"Se não estás prevenido ante os meios de comunicação, te farão amar o opressor e odiar o oprimido" Malcom X

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Sua marca na Terra



Você já parou para pensar que a forma como vivemos deixa marcas no meio ambiente? É isso mesmo, nossa caminhada pela Terra deixa “rastros”, “pegadas”, que podem ser maiores ou menores, dependendo de como caminhamos.

O link para o Pegada Ecológica da WWF já faz parte deste blog há um tempão, mas é sempre bom reforçar. Vc sabe o impacto que vc provoca no planeta? Então, vai lá!

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

CASO LINA & DILMA

Falando de jornalismo, comunicação e liberdade, posto aqui o texto de Maurício Caleiro, do Observatório da Imprensa, que avalia a cobertura e a conduta jornalística de um dos maiores jornais do país, a Folha de SP.

Ontem, conversando com Sérgio Murilo, presidente da Fenaj, atentei para um aspecto da questão "Diploma x STF" para o qual ainda não tinha prestado tanta atenção. À despeito de ainda achar que o diploma não é o tema mais importante a ser discutido pela categoria que, dentre outras coisas, se prepara para uma difícil Conferência Nacional de Comunicação em dezembro, reconheço agora, a partir da fala dele ontem no auditório do Unicesp e da leitura de textos como esse do Maurício que postei abaixo, que a exigência do diploma pode ser a única garantia possível de qualidade, isenção e credibilidade na construção de um texto jornalístico (que é de fato muito diferente de um texto de opinião).

O texto mostra como o diploma, caso da maioria dos jornalistas da Folha, não garantiu que esses observassem o mínimo que é ensinado nos bancos acadêmicos: apuração antes da publicação, não omissão de detalhes importantes para a compreensão dos fatos, dentre outros. Vale como uma aula de anti-jornalismo. Mas, concordo que, sem diploma, pode ficar bem pior.




Folha, omissão e manipulação


Por Maurício Caleiro em 25/8/2009


Três episódios de extrema gravidade, analisados em detalhes neste Observatório, marcaram a conduta do jornal Folha de S.Paulo este ano: o emprego do neologismo "ditabranda" em editorial, para se referir ao regime militar que vigorou de 1964 a 1989; o ataque verbal do diretor de Redação Otavio Frias Filho aos professores Maria Victoria Benevides e Fábio Konder Comparato; e, pior, a utilização de ficha policial falsa da ministra da Casa Civil e pré-candidata do PT à presidência, Dilma Rousseff, em matéria sobre um sequestro que nunca ocorreu – resultando no que a professora de Jornalismo Sylvia Moretzsohn, neste mesmo OI, classificou como "um dos casos mais graves da história recente do nosso jornalismo – ou, pelo menos, um dos casos mais graves tornados públicos".

Nascido como denúncia nas próprias páginas da Folha, o "caso Lina Vieira" talvez mereça figurar nessa lista que documenta a decadência de um dos órgãos de imprensa que um dia encarnou as esperanças de aprimoramento das posturas jornalísticas no país. Tal dúbia glória deve-se não apenas aos detalhes do caso, que pouco a pouco vão sendo revelados e suscitam suspeitas de que se trate de uma grande armação, mas, de forma indubitável, à cobertura que o jornal vem dispensando ao assunto.

A edição da Folha de terça-feira (19/8), que abordou o depoimento da ex-secretária da Receita Federal à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, foi particularmente questionável, por apresentar omissões gritantes e por adotar, uma vez mais, uma série de procedimentos jornalísticos inaceitáveis num órgão que se pretende pluralista.

"Não me senti pressionada"

"Não é o primeiro episódio na história recente do país em que um clima de escândalo sobe a uma temperatura máxima, alimentado por fatos que são o centro das atenções políticas por semanas até que sumam no ar como fumaça. Nesse caso, depois do depoimento de Lina na Comissão de Constituição e Justiça do Senado, anteontem, e de inúmeros indícios apontados por apoiadores e detratores, a pergunta que vem à cabeça dos acompanhantes mais atentos da cena política é: qual é mesmo o crime?" – perguntou, no jornal Valor, a editora de opinião Maria Inês Nassif.

