"Se não estás prevenido ante os meios de comunicação, te farão amar o opressor e odiar o oprimido" Malcom X

domingo, 15 de setembro de 2013

50 VERDADES SOBRE A REVOLUÇÃO CUBANA

Símbolo dos desejos de independência da América Latina e do Terceiro Mundo, a Revolução Cubana marcou a história do século 20.

1. O triunfo da Revolução Cubana, no dia 1 de janeiro de 1959, é o acontecimento mais relevante da história da América Latina no século 20.

2. As raízes da Revolução Cubana remontam ao século 19 e às guerras de independência.

3. Durante a primeira guerra de independência, de 1868 a 1878, o exército espanhol derrotou os insurgentes cubanos atolados em profundas divisões internas. Os Estados Unidos apoiaram a Espanha, vendendo ao país armas mais modernas e se opôs aos independentistas perseguindo os exilados cubanos que tentavam dar sua contribuição à luta armada. No dia 29 de outubro de 1872, o secretário de Estado Hamilton Fish compartilhou com Daniel Sickles, então embaixador estadunidense em Madrid, seus “desejos de êxito para a Espanha na supressão da rebelião”. Washington, contrário à independência de Cuba, desejava tomar posse da ilha.

4. Cuba é efetivamente uma das mais antigas inquietudes da política exterior dos Estados Unidos. Em 1805, Thomas Jefferson observou a importância da ilha, salientando que sua “posse [era] necessária para assegurar a defesa de Luisiana e da Flórida porque [era] a chave do Golfo do México. Para os Estados Unidos, a conquista seria fácil”. Em 1823, John Quincy Adams, então Secretário de Estado e futuro presidente dos Estados Unidos fez alusão ao tema da anexação de Cuba e elaborou a teoria da “fruta madura”: “Cuba, separada pela força de sua própria conexão desnaturalizada com a Espanha, e incapaz de sobreviver por si própria, terá necessariamente que gravitar ao redor de união norte-americana, e unicamente ao redor dela”. Assim, durante o século 19, os Estados Unidos tentaram 6 vezes comprar Cuba da Espanha.

5. Durante a segunda guerra de independência, entre 1885 e 1898, os revolucionários cubanos, unidos em volta de seu líder José Martí, tiveram de enfrentar outra vez a hostilidade dos Estados Unidos, que deu sua ajuda à Espanha vendendo-lhe armas e prendendo os exilados cubanos que tentavam apoiar os independentistas.

6. José Martí, em uma carta profética ao seu amigo Gonzalo de Quesada, escrita no dia 14 de dezembro de 1889, advertiu sobre a possibilidade de uma intervenção estadunidense. “Sobre a nossa terra, Gonzalo, há outro plano mais tenebroso [....]: a iníqua de forçar a Ilha, de precipitá-la à guerra, para ter o pretexto de intervir nela, e com o crédito de mediador e garantidor, ficar com ela”.

7. Em 1898, apesar de sua superioridade material, a Espanha estava à beira do abismo, vencida no campo de batalha pelos independentistas cubanos. Em uma carta ao presidente estadunidense William McKinley, datada de 9 de março de 1898, o embaixador Woodford, de Madrid, disse que “a derrota” da Espanha era “segura”. “[Os espanhóis] sabem que perderam Cuba”. Segundo ele, “se os Estados Unidos desejam Cuba, devem consegui-la mediante a conquista”.

8. Em abril de 1898, depois da explosão misteriosa do navio de guerra estadunidense The Maine na baía de Havana, o presidente McKinley solicitou autorização do Congresso para intervir militarmente em Cuba e impedir que a ilha conseguisse sua independência.

9. Vários congressistas denunciaram uma guerra de conquista. John W. Daniel, senador democrata do estado da Virginia, acusou o governo de intervir para evitar uma derrota dos espanhóis: “Quando chegou a hora mais favorável para um êxito revolucionário e a mais desvantajosa para a Espanha, [...] se exige ao congresso dos Estados Unidos entregar o exército dos Estados Unidos ao Presidente para impor um armistício pela força às duas partes, enquanto uma delas já entregou as armas”

10. Em três meses, os Estados Unidos tomaram controle do país. Em dezembro de 1898, os Estados Unidos e a Espanha assinaram um tratado de paz em Paris sem a presença dos cubanos, destroçando assim seu sonho de independência.

