Noblat, há alguns anos, colocou na "geladeira" um conhecido cartunista de Brasília. A impressão que se deu, quando estourou o escândalo dos irmãos Passos (abafado no dia seguinte à sua saída) era de que ele estava sendo sacrificado politicamente para entrada do Ari Cunha, este, aliado do grupo que domina o poder local.
Na verdade, o Correio Braziliense não era, na época do Noblat, muito diferente do que é hoje. Tendencioso, omisso, muitas vezes irresponsável e orientado pelo grupo político da situação, tal como sabe qualquer brasiliense. Não à toa, sempre que há uma mudança de "coloração" da bandeira de governo, cai a diretoria do jornal, coisa que aconteceu na época em que ele saiu.
Interpretando o conflito no Oriente Médio, o chargista colocou um canhão (com o símbolo da bandeira de Israel) atirando na pomba da paz, numa interpretação ácida da quebra do acordo de paz perpetrada por Ariel Sharon e sua política de Estado genocida. No dia seguinte, visita na redação de representantes da embaixada e colônia judaica. Para azar maior do cartunista, acusado de anti-semita (!), a esposa de Noblat também é judia. O hoje "arauto do jornalismo livre", negou direito de resposta ao chargista e ainda usou o espaço da charge para um mea culpa público, em nome do jornal, se esquecendo da tão festejada liberdade de expressão.
"Se não estás prevenido ante os meios de comunicação, te farão amar o opressor e odiar o oprimido" Malcom X
sábado, 5 de novembro de 2005
Ricardo Noblat e outras histórias
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