É precisamente o que ocorre não apenas com o "caso Lina", mas com a cobertura a ele dispensada: atingiram um ponto tal que, antes de mais nada, convém lembrar qual é exatamente a acusação que paira sobre Dilma Rousseff. Ela teria se encontrado com a ex-secretária da Receita e pedido agilidade em inquérito contra Fernando Sarney, filho do presidente do Senado, José Sarney, este então sob a ameaça de ser deposto pela Comissão de Ética da presidência do Senado. Segundo declarara inicialmente, Lina interpretou o pedido como uma senha para arquivar o processo. Essa era a acusação inicial.

Porém, em seu depoimento ao Senado, a ex-secretária, não obstante ter confirmado o encontro – sem, no entanto, apresentar qualquer prova material ou indício incontestável de que este ocorrera –, negou ter interpretado o pedido de agilidade alegadamente feito por Dilma como senha para encerrar o caso: "Eu entendi, das palavras da ministra, que resolvesse logo as pendências, que desse celeridade ao processo, não me senti pressionada pela ministra"; e "a ministra disse para agilizar a fiscalização do procedimento contra o filho de Sarney, mas, de forma alguma, o pedido foi para não investigar o filho de Sarney. Foi apenas para dar agilidade", declarou ela.

Mas o leitor da Folha de S.Paulo no dia seguinte ao depoimento simplesmente não teve acesso a essa declaração. Todos os textos relativos ao caso – um editorial, uma coluna de opinião e a matéria jornalística em si – são apresentados sem levar em conta esse momento-chave do depoimento.

Omissão e distorções

Os problemas começam já no editorial, intitulado "Persiste a dúvida", que produz uma pérola de humor involuntário ao afirmar contraditoriamente que "o depoimento da ex-secretária da Receita, ontem no Senado, manteve todas peças no tabuleiro. Lina Vieira não trouxe elementos que provassem o encontro reservado que alega ter mantido com Dilma Rousseff, para tratar de uma investigação fiscal contra familiares de José Sarney".

O texto não deixa de trazer, no entanto, embutido em sua argumentação, as consequências dos desdobramentos do dia anterior e, significantemente, a impossibilidade de encaminhar a acusação pelo caminho anteriormente adotado – de alegada interferência de Dilma para ajudar Sarney: "A prática de realizar encontros reservados de governo não pode ser condenada por princípio (...). Pode-se argumentar, do mesmo modo, que um pedido feito por um ministro para `agilizar´ – desde que o sentido implícito não seja o de `encerrar´ – certo processo não configuraria falta grave". Então, em que resultaria o problema? Segundo o editorialista – em outro ato falho revelador – na "acusação, esta politicamente grave, de [Dilma] ter mentido".

Na outrora nobre página A2, a coluna de Fernando Rodrigues afirma que "quem acusa é Lina Vieira, integrante dos quadros do próprio governo. Não se trata de alguém da oposição, um de fora". Do ponto de vista jornalístico, há um problema gravíssimo nesse "argumento": ele não informa o leitor que o tal "quadro" fora demitido de uma alta função – a mais alta que alcançara em sua carreira – e que dera demonstrações públicas de contrariedade pela demissão. Omissão ainda mais grave, deixa de noticiar que Lina fora demitida alegadamente por ninguém menos do que a pessoa que ela agora acusa, Dilma Rousseff. Ou seja, a argumentação de Rodrigues depende da sonegação de uma informação essencial, que explicitaria motivação para uma vingança de Lina contra Dilma.

"Ou mentiu à Folha ou mentiu aqui"

O colunista também não foi capaz de – ou não quis – apurar outra suspeita de primeira ordem, contrária à tese que desenvolve na coluna, e que viria a público na mesma quarta-feira, sendo confirmada no dia seguinte no blog Entrelinhas, de Luiz Antonio Magalhães: a revelação de que o marido de Lina, Alexandre Firmino de Melo Filho, fora ministro da Integração Nacional durante a presidência de Fernando Henrique Cardoso por quase um ano e, como sócio da agência de marketing político dois.a, tem ligações de longa data com a prefeita de Natal, Wilma de Faria (PV-RN) e com o senador Agripino Maia (DEM-RN), um dos líderes da ofensiva denuncista da oposição contra José Sarney (PMDB-AP) e, agora, contra Dilma. Convenhamos, para quem convive há tempos com o poder brasiliense e já foi um dos melhores repórteres investigativos do país, é uma sequência e tanto de "barrigas" – que põem por terra sua alegação de isenção funcional de Lina.