11. De 1898 a 1902, os Estados Unidos ocuparam Cuba e obrigaram a Assembleia Constituinte a adotar a emenda Platt na nova Constituição, sob pena de prorrogar a ocupação militar.

12. A emenda Platt proibia Cuba de assinar qualquer acordo com um terceiro país ou contrair dívida com outra nação. Também dava direito aos Estados Unidos de intervir em qualquer momento nos assuntos internos de Cuba e obrigava a ilha a conceder indefinidamente a Washington a base naval de Guantánamo.

13. Em uma carta de 1901, o general Edward Wood, então governador militar de Cuba, parabenizou o presidente McKinley. “Desde então há pouca ou nenhuma independência para Cuba sob a emenda Platt e a única coisa importante agora é buscar a anexação”.

14. De 1902 a 1958, Cuba tinha o status de república neocolonial, política e economicamente dependente, apesar da revogação da emenda Platt em 1934, então obsoleta.

15. Os Estados Unidos interviram militarmente em Cuba em 1906, 1912, 1917 e 1933, depois da queda do ditador Gerardo Machado, e cada vez que um movimento revolucionário ameaçava o status quo.

16. A Revolução de 1933, liderada por Antonio Guiteras, foi frustrada pela traição de um sargento chamado Fulgencio Batista, que se tornou general e colaborou com a embaixada dos Estados Unidos para manter a ordem estabelecida. Dirigiu o país nos bastidores até sua eleição como presidente em 1940.

17. Depois das presidências de Ramón Grau San Martín (1944-1948), e Carlos Prío Socarrás (1948-1952), gangrenadas pela violência e pela corrupção, Fulgencio Batista pôs fim à ordem constitucional no dia 10 de março de 1952, orquestrando um golpe de Estado militar.

18. No dia 26 de junho de 1953, um jovem advogado chamado Fidel Castro, membro do Partido Ortodoxo fundado por Chibás, se pôs à frente de uma expedição de 131 homens e atacou o quartel Moncada na cidade de Santiago, a segunda fortaleza militar do país, assim como o quartel Carlos Manuel de Céspedes, na cidade de Bayamo. O objetivo era tomar o controle da cidade — berço histórico de todas as revoluções — e lançar um chamado à rebelião em todo o país para derrubar o ditador Batista.

19. A operação foi um fracasso e numerosos combatentes — 55 no total — foram assassinados depois de serem brutalmente torturados pelo exército. De fato, apenas 6 deles morreram em combate. Alguns conseguiram escapar graças ao apoio da população.

20. Fidel Castro, capturado alguns dias depois, deveu a vida ao sargento Pedro Sarría, que se negou a seguir as ordens de seus superiores e executar o líder de Moncada. “Não disparem! Não disparem! As ideias não se matam!”, exclamou frente a seus soldados.

21. Durante sua histórica alegação intitulada “A História me Absolverá”, Fidel Castro, que se encarregou de sua própria defesa, denunciou os crimes de Batista e a miséria em que se encontrava o povo cubano e apresentou seu programa para uma Cuba livre.

22. Condenado a 15 anos de prisão, Fidel Castro foi liberado em 1955 depois da anistia que lhe concedeu o regime de Batista e se exilou no México, onde organizou a expedição de Granma, com um médico argentino chamado Ernesto Guevara.

23. No dia 2 de dezembro de 1956, Fidel Castro desembarcou na província oriental de Cuba comandando 81 revolucionários com o objetivo de desatar uma guerra de guerrilhas nas montanhas de Sierra Maestra.

24. Ao contrário do que se diz, os Estados Unidos jamais deram apoio ao Movimento 26 de Julho, organização político-militar dirigida por Fidel Castro, durante toda a guerra insurrecional, de 2 de dezembro de 1956 a 1 de janeiro de 1959.

25. Ao contrário, Washington perseguiu cruelmente todos os simpatizantes do Movimento 26 de Julho exilados nos Estados Unidos, que tentavam fornecer armas aos rebeldes.

26. Ao mesmo tempo, o Presidente Dwight D. Eisenhower seguiu fornecendo armas ao exército de Batista, inclusive depois da instauração do embargo de fachada, em março de 1958.

27. No dia 23 de dezembro de 1958, a uma semana do triunfo da Revolução, enquanto o exército de Fulgencio Batista estava em plena debandada apesar de sua superioridade em armas e homens, aconteceu a 392ª reunião do Conselho de Segurança Nacional, com a presença do presidente Eisenhower. Allen Dulles, então diretor da CIA, expressou claramente a posição dos Estados Unidos: “Temos de impedir a vitória de Castro”.

