliás, de não entregar a Líbia de bandeja para Cameron, Sarkozy, Obama e cia. E agora vemos que ele estava certo. Arrasaram a Líbia, destruíram grande parte do país, estão brigando entre eles e entre as empresas que querem explorar o petróleo líbio, estão cometendo uma série de violações com nosso silêncio. Queriam apenas se apropriar da Líbia, não era um movimento de "liberdade", era um movimento de "traição" ao país, iniciado por poucos cidadão líbios, apoiados inicialmente por jihadistas. Gaddafi estava certo.
O comentário do Alberto:
De onde, então, apareceram tantas pickups com metralhadoras com canos de 2 metros de comprimento? Todas foram presenteadas pela OTAN?
É mentira a hitória que conta que o Gadaffi mandou bombardear os dissidentes? É mentira que os pilotos mudaram de rota indo para Malta?
As covas coletivas ao lado da cadeia em Tripoli não existem? As execuções de presos políticos não aconteceram em Tripoli, dias antes dos rebeldes invadirem? O Gadaffi não pagava mercenário?
A Al Jazeera deve ter tido um trabalhão inventando isso tudo.
A própria OTAN e o NTC admitem terem tido ajuda de tribos dentro da Líbia. Tribos que eram rivais do Gadaffi desde muito tempo. Como isso se encaixa com esse país harmonioso pintado no artigo?
Não me leve a mal. A OTAN tem seus interesses na Líbia, mas temos que entender que este é um caso em que dois erros não fazem um acerto.
Veja o que diz Noam Chomsky (o qual, inclusive, sempre se manifestou contra a intervenção da OTAN) sobre a Líbia:
http://www.youtube.com/watch?v=II9lo--U550&feature=player_embedded#!
2:32 "O que está ocorrendo na Líbia é realmente uma guerra civil."
9:08 "E há coisas acontecendo. Muito mais, acho, construtivas que qualquer possível intervenção militar. Por exemplo, existe uma reunião agora mesmo com Brasil, Índia, e África do Sul para ver se eles implementam algum tipo de mediação."
9:30 "Reuters reportou que foi oferecido para Gadaffi que ele saísse do país se determinadas circunstâncias pudessem ser estabelecidas." (...) "Isso foi confirmado por pessoas dentre os rebeldes."
Como é possível a Líbia estar em guerra civil se o conflito é basicamente a OTAN versus Gadaffi? Em março de 2011, o Chomsky apoiava uma mediação entre quem e quem se o povo líbio vivia em paz com seu governo?
http://www.youtube.com/watch?v=jCsn2FzcXgI
1:55 - "Meu sentimento é que alguém pode argumentar em favor de uma zona de exclusão aérea e proteção de civis. Acho que é muito mais difícil argumentar em favor de participar diretamente em uma guerra civil."
Minha resposta:
Me sinto na obrigação de responder a alguns questionamentos:
1 - Sim, a maior parte do armamento foi oferecido pela OTAN e pelos "aliados". Há dezenas de fotografias com as imagens das coletas dos armamentos que eram jogados por para-quedas ou chegavam de navio. Aliás, qndo estávamos na Tunísia, o porto de Túnis tinha acabado de interceptar um navio que vinha do Qatar carregado de armamentos a serem entregues em Benghazi. As autoridades portuárias q entrevistamos disseram q vários passaram antes, mas c/o bombardeio das fronteiras, decidiram ñ mais permitir esse "apoio" à guerra contra o país vizinho.
Mas, veja, se parte disso era mesmo arsenal militar do governo, que tal se alguns de nós (do movimento "contra a corrupção" por exemplo), ao invés de nos limitar à passeatas, invadíssemos os quartéis e arsenais militares brasileiros e avançássemos contra o Congresso Nacional e órgãos públicos, além de civis, atirando em tudo e todos.. qualquer reação dos militares brasileiros seria considerada "massacre de civis"? Aliás, o governo brasileiro deveria reagir ou admitir que esse grupo representa "legitimamente" uma "maioria" opositora, chama-los de "Conselho de Transição" e, quem sabe, posteriormente, Dilma abriria mão de seu cargo voluntariamente em respeito aos "manifestantes".. foi exatamente isso que aconteceu na Líbia. É que é + fácil imaginar no quintal dos outros, não no nosso.