E há, por fim, o que deveria ser a matéria jornalística relativa ao depoimento na CCJ, intitulada "Lina vê `pedido descabido´ de Dilma e detalha reunião" e assinada por três repórteres. A única concessão que fazem é reconhecer que "a ex-secretária não levou provas nem forneceu a data da audiência". O resto da matéria reproduz falas de impacto de Lina – como "Não mudo a verdade no grito. Nem preciso de agenda para dizer a verdade. A mentira não faz parte de minha biografia" –, relata detidamente a atuação da bancada governista (mas se omite em relação à da oposição) e comete o ato falho de "entregar" que Lina reconhece que, no depoimento que dera ao jornal em 9/8, "apenas confirmou informações que a Folha apresentou a ela".

Utiliza-se, ainda, do pior truque empregado pelo jornal na cobertura: publica uma declaração que Lina dera anteriormente como se se tratasse de parte de seu depoimento ao Senado: "Na minha interpretação, o pedido de agilizar a fiscalização do filho do presidente Sarney foi para encerrar a fiscalização." Ou seja, exatamente o contrário do que ela afirmou aos senadores. Na CCJ, essa mesma contradição entre o que ela havia dito ao jornal antes e o que declarou aos parlamentares foi sublinhada pela senadora Ideli Salvatti (PT-SC), que interveio: "A senhora já disse a vários senadores que não entendeu [a ordem de Dilma] como pressão. Ou a senhora mentiu para a Folha ou a senhora mentiu aqui."

Acusação sem bases

Porém, esse é um caso em que, desde o início, foi invertido o princípio básico do Direito segundo o qual o ônus da prova cabe ao acusador. Mesmo Lina tendo sido incapaz, em cinco horas de depoimento à CCJ, de produzir uma prova sequer de que o encontro ocorrera, a personagem suspeita de mentir, é, para a Folha, Dilma. Não só o já citado editorial explicita isso, mas o título da coluna de Fernando Rodrigues faz ilusão à ministra: "A mentira como imagem". O colunista Elio Gaspari, em outra ocasião, vai mais longe e, proclama, baseado em não se sabe em quê, que "a ministra Dilma Rousseff tem uma relação agreste com a verdade". Se o caro leitor entendeu o que o historiador revisionista quis dizer, por favor, nos informe.

O governo, por seu lado, nega de forma peremptória a ocorrência do encontro. Não só o de ordinário recluso secretário de Comunicação Social, Franklin Martins, deixou-se entrevistar por jornalistas em Rio Branco (AC) para renegá-lo, uma vez mais, mas o próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva deixou a liturgia do cargo e desafiou Lina a provar o contrário. Para Ricardo Kotscho, que precedeu Martins na função, o maior erro cometido pelo governo até agora teria sido "entrar na da mídia" e sair a público para desmentir o encontro – e não só porque, como já citado, caberia aos acusadores provar que ele de fato ocorreu, mas porque a atitude defensiva do governo lançou suspeitas e reinflamou o debate.

Luis Nassif, no entanto, vê o caso por outro ângulo e recoloca uma questão essencial: "E se o encontro não ocorreu? Dilma deveria endossar metade da mentira [de Lina] para desqualificar a segunda metade, de que teria feito pedidos indevidos à ex-secretária?" Figuras-chave do governo se exporiam dessa maneira e viriam a público asseverar a inexistência do encontro e desafiar Lina a provar sua ocorrência se não tivessem a certeza de que ele não ocorreu? Não se sabe a resposta para estas perguntas, mas é importante registrar que o leitor da Folha não as encontra no jornal, a não ser na forma de acusação afirmativa e unilateral sem bases que a comprovem.

Tratamento diferenciado

Como se vê, o "caso Lina" tem ramificações várias e é mais complexo do que à primeira vista aparenta. Outra questão essencial que permanece sem resposta é por que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, nomeou para secretária da Receita Federal – um cargo de confiança e estratégico, inclusive do ponto de vista da segurança institucional – a esposa de um ex-ministro de FHC e político ligado ao DEM, contra o qual a Procuradoria da União move ação por suposto desvio na Sudam, cujo rombo total chega a R$2 bilhões?

Uma consulta ao banco de dados da Folha de S.Paulo revela que Lina Vieira recebeu, durante sua gestão de menos de um ano à frente da Receita Federal – e notadamente logo após ser demitida –, tratamento diferenciado por parte do jornal em relação ao que o diário comumente dispensa ao segundo escalão do atual governo: criou-se a imagem de uma secretária eficiente, diligente na defesa de interesses corporativos e disposta a combater, como nunca antes neste país, os grandes sonegadores.