28. Assim como aconteceu em 1898, o Presidente Eisenhower estava a favor de uma intervenção armada para impedir o triunfo de Fidel Castro. Perguntou se o Departamento de Defesa tinha pensado em uma “ação militar que poderia ser necessária em Cuba”. Seus assessores tiveram êxito em dissuadi-lo.

29. Assim, a hostilidade dos Estados Unidos para com a Revolução Cubana não tem nada a ver com o contexto da Guerra Fria. Começou antes de Fidel Castro chegar ao poder, antes da aliança com Moscou, em maio de 1960, e continuou depois de desaparição do bloco soviético em 1991.
30. No dia primeiro de janeiro de 1959, cinco anos, cinco meses e cinco dias depois do ataque ao quartel Moncada no dia 26 de julho de 1953, a Revolução Cubana triunfou.

31. Em janeiro de 1959, os Estados Unidos acolheram com os braços abertos os partidários do antigo regime, incluindo os criminosos de guerra, que haviam roubado 424 milhões de dólares do Tesouro cubano.

32. Desde o começo, a Revolução Cubana teve de edificar seu projeto de sociedade em um contexto de estado de sítio permanente, frente à crescente hostilidade dos Estados Unidos. Desde 1959, Cuba nunca desfrutou de um clima de paz para construir seu futuro. Em abril de 1961, Cuba teve de enfrentar a invasão armada da Baía dos Porcos organizada pela CIA, e em outubro de 1962, a ilha foi ameaçada de desintegração nucelar durante a crise dos mísseis.

33. Desde 1959, os Estados Unidos, decididos a derrotar Fidel Castro, deram início a uma campanha de terrorismo contra Cuba com mais de 6 mil atentados, que custaram a vida de 3.478 civis e incapacitaram 2.099 pessoas. Os danos materiais são avaliados em vários bilhões de dólares e Cuba teve de gastar somas astronômicas em sua segurança nacional, o que limitou o desenvolvimento dos programas sociais. O próprio líder da Revolução foi vítima de 637 tentativas de assassinato.

34. Desde 1960, Washington impõe sanções econômicas sumariamente severas, ilegais de acordo com o Direito Internacional, que afetam as categorias mais vulneráveis da população, ou seja, as mulheres, as crianças e os idosos. Este estado de sítio, condenado pela imensa maioria da comunidade internacional (188 países de 192), constitui o principal obstáculo ao desenvolvimento da ilha, que a Cuba custou mais de um bilhão de dólares.

35. Apesar de todos esses obstáculos, a Revolução Cubana é um inegável êxito social. Ao dar prioridade aos mais desfavorecidos com a reforma agrária e com a reforma urbana, ao erradicar o analfabetismo, ao desenvolver a educação, a saúde, a cultura e o esporte, Cuba criou a sociedade mais igualitária do continente e do Terceiro Mundo.

36. De acordo com a Unesco, Cuba tem a mais baixa taxa de analfabetismo e a mais alta taxa de escolarização da América Latina. A organização das Nações Unidas nota que “a educação tem sido prioridade em Cuba há [mais de] 40 anos. É uma verdadeira sociedade de educação”. Seu relatório sobre a educação em 13 países da América Latina classifica Cuba como primeira em todas as disciplinas. De acordo com a Unesco, Cuba é a nação do mundo que usa a maior parte de seu orçamento em educação, cerca de 13% do PIB.

37. Cuba tem uma taxa de mortalidade infantil de 4,6 por mil, ou seja, a mais baixa do continente americano, mais baixa que a do Canadá ou a dos Estados Unidos.

38. Cuba é a nação que tem o maior número de médicos per capita do mundo. Segundo o New England Journal of Medicine, a revista médica mais prestigiada do planeta, “o sistema de saúde [de Cuba] resolveu problemas que o nosso [o dos Estados Unidos] não conseguiu resolver”. A revista destaca que “Cuba dispõe agora do dobro de médicos por habitante que os Estados Unidos”.

39. Segundo a Unicef, “Cuba é um exemplo na proteção da infância” e um “paraíso para a infância na América Latina”, e enfatiza que Cuba é o único país da América Latina e do Terceiro Mundo que erradicou a desnutrição infantil.

