Por que no te calas, Dom?Nem te envergonhas das civilizaçõesque exterminaste?Incas, Maias e Astecas...Sabedorias acima da algumaque mal soubeste herdar dos 8 séculosde pacientes mestres árabes.Nada aprendes!Por que não te calas, Senhor?Nem te arrependes dos tantos de mimque espoliaste da Patagônia à Califórnia?Pirata, mercenário, usurpador:acaso não te acordasdas tantas que estupraste?Da gente que seviciaste?Pelos povos que usurpastêem América,Ásia, África,por que não te calas?A quem te arrogas,se sequer és dotado da galantariaque a Quixote serviu?Que ficção é essaque crias para ti,reizete de merda?De Guernicaés o lado que o Mestresequer retratou,pois se nunca estivesteno desespero de tuaprópria gente,por quem te crês?Cala-te edevolve minha prata,reponha meu ourobucaneiro arrogante!Cala-te ereconheça tua insignificânciaque de majestosa só tema expressão da falênciade uma instituição anacrônica,tardia em minha história.A quantos ainda crêscomo teus súditos?Aqui nada és além de mero decorativo,ridícula memória da vergonhade um império há muito falido.Por que não te calas, hombre?
Por Raul Longo
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