Interrogar a razão de tal tratamento face às práticas jornalísticas questionáveis que marcam a cobertura que a Folha faz do "caso Lina" pode vir a ser uma linha de investigação interessante sobre as ligações entre o jornal, o poder e a oposição.


Learning to fly

A única amarra que temos
para nossa inata liberdade,
é a que criamos mentalmente
com o peso do mundo
que
colocamos
sobre nós.

Mara Gabrilli



Sou leitora e assinante da TPM (a Trip para Mulheres) há anos e uma das colunas que mais gosto de ler é a da vereadora paulista Mara Gabrilli.

Acho a TPM - na categoria entretenimento - uma revista inteligente, sem afetação, informativa e que fala de tudo um pouco de uma maneira bacana... mas a coluna da Mara é realmente uma das coisas mais surpreendentemente lindas que tenho a oportunidade de ler sempre que posso. Não é porque ela é uma tetraplégica que vive mostrando o quanto é possível fazer, mudar, querer, mas porque ela é diferente mesmo, fala de inclusão de uma forma realista, mas com humor e sem mistérios.

Aí me deparei com essa matéria com o Alfredo, o namorado dela, de quem eu sempre ouvi falar mas nunca tinha visto fotos, ou sabido muito mais do que ela mesmo, Mara, de vez em quando deixa escapar na coluna da TPM. Lendo, é possível saber um pouco mais sobre como o amor, sentimento tão real quanto estarmos vivos, é capaz de ultrapassar até paradigmas tão aclamados pela mídia, como um corpo escultural, roupas da "última moda" e outros valores meramente passageiros e tão aceitos como imprescindíveis em nossa sociedade.

A gente ainda tem muito o que aprender sobre nossa condição humana. Aconselho a todos correrem o Google atrás de idéias e notícias sobre Mara Gabrilli e se surpreenderem com o que somos capazes. E, mais, no quesito políticas públicas (para os interessados no tema), Mara vem dando uma aula de acessibilidade e inclusão na maior metrópole da América Latina. Politicamente indispensável.

sábado, 22 de agosto de 2009

Panis et circenses

Ontem à noite, ouvi uma expressão que me fez chorar de rir (bom, acrescente-se aí umas boas doses de cevada). No entanto, a situação é, infelizmente, pra chorar: "o drama do Mercadante hoje, é pior que a coroa de espinhos de Jesus Cristo". E é.

Sempre que algum descrente da boa política me pergunta a velha máxima: "me aponte pelo menos 13 políticos que prestem, nesse universo de 513 corruptos", um dos que primeiro me vêm à mente, é o Senador Mercadante. Posso hoje, mais do que ontem, dizer isso com certeza. Não pelo pronunciamento dele, lamentavelmente voltando atrás no que antes afirmou ser irrevogável, mas por uma informação recebida de uma pessoa que considero na minha escala máxima de honestidade e seriedade, que me garantiu que trabalhou com ele e que ele é mesmo um político e um homem sério. Afirmou ainda que, conhecendo-o pessoalmente, sente que esse processo todo, provavelmente o está dilacerando internamente, muito mais do que é perceptível publicamente.

Com o desgaste incalculável que ele optou por enfrentar ontem, em nome da governabilidade, em nome do Lula e em nome do PT, não posso deixar de dizer que o cenário para 2010 é agora impossível de prever. Se me perguntassem na semana passada, eu diria que a Dilma seria a sucessora natural de um governo que tem ampla aprovação da maioria da população. Hoje, não tenho mais a menor idéia do que vai acontecer. Colocando na balança ainda a total e absurda falta de tato dele, Mercadante, e dela, Dilma, no episódio com Lina Vieira, a coisa toma proporções inimagináveis. Acho que o único que consegue perceber isso, de fato, é o presidente Lula que, com uma carta, conseguiu tornar menos pior uma crise que já vem cheirando mal há semanas.

Uma coisa é certa: voltamos à 88, voltamos à estaca zero. Todos já provaram do poder e os dois lados, a esquerda e a direita (ainda que hoje esteja difícil distinguí-las), conseguiram demonstrar como atuam com a máquina nas mãos. É hora de saber qual modelo político é o preferido da sociedade brasileira. Ou ainda, se alguém pode propor algo diferente do que já vimos até agora. Pessoalmente, acho difícil. Até porque, é bom lembrar, as instituições estão vivendo uma crise de credibilidade nunca antes experimentada, que vem colocando contra a parede até a nossa - tão cantada em verso e prosa - "democracia" representativa.

