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segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Stepan: Gabeira é a vitória do "eu tô falando" sobre o "eu tô pagando"

Por: Tuca Pinheiro

A ascensão do candidato a prefeito do Rio de Janeiro Fernando Gabeira (PV-PPS-PSDB) “é a vitória da campanha do ‘eu tô falando’ sobre a campanha do ‘eu tô pagando’”, segundo definição do vereador Stepan Nercessian (PPS), que pleiteia a reeleição. O ator usou a paródia com o programa humorístico “Zorra Total”, da TV Globo – no qual ele mesmo atua – para explicar que os demais concorrentes estão usando a máquina administrativa e muito dinheiro na briga por votos.

“O (Marcelo) Crivella foi com a igreja; a Solange Amaral (apoiada pelo prefeito César Maia), com a Prefeitura, e o Eduardo Paes, com o governo do Estado e o governo federal”, lembrou Stephan. Por isso mesmo, acrescenta, é que a subida de Gabeira nas pesquisas de opinião pública “é extremamente significativa sob todos os pontos de vista, tanto político quanto eleitoral, porque o Rio está escolhendo alguém que não entrou no jogo dessa campanha de ostentação de riqueza”.

Fernando Gabeira, diz Stepan, optou por “uma campanha independente, que se transformou em uma onda, e as chances de ele chegar ao segundo turno são grandes”. Na avaliação do ator e vereador, ter Gabeira à frente da Prefeitura do Rio “é a possibilidade de uma redenção da nossa cidade, de devolvê-la à era da modernidade, de onde nunca deveria ter saído”.

Um grupo de artistas liderado por Eduardo Moscovis e a apresentadora Cynthia Howlett organizou um ato de apoio a Gabeira na praia do Arpoador. O encontro ocorreu domingo, com a participação de figuras conhecidas, como Cissa Guimarães, o roteirista Moacyr Góes e o cineasta Flávio Tambellini, entre outras.

Última pesquisa Datafolha para a prefeitura do Rio mostra que Eduardo Paes (PMDB) foi de 26% para 29%, Marcelo Crivella (PRB) manteve 18%, Gabeira subiu de 11% para 15%, e Jandira Feghali (PC do B) permaneceu com 13%. A margem de erro é de três pontos, para mais ou para menos.

Jornal proibido

Stepan disse que o Rio está sitiado por milícias, pelo crime organizado e por falsos policiais. Atribuiu a interceptação do jornal Extra nas bancas da Baixada Fluminense e de Niterói a políticos que pertencem a organizações criminosas. “Está vindo à tona uma situação que eu denunciei há três anos: que o crime organizado estava formando bancadas nas assembléias, na Câmara, e está querendo dominar realmente a cidade; não está de brincadeira”.

Quem perdeu foi o Rio, adverte Stepan, “foi o cidadão de bem, o contribuinte; porque a cidade está na mão deles (dos criminosos)”. O vereador classificou a situação de gravíssima.

Stepan está animado pedindo voto em todo o município. “Vou ter voto nas 96 sessões eleitorais; estou torcendo para ter uma votação expressiva, até para mostrar aos outros candidatos que se pode conseguir votos agindo corretamente e ter o reconhecimento da população, sem a necessidade de usar máquina administrativa e ostentar poder e dinheiro”.

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