40. De acordo com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), Cuba é o único país da América Latina e do Terceiro Mundo que se encontra entre as dez nações do mundo com o melhor Índice de Desenvolvimento Humano sobre os três critérios: expectativa de vida, educação e nível de vida, durante a última década.

41. A Revolução Cubana fez da solidariedade internacional um pilar essencial de sua política exterior. Cuba acolhe dezenas de milhares de estudantes procedentes de países pobres, lhes oferece formação universitária gratuita de alto nível e se encarrega de todos os gastos. A Escola Latino-americana de Medicina de Havana é uma das mais famosas do continente americano e formou vários milhares de profissionais de saúde procedentes de mais de 123 países.

42. Desde 1963 e da primeira missão internacionalista na Argélia, cerca de 132 mil médicos cubanos e outros funcionários de saúde trabalharam voluntariamente em 102 países. Atualmente, 38.868 médicos colaboradores, entre eles 15.407 médicos, oferecem seus serviços em 66 nações do Terceiro Mundo.

43. Graças à Operação Milagre lançada por Cuba em 2004, que consiste em operar gratuitamente populações pobres vítimas de doenças oculares, cerca de 2,5 milhões de pessoas de 28 países recuperaram a visão.

44. O programa de alfabetização cubano “Sim, eu posso” (“Yo, sí puedo”), lançado em 2003, permitiu que 7 milhões de pessoas dos cinco continentes aprendessem a ler, escrever e somar.

45. De acordo com a World Wild Fund for Nature (WWF), organização mais importante de defesa da natureza, Cuba é o único país do mundo que alcançou um desenvolvimento sustentável.

46. Cuba desempenhou um papel chave na luta contra o apartheid, com a participação de 300 mil soldados em Angola entre 1975 e 1988 para enfrentar a agressão do exército suprematista sul-africano. O elemento decisivo que pôs fim ao apartheid foi a abrupta derrota militar que as tropas cubanas infringiram ao exército sul-africano em Cuito Cuanavale, no sudeste de Angola, em janeiro de 1988. Em um discurso, Nelson Mandela rendeu homenagem a Cuba: “Sem a derrota infringida em Cuito Cuanavale, nossas organizações não teriam sido legalizadas! A derrota do exército racista em Cuito Canavale tornou possível que hoje eu possa estar aqui com vocês! Cuito Cuanavale é um marco na história da luta pela libertação da África Austral!”.

47. Ao contrário do que se diz, a Revolução Cubana teve quatro presidentes diferentes: Manuel Urrutia, de janeiro de 1959 a julho de 1959, e Osvaldo Dorticós, de julho de 1959 a janeiro de 1976, sob o antigo regime da Constituição de 1940, e Fidel Castro, de fevereiro de 1976 a julho de 2006, e Raúl Castro, desde 2006, depois da adoção da Constituição de 1976.

48. A imprensa ocidental, propriedade de conglomerados econômicos e financeiros, vilipendia a Revolução Cubana por uma razão muito precisa que não tem nada a ver com a democracia ou os direitos humanos: o processo de transformação social iniciado em 1959 sacudiu a ordem das estruturas estabelecidas, levou a juízo o poder dos dominantes e propõe uma alternativa social onde os recursos são destinados à maioria e não à minoria.

49. A principal conquista da Revolução é ter feito de Cuba uma nação soberana e independente.

50. A Revolução Cubana, edificada por várias gerações de cubanos, possui todas as virtudes e defeitos da condição humana e nunca teve a pretensão de ser um modelo. Segue sendo, apesar das dificuldades, um símbolo de dignidade e resistência no mundo

*é doutor em Estudos Ibéricos e Latino-americanos da Universidade Paris Sorbonne-Paris IV, professor-titular da Universidade de la Reunión e jornalista, especialista nas relações entre Cuba e Estados Unidos. Seu último livro se chama Cuba. Les médias face au défi de l’impartialité, Paris, Editions Estrella, 2013, com prólogo de Eduardo Galeano.

terça-feira, 10 de setembro de 2013

René González: Cuba com fitas amarelas em 12 de Setembro #EUA #ONU #Obamagivefive #Freethecubanfive

Pronunciamento de René González, herói da luta contra o terrorismo da República de Cuba, na TV em 03 de setembro de 2013:






Queridos compatriotas:
Primeiro de tudo peço desculpas por interrompê-los neste momento. Eu sei o que significa este espaço para a família cubana e prometo que serei breve, mas é necessário que esse discurso atinja o público mais amplo possível.
Como se sabe, no próximo dia 12 de setembro se cumprem 15 anos de nossas prisões. Todos os anos é feita uma jornada tanto nacional como internacional para exigir que tenhamos justiça, mas queremos que a jornada a ser realizada este ano, de 05 de setembro a 06 de outubro seja uma jornada única, uma jornada especial, protagonizada por vocês.
Quinze anos da vida de um ser humano é um longo período de tempo. As crianças crescem, tornam-se homens, adolescentes, familiares morrem e já não estão mais entre nós, e parte da população cubana nasceu nos últimos 15 anos.
Eu cumpri minha sentença na íntegra, mas temos que impedir que isso aconteça com os meus quatro irmãos por tudo que isso significa, mas é duro dizer, temos que lembrar que para Gerardo isso significa que, se os planos do governo dos EUA forem atendidos, ele morrerá em cárcere.
Durante estes anos tivemos o amor do povo cubano como protagonista. Esse carinho se manifestou de todas as formas possíveis, em cartas, em mensagens, nos desenhos das crianças e esse é o amor que queremos neste momento como protagonista neste dia.
Já tive a oportunidade de senti-lo, experimentá-lo, senti-lo, experimentá-lo nas ruas de Cuba, em todas as formas possíveis e em qualquer local da ilha e esse é o amor que nós estamos pedindo para que se manifeste nesta ocasião, onde você poderá fazer-lo do jeito que quiserem, com toda a diversidade que nos caracteriza como cubanos e da melhor maneira que cada um considera em sua sala de aula, em seu local de trabalho, no seu bairro, no seu projeto comunitário, o que puder ser capaz de manifestar.
Para nossa jornada estão sendo preparadas iniciativas a serem anunciadas, mas acreditamos que o mais importante é que cada um de vocês se junte a estas iniciativas em seu próprio caminho, da forma que considere poder fazê-lo.
Eu só tenho uma exortação pessoal para o povo, o que se exige de uma história. Eu quero que este 12 de setembro no país ocorra como um terremoto: um belo terremoto, um terremoto de amor, uma mensagem do povo cubano ao povo americano por meio de um símbolo que para o povo americano é um símbolo de amor, é um símbolo do carinho e um símbolo que eles irão entender em seu idioma, e que é o símbolo da fita amarela.
Eu quero que em 12 de setembro o país seja preenchido com fitas amarelas e que qualquer visitante ou correspondente estrangeiro que esteja na ilha não possa ignorar. Que neste dia, a ilha de Cuba se agite e apareçam fitas amarelas nas árvores, nas varandas, nas pessoas, como lhes ocorrer que se possa usá-las, em animais de estimação, como vocês decidirem que essas fitas amarelas encham o país e que não possa ser ignorado, não possa ser deixado de informar ao mundo que o povo cubano está à espera de quatro de seus filhos, que estão presos nos Estados Unidos.
A fita amarela é um símbolo que entrou para a cultura americana, que começou durante a Guerra Civil inglesa, quando as esposas dos soldados os esperavam com fitas amarelas.
Logo isso foi transmitido para a Guerra Civil nos Estados Unidos e ao longo do tempo, com seus altos e baixos, foi-se modificando o seu significado até que nos anos setenta do século passado, uma canção de época voltou a surgir na cultura norte-americana.
A canção é uma bela história de um prisioneiro que está saindo da prisão e que a única coisa que ele pede à sua noiva é que, se ela ainda o ama, coloque uma fita amarela em uma árvore. Por meio da carta, da letra da canção se desenrola a ansiedade do homem que vai sair da cadeia e está à espera de saber se na árvore terá a fita amarela e quando ele chega ao lugar o que ele vê na árvore são uma centena de fitas amarelas.
A partir desse momento a fita se torna um símbolo para o norte-americano que espera por alguém em uma missão no exterior, que espera um soldado, que espera um ente querido e esta é a mensagem que queremos que você faça chegar ao povo americano: que saibam que o povo cubano está à espera de quatro de seus filhos. Que não é só a família, que não é só quem conhecemos pessoalmente, mas que há um país, há um povo que está esperando por quatro de seus filhos presos injustamente nos Estados Unidos.
Contamos com vocês para isso, nós confiamos em vocês. Queremos que seja uma jornada diferente e também queremos que seja a última jornada e eu acho que este é o momento de trazê-los para casa e para isso contamos com o apoio de vocês.
Vídeo emocionante com a canção que se torna agora o símbolo da jornada e luta pela libertação dos 5 Heróis Cubanos, com participação de artistas cubanos, de René Gonzalez, amigos e familiares:

Tie a yellow ribbon round the old oak tree

(Amarre uma fita amarela em torno do velho carvalho)



Pelo facebook, acesse: https://www.facebook.com/4Cuban5

Fonte: La Santa Mabisa

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

O Oriente Médio e depois o mundo

O texto aponta os sinais de uma blitzkrieg globalista que pode resultar no maior ordenamento geopolítico desde a Segunda Guerra Mundial. 