Antes de tudo isso, já vinha sendo surpreendente o "corajoso" apoio (no quesito: "sem medo de se enterrar na lama até o pescoço"), do PT à Sarney, em função da mesma governabilidade e da óbvia possibilidade de apoio do PMDB (uma verdadeira máquina de fazer votos), à campanha de Dilma Roussef. Lembrando que é o apoio do novo PMDB, não do velho (leia-se: Pedro Simon).

A novidade - que muda todo o cenário - da semana, é agora, o anúncio da saída de Marina Silva do partido e sua provável filiação ao PV e possível candidatura à presidência.

Minhas ressalvas pessoais à figura da ex-ministra estão ligadas somente à sua devoção máxima à uma corrente das igrejas evangélicas da qual realmente tenho pavor (me perdoem os adeptos). Vejam, não estou falando da igreja em si, mas sim do gradual avanço desta sobre setores da vida política do país. Porque, na minha concepção, o Estado é laico, portanto, essa "mistura", perigosa. No entanto, essa é a única ressalva que tenho à ela, que também é outra pessoa de quem tenho informações de amigos próximos que corroboram sua conhecida e maravilhosa biografia. E a vida pessoal e política de Marina Silva é um modelo sim, falem o que quiser.

No texto abaixo, a jornalista Barbara Gancia, colunista da Folha, traduziu bem a aura que envolve Marina nesse momento e tudo que está sendo dito à respeito dela. Acrescento ainda um comentário que vi no blog da Manu, a deputada Manuela D´Ávila, que falou na falta de argumentação política, em especial quando Marina declara que o Governo Lula não tem sensibilidade com as causas sociais, justamente e talvez a única coisa que ele tenha de bom. O texto da Barbara, vale também como análise da semana. A coisa anda feia no Planalto Central.


Juliana Medeiros, repórter de rádio em Brasília.



Uma Heloísa Helena de verdade

A semana avançou e Dilma foi ficando pelo meio do caminho. Seu prestígio, que já tinha levado um belo tombo, tomou o rumo da porta dos fundos quando os senadores governistas resolveram aceitar a versão “light” dos fatos, de que a ex-chefona da Receita, Lina Vieira, estivera, sim, com a ministra, mas que ela não havia pedido privilégios especiais à família Sarney. E acabou indo para o espaço sideral quando o presidente Lula brecou a divulgação de nota preparada pela ministra-chefe da Casa Civil, em que ela daria sua versão sobre o affair envolvendo Lina Vieira.

Não é só o fato de que Dilma agora ficou marcada como mentirosa, de que não tenha jogo de cintura ou nem mesmo carisma. Não. O que ela não parece ter é paixão, é vontade do fundo do âmago do ser íntimo de ser candidata. A impressão que dá é que ela está lá apenas desempenhando o seu papel de forma burocrática porque o presidente pediu, porque o PT não tem outra opção.

Mas veja como o mundo é redondo. Justo quando Dilma é pega numa mentira grave (aliás, duas, se contarmos a lorota do diploma), exatamente na semana em que o abscesso do PT é lancetado no julgamento de um aliado tão improvável quanto José Sarney, jorrando o pus do clientelismo para todo lado e deixando claro que o processo infeccioso chegou a níveis insuportáveis -o senador Arns que o diga-, surge a figura beatificada de Marina Silva para resgatar uma utopia que já foi monopólio do partido.

O ex-ministro dos Transportes, Mário Andreazza, costumava dizer que nunca se deve trabalhar com idealistas porque com eles não há acordo possível. Faz sentido que ele dissesse isso, não? Pois o PT se deteriorou por conta de suas próprias contradições, e das cinzas surgiu essa figura impoluta, sem posses, sem um escândalo que lhe marque a trajetória, sem fome de poder, com vontade apenas de expor seus ideais, professora e humanista que não cede ao populismo.

Com sua cara de brasileirinha barrada no baile, do ponto de vista pedagógico Marina Silva representa a bandeira que o mundo quer ver o Brasil hastear. Alfabetizada no Mobral, contaminada por metais pesados, vítima das doenças da floresta, alguém que percorreu uma estrada muito similar à de Lula, só que sem a mácula do sindicalismo, o que ela pensa sobre sustentabilidade e o ambiente faz todo o sentido em um país que possui 60% do que resta de hectares “plantáveis” no mundo.