2 - A cova coletiva da prisão de Abuh Salim (assim como várias outras denúncias) é notícia falsa sim. Foi desmentida em vários canais, exceto nos que já conhecemos. Era uma cova com OSSOS DE CAMELOS.. procure, está disponível na internet.
3 - Até o momento, as acusações contra Gaddafi de contratação de "mercenários" ñ encontrou provas. Os negros imigrantes que trabalhavam nas construtoras estão sendo dizimados c/essa alegação (de que seriam mercenários pagos por ele), fato já denunciado pela Anistia Internacional algumas vezes. Por outro lado, já há registros, fotografias, provas documentais, da participação de mercenarios blackwaters e de várias outras origens, ao lado dos "rebeldes". Em jornais como o Guardian e o Independent, já foram publicadas até entrevistas c/alguns deles, muitos incorporados às forças especiais britânicas p/entrar por terra e se misturar aos "rebeldes" pela semelhança física (a cara de muçulmano). Aliás, foi exatamente assim que ocorreu o "milagre da multiplicação" dos pouquíssimos rebeldes para os muitos que vimos depois. Eram estrangeiros, está no meu texto acima e já foi confirmado pelos porta-vozes rebeldes "tivemos ajuda por terra de soldados aliados vestidos como civis e misturados a nós".
4 - A Al Jazeera inventou sim inúmeras cenas. A principal delas, também já demonstrada em reportagens e ADMITIDA pelo Abdul Jalil, porta-voz rebelde, foi o cenário montado no Qatar para "simular" a invasão de Tripoli. Eu colocava no twitter, enquanto víamos aquelas cenas, que os colegas q estavam no hotel em Tripoli JAMAIS viram aquela multidão na Praça Verde e ninguém acreditava. Isso JAMAIS existiu, aquela festa, aquela multidão comemorando. Eles estão desde aquele dia, fazendo o mesmo q fazem ainda agora, entrando e "fatiando" o ambiente e atirando e conquistando bairros aos poucos. Qndo várias TVs (como a RT da Russia) começaram a mostrar as falhas entre a verdadeira Praça Verde e a que usaram para simular isso, Jalil deu uma coletiva e admitiu que houve um "equívoco" e que a cena jamais existiu, apenas que estavam começando a ocupação de Tripoli. Isso mostra o apoio midiático dado pela Al Jazeera na conquista não só da capital, mas de mentes e corações dos cidadãos líbios, que estavam sendo convencidos desta invasão e mentirosa "adesão em massa".
5 - As tribos líbias, várias, sempre viveram em conflito entre elas, independente do Gaddafi (inclusive a dele). É uma história bem mais complexa, impossível de simplificar aqui sem falar em toda a história de formação do país. Mas uma coisa é certa: ele foi o único a mantê-las por anos convivendo pacificamente. E sim, foi a tribo de Benghazi e uma das que havia em Misrata a iniciarem os conflitos (ataques que eles mesmos fizeram a orgaos públicos e residencias de partidarios de Gaddafi). Sem ajuda estrangeira, jamais teria passado disso. Teriam sido reprimidos, como seriam se fosse em qualquer país.
6 - O argumento de guerra civil é real, desde o início em função do que foi dito. As tribos iniciaram esse conflito e os cidadaos estavam se atacando. A acusacao de que Gaddafi bombardeou áreas civis e que por isso era necessario a zona de exclusão aérea, foi DESMENTIDA pela Anistia Internacional, infelizmente, meses depois de iniciada a guerra. Ele bombardeou os arsenais no deserto para evitar que fossem saqueados. E tentou sim, com força militar, impedir que os próprios cidadãos se matassem.