Fonte: Land Destroyer Report

The Middle East & then the World

Globalist blitzkrieg signals largest geopolitical reordering since WW2. 
analysis by Tony Cartalucci 

Beginning in North Africa, now unfolding in the Middle East and Iran, and soon to spread to Eastern Europe and Asia, the globalist fueled color revolutions are attempting to profoundly transform entire regions of the planet in one sweeping move. It is an ambitious gambit, perhaps even one born of desperation, with the globalists' depravity and betrayal on full display to the world with no opportunity to turn back now.

To understand the globalists' reasoning behind such a bold move, it helps to understand their ultimate end game and the obstacles standing between them and their achieving it.

The End Game

The end game of course is a world spanning system of global governance. This is a system controlled by Anglo-American financiers and their network of global institutions ensuring the world's consolidated nations conform to a singular system they can then perpetually fleece. As megalomaniacal oligarchs, their singular obsession is the consolidation and preservation of their power. This will be achieved through a system of population control, industrial control, and monetary control, which together form the foundation of their Malthusian policies.

These policies are on full display in the UN's "Agenda 21," and by policy wonks like the current White House Science Adviser John Holdren in his book titled "Ecoscience."

Malthusian as their policies may be, they surely do not believe the world is in danger due to over-population or the environmental hazards posed by industrial progress. Instead, like all tyrants in history, they are establishing a convincing narrative to defend the immense concentration of undue power within their elitist hands and the implementation of measures to ensure such power stays in their hands indefinitely.

The immediate dangers posed to their plans are numerous, including an alternative media increasingly exposing the true nature of their agenda, and thus awakening a vast number of people who simply refuse to go along with it. There is also national sovereignty, where nations are openly challenging this Anglo-American centric world order and refusing to implement the conditions of their own enslavement.

These sweeping color revolutions, and coordinated military operations, both overt and covert, are dealing with the latter of these two challenges, while censorship, cognitive infiltration, and a tightening police state spanning the Western world under the very false premise of a "War on Terror" confronts the former.

Red = US-backed destabilization, Blue = US occupying/stationed.
China's oil and seaways are all covered.

The Middle East

With the globalist fueled destabilization in progress, concessions and regime changes are being made from Jordan to Egypt, all in the name of "democratization." The protesters' calls are verbatim repeats of the their localUS funded NGOs' mission statements. Skeptical as many may be that all of this is being orchestrated by the West, one needs only read the RAND Corporation's 2007 report titled "Building Moderate Muslim Networks" where breathtaking confessions are made to not only reorder the Muslim world according to the West's interests, but how they would follow the same model of "civil society networks" they have already used for decades during the Cold War.

Egypt's recent "transition" played out as a direct translation of RAND's blueprint for meddling in the Muslim world. From the protest organizers and NGOs to the protest leaders, to the behind-the-scenes meddling by America's military leadership, the Egyptian uprising was entirely a US production. Even the drafting of the new Egyptian Constitution is being carried out by organizations funded by George Soros and the US National Endowment for Democracy.

The regional destabilization is resetting the geopolitical board in favor for a renewed effort to affect regime change in Iran. It has been extensively covered that the globalists have intricate and extensive plans, in the form of Brookings Institute's "Which Path to Persia?" report, to fund color revolutions, support terrorism inside of the Islamic Republic and even provoke war with a nation they concede would rather avoid conflict. No sooner did North African and Arab regimes begin to crumble did the "Green Revolution" in Iran start up again. As if reiterating the summation of Brookings' report, the globalist Council on Foreign Relations (CFR) has recently and overtly called on the US to back the "Green Revolution."

Iran's fall to the globalists, the extraction of its wealth, and the end of its support for Chinese and Russian economic and military ambitions would isolate the so-called Shanghai Cooperative Organization further.