Que se dane se santa Marina não tem um nome para o Banco Central, ideias claras (ou qualquer ideia) sobre a economia e que seja adepta do criacionismo, que nega as teorias de Darwin, não é mesmo? E, para os eleitores que andam aderindo a essa maldição da pregação purista, que está dando à lei antifumo de Serra perto de 80% de aprovação, ou para o cara-pintada dormente que não faz parte da vendida UNE e que está cheio de ficar gritando “Fora, Sarney” na internet para ninguém ouvir, Marina Silva é uma Heloísa Helena de verdade, um Cacareco não avacalhado, o voto de protesto que dignifica.

Definitivamente, não foi a melhor semana da vida da ministra Dilma ou do PT.


Barbara Gancia, colunista da Folha de SP.


E o outro lado do balcão, é bom?

No blog do Jorge Antonio Barros, um jornalista que cobre segurança pública, tem um link bem interessante para fazermos uma reflexão de como é ruim estar "do outro lado do balcão". Até eu cheguei a pensar, ainda que TV não seja nem de longe meu veículo preferido, o quanto seria bacana trabalhar num programa como o CQC com todas aquelas cenas de constrangimento produzidas quando um repórter faz um político (vítima preferencial do programa) cair em contradição. Até ver o vídeo O dia da caça produzido pelo Jorge.

O fato é que ele ganharia fácil o troféu de chato e invasivo do ano com a insistência em entrevistar o pessoal da equipe e filmar o Rafael Cortez (num dia de mau humor), integrante do CQC que, aliás, está na lista de links indicados deste blog.

Então, quando observamos os pupilos do Marcelo Tas correndo literalmente atrás da notícia, com microfones na mão, insistindo para que celebridades e políticos caiam em ciladas e se tornem vítimas de edições maliciosas que tornam qualquer coisa que eles digam, ou façam, uma comédia, esquecemos de pensar (talvez porque a maioria dos entrevistados seja de políticos e estes andam em baixa ultimamente), o quanto deve ser incômodo estar do outro lado.

Dá pra suscitar um bocado de debates sobre liberdade de expressão, limites da imprensa, direitos autorais, liberdades individuais...

E o texto do JAB, introdutório ao video, também vale a pena ser lido, até pra entender um pouco mais o contexto e o quanto ele foi bacana em disponibilizar, a pedido do próprio Rafael, apenas uma versão editada das imagens.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Soninha fala sobre a COP15

A 15.ª Conferência das Partes acontece entre os dias 7 e 18 de dezembro de 2009, em Copenhagen, Capital da Dinamarca. O encontro é considerado o mais importante da história recente dos acordos multilaterais ambientais pois tem por objetivo estabelecer o tratado que substituirá o Protocolo de Quioto, vigente de 2008 a 2012.




A subprefeita de SP, Soninha Francine, conversou com a Rádio Cultura FM sobre a importância da conferência e deu dicas sobre como cada um pode contribuir para a preservação do meio ambiente.


Ouça aqui:




Ah, o amor...

Saindo, quentinho, do forno, a nova produção de Michael Moore. Pelo trailer, dá pra ver que ele pode superar Tiros em Columbine e Sicko.






O capitalismo é ou não uma comédia?

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Sobre o debate ontem

Uma das discussões que tive com alguns professores do curso de jornalismo foi de que, em alguns momentos, faltei as aulas para participar de eventos como o que aconteceu ontem no auditório da Fenajufe (promovido pelo Sindicato dos Jornalistas, sobre o diploma e a decisão do STF). E mais, eu achava que eles deviam estimular que todos os alunos também fossem.

Para mim, na dinâmica do aprendizado jornalístico, é fundamental inserir experiências mais do que "pedagógicas", mas fundamentais para o exercício da profissão e para o exercício de pensar o papel do jornalismo.

Tem sido assim, por exemplo, nas audiências públicas que temos tido para discutir a Conferência Nacional de Comunicação. Isso é ou não é importante como atividade complementar para os futuros profissionais que estão na faculdade? Ou ainda, em quê um debate como esse, foge da proposta acadêmica do curso?

A resposta, creio eu, depende muito do professor ter a visão do significado disso. Mas também depende do quanto a universidade pretende que seus alunos sejam atuantes, pensantes, e não meras "vaquinhas de presépio" do mercado.

Alguns velhos companheiros de luta, da década de 70/80 na UnB e outros fóruns, hoje são coordenadores de cursos de comunicação e, curiosamente, não estimulam seus alunos a participarem de nenhum debate. Não consigo encontrar uma resposta exata para isso, mas creio que as pessoas vão mudando e abrindo mão de certos esforços.