A Líbia podia estar necessitando de uma transição, mas quando os conflitos iniciaram, o governo Gaddafi propôs isso de inúmeras maneiras. Sugeriram a realização de plebiscito para perguntar à população que regime gostariam de ter, se gostariam de ter eleições, sugeriram que uma nova organização de governo fosse feita com membros do anterior e do CNT, enfim, muitas propostas.
A única coisa que ele não abriu mão e jamais fará, é que apenas pegasse o banquinho e saísse para a ocupação que acontece agora. Ele identificou a movimentação da Al Qaeda nas fronteiras, das tropas estrangeiras após a zona de exclusão aérea, dos porta-aviões parados em frente ao litoral líbio e a cada avanço desse tipo, ele também endurecia sua posição de não se entregar. Aliás, de não entregar a Líbia de bandeja para Cameron, Sarkozy, Obama e cia. E agora vemos que ele estava certo. Arrasaram a Líbia, destruíram grande parte do país, estão brigando entre eles e entre as empresas que querem explorar o petróleo líbio, estão cometendo uma série de violações com nosso silêncio. Queriam apenas se apropriar da Líbia, não era um movimento de "liberdade", era um movimento de "traição" ao país, iniciado por poucos cidadão líbios, apoiados inicialmente por jihadistas. Gaddafi estava certo.
4 comentários:
Parabéns Juliana
Seu relato e comentários confere exatamente com os informes que temos recebido diretamente da Líbia. O que me espanta é ver a quantidade de pessoas que ainda se informa pela mídia de mercado como o "comentarista" Alberto. Não é à-tôa que a "crasse mérdia" que lê jornal sabe menos que a classe que usa jornal pras outras coisas...
Grande abraço
Castor
Obrigada Castor!
Acompanho sempre seu blog também :)
Abração,
Juliana
Depois desta resposta o Alberto deve ter aprendido que existe um outro lado das notícias que saem na mídia corporativa.O chato mesmo é ler artigos de pessoas "esclarecidas" repetindo como papagaio o que a mídia petroleira fala sobre Kadafi e os "rebeldes" líbios.Abraço,Beto.
Seguido leio o teu blog, interessantes teus posts.
Te escrevo pra divulgarmos nosso blog, que ainda está em processo de expansão. rsrs
Se quiser nos acompanhar e dar umas boas risadas de vez em quando:
www.o-cercadinho.blogspot.com
Será um prazer te ter nos visitando lá, viu?
Abração,
Heitor, Iberê e Wanderlei
O que é O Cercadinho? Segue uma apresentação para te situares...
Em cada relacionamento afetivo, os envolvidos ficam restritos a um espaço, O Cercadinho, onde acontecem as interações. Em algumas fases, está cheio de "queridas" (como diria nosso amigo Iberê), mas em outros, quase vazio. O Cercadinho é o resultado das conquistas amorosas, onde cada um preenche à sua maneira e gosto. Pode ter o critério de cotas e uma de cada: loira, morena, mulata, ruiva e/ou japa. O estilo Censo do Ibope, com faixas etárias e tipos variados. Até monogâmico com apenas uma mulher selecionada.
Neste blog, somos três homens escrevendo relatos e histórias, sem pretensão literária sobre O Cercadinho. Heitor faz o estilo confuso e rebuscado. Apaixonante e cafajeste, este é Wanderlei. Seco, direto, objetivo e um pouco bagual com sentimentos, assim é Iberê.
Nos textos, contraste de jeito, forma de escrita, mas em todos a disputa, competição em cativar mais devotas para O Cercadinho pessoal. Não haverá limites, pudor e senso, vamos querer duelar pela conquista de cada leitora.
Entre no nosso Cercadinho e boa leitura.
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