NATO creeping forward, suffering failures in Ukraine, Belarus, and Georgia.

Russia's Encirclement

Russia, along with China appear to be the two biggest blocs of opposition to the Anglo-American establishment. Indeed there are plenty of people and organizations within each nation gladly working hand-in-hand with the globalists, who in turn, are overtly trying to tempt and coerce the two nations to integrate themselves into their global world order.

Men like Mikhail Khodorkovsky, who rose to power in Russia amongst an era of immense corruption, began building networks of NGOs modeled directly after those of the Anglo-Americans in the West, even naming this network the "Open Russian Foundation" after George Soros' Open Society Foundation. According to geopolitical researcher William Engdahl, this Open Russian Foundation included Henry Kissinger and Lord Jacob Rothschild on its board of directors and its goal was to transform Russia from a sovereign state and into something more palatable for globalist consumption.

Whatever Khdorkovsky's early successes may have been, they were cut short by Russian Prime Minister Vladamir Putin, who has safely confined Khodorkovsky behind the bars of a Siberian prison. Today, Khdorkovsky receives lobbying and legal services from notorious globalist lawyer Robert Amsterdam who leads international efforts to vilify Russia and justify the nation's encirclement by NATO.

After Tunisia fell and protests began brewing in Egypt, Foreign Policy magazine published the Freedom House's list of "Who's Next?" On the list was Belarus' Aleksandr Lukashenko, leader of a European nation directly bordering Russia's western border, staring Moscow in the face. NATO itself admits the reluctance of Belarus to join its now unjustified organization, while the mainstream media berates the Belarusian government for putting down protests launched after the results of recent elections that saw the Western-backed opposition defeated.

Looking at a map of Russia, not a nation touching its borders has been spared the globalist treatment, from the Ukraine and their US-backed Orange Revolution, to Georgia and its US-backed invasion of South Ossetia. For Russia, they seem more than prepared to fight back, humiliating the US-trained and equipped Georgian militaryon the battlefield and overseeing the results of the US-funded Orange Revolution overturned, with Ukrainian talks to join NATO halted.

By targeting the Middle East, and in particular Iran, which both China and Russia have been using to check the West's world domineering ambitions, the globalists' hope is to renew political unrest in Russia's satellite regions and complete its campaign of encircling Russia, thus forcing it to concede to its place amongst the new global order.

SSI's "String of Pearls:" China's oil lifeline.

China's String of Pearls

It is no secret China depends on oil imports to not only keep its economy growing, but to keep its vast population busy and prosperous, thus keeping the ruling government in power. This has been a long known realism by both China and the West. For China's part, they have begun building a presence on continental Africa, especially in Sudan where they have established a 1,000 mile oil pipeline from the vast nation's heartland to Port Sudan on the Red Sea. They have also provided relief to the country from UN sanctions and buys the majority of Sudan's oil exports.

China also imports an immense amount of oil from Iran. In fact, the Islamic Republic represents the world's second largest exporter of oil to China, behind Saudi Arabia.

From Sudan and Iran, across the Indian Ocean, and back to China's shores in the South China Sea, represents a "String of Pearls," or a series of geopolitical assets China is developing to protect this vital logistical route. This "String" includes a Chinese port in Pakistan's Baluchistan region, another facility in Myanmar (Burma), and expanded facilities in the South China Sea off the coast of Vietnam. China is also building up the size and capabilities of its fleet, including submarines which now shadow America's carrier groups, and the outfitting of their first aircraft carrier which is nearing completion.

The term "String of Pearls" was used as the title of the US Strategic Studies Institute's (SSI) 2006 report "String of Pearls: Meeting the challenge of China’s rising power across the Asian littoral." In this report, China's ambitions to project its power along this route is viewed as a direct challenge to American supremacy as well as a threat to the West's unipolar vision of a "new world order."

While China may not be a champion of human freedom, they do appear to favor a multipolar world where sovereign nations coexist instead of the Anglo-American unipolar world where, unsurprisingly, the British and American oligarchs dominate the planet.

To prevent such a multipolar world from coming into existence, the SSI report suggests several strategies regarding China, from engaging and enticing it to become what globalist pusher Robert Zoellick calls a "responsible stakeholder" in the "international system," to outright military confrontation and containment.

Of course this report was written in July 2006, and the ink hadn't even dried before Israel suffered a humiliating defeat in its war with Lebanon, the war with Iran stalled, and globalist minion Thaksin Shinawtra was ousted from power in Thailand in a display of jealously defended sovereignty in Southeast Asia.