Esta não é uma crítica pessoal à ninguém, é uma reflexão de como estar somente dentro da sala de aula, ao invés de estar em um debate como esse, pode significar conduzir o aluno para o ostracimo intelectual que tanto serve aos futuros patrões e donos das mídias.

Falando no debate ontem, achei que o Hélio Doyle deu uma aula, em especial quando disse (se contrapondo aos que falaram antes defendendo a necessidade do diploma), que não acha nenhuma "tragédia" ter acontecido isso e que ele não acredita que vai se iniciar uma "invasão" de pessoas sem qualificação nas empresas, porque, para começar a pensar na queda da qualidade da informação, temos que pensar se existe hoje um nível considerável de qualidade, ou seja, como ele mesmo disse, "não dá pra cair mais". Eu, concordo. É só pegar qualquer jornal disponível hoje nas bancas (com raras exceções) e ver o festival de assassinatos à língua mãe, sem falar nas notícias "bomba" (e sem apuração...) que depois morrem como se nunca tivessem existido (ditabranda, ficha da Dilma, boxeadores cubanos, etc).

Ele ainda frisou que defende o curso, mas que o debate necessário é sobre a qualidade deles. E, no meu entendimento, matou a questão quando afirmou que, comparando a formação de dois filhos, uma formada em comunicação e o outro ainda estudando ciências sociais, que ele entende que o último estaria mais bem preparado para a profissão. Não tecnicamente, claro, ele explicou, para isso seria necessário um curso de especialização na área de comunicação. Mas, que um sociólogo pode compreender melhor o mundo, isso pode, daí a aprender a "traduzir" para a sociedade como fazem os jornalistas, seria mais fácil. E olha que ele não comentou - e acho que como professor, ele sabe - a profusão de alunos de jornalismo que, simplesmente, não gostam de ler (???).

Eu também defendo essa idéia, de que é necessário rever o curso, o conteúdo, a qualidade, a orientação vocacional para o acesso à ele (já que muitos, pude ver de perto, não deveriam mesmo estar nessa profissão) e, mais, observar a qualificação também dos professores. O entendimento do MEC no tocante à exigência de titulação não é suficiente para qualificar um bom professor de redação jornalística que, por exemplo, jamais tenha pisado numa redação mas seja portador de um doutorado na área. Essa é uma outra boa discussão do assunto.

Uma das afirmações que ouvi ontem, é que a "defesa do diploma é o mesmo que defender a liberdade de imprensa", ora, eu penso exatamente o contrário e o próprio Hélio afirmou com propriedade que defender isso é defender um discurso dos patrões. Até porque antes da seleção do vestibular, existe a "seleção econômica", ou seja, apto mesmo para cursar comunicação hoje, é quem pode se preparar (leia-se: $) no ensino médio para ocupar uma vaga numa federal, ou quem pode pagar depois por uma particular. Então, essa "liberdade" garantida pelo canudo, só vem depois da garantia de que o aluno pode, literalmente, pagar por isso. A meu ver, uma liberdade totalmente questionável.

Também fiquei me cutucando pra entrar na dividida do debate (não pude ficar muito tempo), em relação aos discursos montados para defender a tese do diploma, nascidos da conceituação da relação capital-trabalho. Vi muitos colegas defenderem isso, em função da formação na ala sindical, que eu aliás, respeito. No entanto, eu penso exatamente o contrário, no meu entender, o excesso de regulamentações é que serve ao capital!! Eu sou pela abertura total sim, acredito que ninguém vai manter eternamente numa redação de jornal um semi-analfabeto portador de diploma que, aliás, é o que mais vejo por aí (em diversas profissões, diga-se).

Se eu tivesse tempo, teria também colocado fogo em outro ponto que acho fundamental (e eu já tinha feito um post sobre isso antes), reafimo que nossa pose de "formadores de opinião" precisa ser revista. O fato de termos perdido essa batalha, é a prova de que os jornalistas estão perdendo espaço na guerra de poderes (no sentido "Foucaultiano").

E, pra finalizar, como comecei falando da importância do estímulo dos professores para que os alunos participem desses eventos, parabenizo o Prof. Fábio Lucas, coordenador do curso de comunicação do Unicesp que estimulou ontem que os alunos fossem ao debate. Isso sim, é bacana. Isso sim é sala de aula para o futuro profissional de comunicação. Com ou sem diploma.

