"Se não estás prevenido ante os meios de comunicação, te farão amar o opressor e odiar o oprimido" Malcom X

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Colchetes

O texto abaixo, a Paulinha postou no blog dela e eu achei que vale pra todos nós, amantes dessa arte de contar histórias... O que mais gosto na observação do Lucas, é que, de fato, não é simples reproduzir uma emoção. Só quem vive, sente, pode saber mesmo como é, já que é impossível fazer outra pessoa sentir o que você está sentindo. Essa arte de colocar uma história no papel muitas vezes com o intuito de sensibilizar, de tocar, no entanto, é justamente o que estamos perdendo ao longo do tempo. Numa profissão tão nova (pelo menos de forma regulamentada), estamos perdendo esse "feeling", jornalistas estão se tornando meros reprodutores dos desejos e orientações políticas de seus patrões... infelizmente. Mas para nós (românticos?), ainda vale a pena.
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Por Lucas Doca

Muitas pessoas me perguntam o porquê de ter escolhido o jornalismo. Pessoas que devem perguntar o mesmo pra qualquer outro cidadão, independente da profissão dele.
Respondo muitas respostas diferentes, que no fundo querem dizer a mesma coisa: quero contar histórias. Não qualquer história, as grandes histórias que permeiam a vida de todo mundo. Cada um tem momentos incríveis, lados impressionantes da vida que só seus olhos e seus corações capturaram. É mais que isso. Fazer a diferença com essas histórias. Mudar alguma coisa, pequena que seja.
O engraçado é que eu podia fazer isso em um bocado de profissões, algumas até muito melhor preparadas para isso que o jornalismo. Por que não ser escritor? Cineasta? Músico? Artista plástico? Qualquer atividade onde a expressão não seja regrada por normas da verdade absoluta, da imprecisão imparcial de todos os lados.
A verdade é que o jornalismo caiu de pára-quedas em mim, nas minhas promessas.
Do jeito mais inesperado, bobo e sentimental que existe.

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