It appears that the globalists, over the following years, would present China with a flattering role to play in their global order while simultaneously destabilizing nearly every nation along the "String of Pearls." The US has expanded its war in Afghanistan and is attempting to balkanize Pakistan in the process, specifically theBaluchistan region where China is establishing a naval presence. Pakistan's Baluchistan region is also the seaside starting point of an energy and logistical conduit running northward through the Himalayas and into Chinese territory. The US is also heavily involved in destabilizing Myanmar (Burma) to affect regime change and subsequently establishing a Washington dependent government.

Thailand neighbors Myanmar to the east and possesses the narrow Kra Isthmus China would like to develop into a Suez/Panama Canal-like project to shorten trips for its oil laden, China-bound tankers. Thailand also serves as an overland conduit, running north and south as in Pakistan, with a developed rail system connecting Singapore's shipping yards to Laos' capital of Vientiane. China has begun the development of a rail systemthrough Laos and the upgrading of Thailand's rail system. Thailand also is one of the world's largest rice exporters, which makes the nation vital to China's future growth.

It is no surprise then, that Thailand, like Myanmar, has suffered multiple attempts by the US to affect regime change. Their man, Thaksin Shinawatra is an overt globalist, having formally served as an adviser to the Carlyle Group, and since his ousting from power in 2006, has been lobbied for by everyone from James Baker's Baker Botts, to ICG's Kenneth Adelman and the Edelman PR firm, to his current lobbyist and lawyer, Robert Amsterdam.

It is quite clear that Washington is using its control of the Middle East and its control of the seas, albeit challenged control, to check China's vastly superior financial and economic position. It is also clear that Washington is investing a great amount of military resources and intelligence assets to destabilize the entire "String of Pearls" to confound, contain, and leverage concessions from China, with the ultimate goal of folding the emerging Asian giant into the unipolar Anglo-American global order.

How well this strategy is working is debatable, however, the US military is politically hobbled, strategically stretched, and led by vastly incompetent leaders in Washington who have lost the faith and trust of their own population, not to mention the world. The bold and perhaps desperate gambit the US is playing out in the Middle East could be a bid to rectify years of failure against China and the Shanghai Cooperative since the SSI wrote their report in 2006. Regime change in Iran is still the linchpin in making this latest bid a success.

South America

Even South America is not spared. There has been a lull in overt American meddling, allowing South America to become a bastion of sorts against the agents of globalization, however, covert operations and staging has been ongoing.

Troubling reports coming from South America's Argentina, no stranger to the ire of Anglo-American ambitions, indicate that tension is building up between Buenos Aires and Washington. It has culminated in a diplomatic row over a recently seized US C-17 transport chalk full of suspicious equipment and an even more suspicious explanation. This is leading many, including the government of Argentina, to believe the US is staging another round of destabilization efforts in South America.

Venezuela and Bolivia have been overtly targeted by the West in recent years by efforts to undermine and even overthrow their respective governments. The muted-confused response over the coup in Honduras also raises suspicions that America has begun striking back against the wave of regional nationalism sweeping South America. A visit over to Movements.org reveals that the US State Department/corporate funded organization isbacking dissidents in Venezuela and encouraging the spread of "civil society," gleefully noting the insidious effects it is having on bolstering the anti-Chavez opposition.

Conclusion

The recent US-backed wave of revolution sweeping the Middle East is just the beginning of a greater move to dislodge Iran and begin regaining ground against Russia and China after several years of disappointing results geopolitically. The ultimate goal in mind is to force Russia and China to accept their role as "responsible stakeholders" in the unipolar Anglo-American "new world order." The unipolar world of Anglo-American financier domination requires that all competition be eliminated, all nations become interdependent, and most importantly, all governments conform to the globalists' model of "civil society" which in turn answers to centralized global institutions.

Understanding the overarching plan reveals the danger of being apathetic or complacent about the current unrest in the Middle East. It will surely spread, and depending on the Shanghai Cooperative's response and their determination to remain the masters of their own destiny, greater confrontation may ensue. For the United States and its dwindling power, its meaningless offers to the world's nations to join their bankrupt, one-sided model of world governance, and their growing economic mire, there is no telling what their desperation may transform into. This unpredictability and desperation may be perhaps the only card they have left in their hand worth playing, and one that should trouble us all.

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