O dia 8 de Março é, desde 1975, comemorado pelas Nações Unidas como Dia Internacional da Mulher. Neste dia, do ano de 1857, as operárias têxteis de uma fábrica de Nova Iorque entraram em greve ocupando a fábrica, para reivindicarem a redução de um horário de mais de 16 horas por dia para 10 horas. Estas operárias, que recebiam menos de um terço do salário dos homens, foram fechadas na fábrica onde, em decorrência de um incêndio, cerca de 130 mulheres morreram queimadas.
Em 1903, profissionais liberais norte-americanas criaram a Women's Trade Union League. Esta associação tinha como principal objetivo ajudar todas as trabalhadoras a exigirem melhores condições de trabalho.
Em 1908, mais de 14 mil mulheres marcharam nas ruas de Nova Iorque: reivindicaram o mesmo que as operárias no ano de 1857, bem como o direito de voto. Caminhavam com o slogan "Pão e Rosas", em que o pão simbolizava a estabilidade econômica e as rosas uma melhor qualidade de vida.
Em 1910, numa conferência internacional de mulheres realizada na Dinamarca, foi decidido, em homenagem àquelas mulheres, comemorar o 8 de Março como "Dia Internacional da Mulher".
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Matéria exibida no Bom Dia DF de hoje:
Sem perder a graça. Toque feminino em pequenos detalhes. O charme não atrapalha, só reforça a mensagem contra a violência. “Nós estamos lutando pelo direito de ser mulher e de não sofrer nenhum tipo de violência. Não queremos ser como os homens. Não queremos entrar nesse mundo de violência e agressividade”, afirma a estudante Kelly Kotlinski.
Vigília. Vela acesa. Luto em frente ao Palácio do Buriti. Uma pesquisa do Fórum de Mulheres do DF aponta que as leis não seguram o agressor. O inimigo pode ser um desconhecido no meio da rua. Mas, em 70% dos casos, a violência vem de onde menos se espera. “São pessoas com quem elas mantêm relações afetivas: maridos, namorados, companheiros, ex-maridos ou ex-namorados. São essas pessoas que normalmente agridem as mulheres. E o pior, elas morrem em decorrência dessa relação”, conta a socióloga Natália Mori.
A maioria das vítimas não denuncia o crime por vergonha, culpa ou medo. Mesmo assim, a Delegacia de Atendimento à Mulher registrou mais de 4.500 ocorrências no ano passado. Casos de estupro, espancamento e, principalmente, assassinato.
A vendedora Malu de Souza escapou da morte por pouco. Teve 40% do corpo queimado. O agressor, o ex-marido, foi preso em flagrante. “Eu me sentia totalmente dominada, usada. Eu me sentia inferior. Ele me agredia por qualquer motivo. Por medo, passei a ser submissa. Tinha medo de apanhar. Era machismo mesmo!”, revela. Agora, Malu faz um alerta: “A saída é denunciar. Sair da situação logo na primeira agressão.”
A solução pode estar nas salas de aula. Uma das propostas é reforçar o currículo escolar, estimular mais debates sobre a violência contra a mulher. “É importante trabalhar a questão da atitude. O comportamento de hoje será a atitude de amanhã. Também é importante trabalhar o conhecimento que eles têm no contexto social. Assim será possível transformar a nossa sociedade”, enfatiza o professor Rodolfo Araújo.
http://dftv.globo.com/Dftv/0,6993,VDD0-2982-20060308-154344,00.html
"Se não estás prevenido ante os meios de comunicação, te farão amar o opressor e odiar o oprimido" Malcom X
quarta-feira, 8 de março de 2006
Dia Internacional da Mulher
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