Arnaldo Jordy (dep. estadual do Pará), Percinoto (presidente do PPS-RJ),
Luiz Antonio Gato (dirigente do PPS-RJ), Flávio Costa (amigo querido e militante do RJ),
eu e o Lairson (que desenvolve o portal do partido). O Anderson (PPS-DF) tirou a foto.
Luiz Antonio Gato (dirigente do PPS-RJ), Flávio Costa (amigo querido e militante do RJ),
eu e o Lairson (que desenvolve o portal do partido). O Anderson (PPS-DF) tirou a foto.
Estou no Hotel Novo Mundo, em frente ao Aterro do Flamengo, nessa cidade adorada (cada dia mais linda), acompanhando a análise sobre os efeitos da Declaração Política de Março de 1958 do Partido Comunista e as discussões sobre uma possível proposta de um documento do partido para 2008 que repense a declaração e lance novos rumos para a luta social e política da esquerda.
Ontem à noite, por um momento, fui tomada de um sentimento de nostalgia por algo que, na verdade, não vivi. Sentados na platéia, na sede da ABI – Associação Brasileira de Imprensa – no Rio de Janeiro, muitos representantes de uma parte da história do país, dentre eles, Givaldo Siqueira, Arnaldo Jordy, Gildo Marçal Brandão, Gisele Santoro, Sergio Bessermann, Roberto Percinoto, Luiz Antonio Gatto, o Granja e muitos outros. Nomes desconhecidos para a maioria dos brasileiros, mas responsáveis por estarmos aqui hoje, ouvindo tudo isso sem que uma tropa militar entre prendendo a todos sob a acusação de prática subversiva. Na mesa, Armênio Guedes – ele e Jacob Gorender são os únicos redatores da Declaração que ainda estão vivos – do alto de seus 90 anos e memória espantosa, fez um apanhado geral, com riqueza de detalhes sobre a história do partido e pessoas muito importantes que passaram por ele, mais os fatores que levaram ao documento e ainda o que ele imagina que mudou desde então. Ao seu lado, Stepan Necerssian, presidente da Fundação Astrojildo Pereira.
Mais tarde tive o privilégio de sentar à mesma mesa (foto acima) na Cinelândia, no tradicionalíssimo Bar Amarelinho, com Arnaldo Jordy (deputado estadual em Belém), Percinoto (presidente do partido no Rio) e Luiz Antonio Gato (membro histórico do partido), além deles estávamos eu, Flávio Costa (amigo e militante do PPS no RJ), Anderson Martins (da liderança do partido em Brasília) e Lairson Giesel (responsável pelo portal do partido na internet). Ouvindo-os, me convenci de que havia uma época em que as coisas eram, pelo menos, muito mais animadas.
Outro dia o Flávio (meu mais novo amigo de sempre) me perguntou onde eu enxergava algumas “sincronicidades” da vida conforme escrevi no texto sobre o filme do Michael Moore. O problema é que, pra falar a verdade, acho que às vezes estou embriagada. Meu pai sempre me disse isso, que a política era uma cachaça. E é. Mas não a política das alianças escusas, negociatas, troca-trocas, falo do exercício dialético mesmo de exercer o lado nobre da política e mais, do exercício profundo de amor à humanidade. Eu acho que fico, às vezes, embriagada desse sentimento e enxergo em tudo, uma rede conectada, uma sucessão de acontecimentos que parecem ter uma ligação. Estar naquela mesa com essas pessoas me fez um bem danado. Ouvir esse caras – testemunhas oculares de momentos em que somente alguém que estava lá poderia dizer como foi – contarem essas histórias foi simplesmente inspirador.
O Stepan Necerssian acaba de dizer algo muito verdadeiro observando tantos companheiros aqui com bem mais de 70 anos, “ser comunista, além de deixar as pessoas muito mais interessantes, conserva e faz bem pra saúde”. Eu concordo plenamente.
Ontem à noite, por um momento, fui tomada de um sentimento de nostalgia por algo que, na verdade, não vivi. Sentados na platéia, na sede da ABI – Associação Brasileira de Imprensa – no Rio de Janeiro, muitos representantes de uma parte da história do país, dentre eles, Givaldo Siqueira, Arnaldo Jordy, Gildo Marçal Brandão, Gisele Santoro, Sergio Bessermann, Roberto Percinoto, Luiz Antonio Gatto, o Granja e muitos outros. Nomes desconhecidos para a maioria dos brasileiros, mas responsáveis por estarmos aqui hoje, ouvindo tudo isso sem que uma tropa militar entre prendendo a todos sob a acusação de prática subversiva. Na mesa, Armênio Guedes – ele e Jacob Gorender são os únicos redatores da Declaração que ainda estão vivos – do alto de seus 90 anos e memória espantosa, fez um apanhado geral, com riqueza de detalhes sobre a história do partido e pessoas muito importantes que passaram por ele, mais os fatores que levaram ao documento e ainda o que ele imagina que mudou desde então. Ao seu lado, Stepan Necerssian, presidente da Fundação Astrojildo Pereira.
Mais tarde tive o privilégio de sentar à mesma mesa (foto acima) na Cinelândia, no tradicionalíssimo Bar Amarelinho, com Arnaldo Jordy (deputado estadual em Belém), Percinoto (presidente do partido no Rio) e Luiz Antonio Gato (membro histórico do partido), além deles estávamos eu, Flávio Costa (amigo e militante do PPS no RJ), Anderson Martins (da liderança do partido em Brasília) e Lairson Giesel (responsável pelo portal do partido na internet). Ouvindo-os, me convenci de que havia uma época em que as coisas eram, pelo menos, muito mais animadas.
Outro dia o Flávio (meu mais novo amigo de sempre) me perguntou onde eu enxergava algumas “sincronicidades” da vida conforme escrevi no texto sobre o filme do Michael Moore. O problema é que, pra falar a verdade, acho que às vezes estou embriagada. Meu pai sempre me disse isso, que a política era uma cachaça. E é. Mas não a política das alianças escusas, negociatas, troca-trocas, falo do exercício dialético mesmo de exercer o lado nobre da política e mais, do exercício profundo de amor à humanidade. Eu acho que fico, às vezes, embriagada desse sentimento e enxergo em tudo, uma rede conectada, uma sucessão de acontecimentos que parecem ter uma ligação. Estar naquela mesa com essas pessoas me fez um bem danado. Ouvir esse caras – testemunhas oculares de momentos em que somente alguém que estava lá poderia dizer como foi – contarem essas histórias foi simplesmente inspirador.
O Stepan Necerssian acaba de dizer algo muito verdadeiro observando tantos companheiros aqui com bem mais de 70 anos, “ser comunista, além de deixar as pessoas muito mais interessantes, conserva e faz bem pra saúde”. Eu concordo plenamente.
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Quem quiser ver outro relato sobre esse momento - aliás, como sempre, muito bem escrito - acesse: http://prenhederazao.blogspot.com/2008/03/ali-na-cinelndia.html (beijão Flávio!)
2 comentários:
Juliana,
Como foi bom ler seu texto, como foi bom conhecer seu blog, como é bom saber que você é nossa companheira.
Um beijão.
Goethe
Obs.: As pessoas não entendem porque tenho a alegria e a confiança na juventude e na sua imensa capacidade renovadora, e as muitas vezes, duvido dessa crença, todavia, quando encontro pessoas com Juliana, Flávio, Lairson, Anderson, Copo e outros minhas dúvidas se vão e a certeza num futuro melhor se confirmam.
Se a política é uma cachaça: nos embriaguemos!!!
Um beijo grande!
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