Drops de 2010: como forçar a barra por alguns votos

Adoro comer pastel com caldo de cana no Setor Comercial. Além de gostoso e barato, sempre é possível saber alguma novidade interessante, daquelas que você só pode obter num lugar como esse.

Por exemplo, estávamos ontem fazendo um lanchinho rápido num quiosque de uma senhora simpática e onde o pastel é sequinho (leia-se: sem aquela gordura pingando na roupa), quando vimos um relógio de parede com a foto do Arruda ao lado da famosa logomarca verdinha do governador. Fiquei olhando e matutando se isso poderia ser considerado antecipação de campanha quando a senhorinha me revelou que ele "espalhou vários destes nos quiosques do SCS e o "pessoal dele" (sic) disse que a ordem era todo mundo usar, já que os que estivessem com a "marca" seriam os primeiros a receberem a regularização". Hummmm.. entendi.

Ela também contou que "nenhum outro governador olhou para os quiosqueiros antes. Dizem que vão colocar todos com alvenaria, regularizar, entregar documentos...". Perguntada sobre o que eles já tinham que comprovasse a promessa, ela disse que "ainda nada, mas que dessa vez ela estava sentindo que ia dar certo".

Duvideodó que se eu perguntasse isso pra alguém da assessoria dele, iam me confirmar o "objetivo" do mimo dado aos quiosqueiros.

Pergunto: em meio à toda essa confusão sobre a campanha antecipada do Lula/Dilma, esse relógio, pode ou não pode?

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Final de semana consciente


UM NOVO CAMINHAR EM DIREÇÃO A CULTURA CONSCIENTE
UM MOVIMENTO DA ECOLOGIZAÇÃO DE ATITUDES,
CELEBRAR A VIDA E SENTIR O PURO RITMO DA EXISTÊNCIA


Saudações a tod@s! O Puroritmo Festival da Cultura Consciente acontece nos dias 22 e 23 de agosto, no Jardim Botânico de Brasília, uma das maiores Estações Ecológicas do Mundo.


Durante dois dias serão organizadas áreas de gastronomia natural, Saúde Integral, Feira de Ecoprodutos, Oficinas, Palestras, Cinema Ambiental, Estandes de Organizações Socioambientais, Shows, DJs e apresentações artísticas e educacionais.


A abertura do Festival está marcada para as 9h de Sábado, 22 de agosto, com a presença de Instituições Socioambientais de Brasília e Entorno. Aguardamos você!


SERVIÇO

Quanto:
R$ 16 inteira e R$ 8 meia entrada, com carteirinha de estudante ou 1kg de feijão ou farinha de mandioca;
R$ 35 por dia para participar das oficinas, palestras (até 20/08) e entrada - inscrições somente antecipadas, pelo site;
R$ 2 – taxa de visitação diária do Jardim Botânico.

Pontos de venda: A Tribo (105 Norte), Bendito Suco (413 Norte), Greens (302 Norte e 202 Sul) e Loja da Terra (408 Norte).

Informações e programação completa: www.puroritmo.org.br
Festival: 8117 8356 / 8431 7475 • Oficinas: 9964 2048

domingo, 16 de agosto de 2009

Convite aos jornalistas

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do DF convida os colegas jornalistas para participarem do debate sobre diploma e regulamentação da profissão. O encontro será nesta terça-feira, 18 de agosto, às 19h, no auditório da Fenajufe. O objetivo desse encontro é discutir com a categoria quais as ações deveremos encaminhar em defesa de nossa profissão.

Debate sobre o Diploma e o futuro da profissão de Jornalista

Dia: 18 de agosto

Horário: 19h

Local: Auditório da FENAJUFE (SCS Quadra 01, Bloco C, Ed. Antônio Venâncio da Silva, 14° andar).

Com a presença dos professores Luiz Gonzaga Motta, Hélio Doyle e Luiz Martins, da UnB; e Solange Mescouto, da Coordenadoria de Identificação e Registros Profissionais do Ministério do Trabalho.

A Diretoria.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Movimento Fora Sarney em todo o Brasil nas ruas amanhã!

Fora Sarney e todos os corruptos no sábado, dia 15, às 14h em todo Brasil


Em Brasilia - o fora Sarney será em frente à casa do Senador QL 12, 1º
Cj. à direita, única casa no Lago SUL.
Concentração na Catedral.

Em São Paulo - no vão do Masp.

No Rio de Janeiro - no Posto 6 (em frente à rua Souza Lima) .

Em Porto Alegre - no Arco da Redenção.

Em Belo Horizonte - na Praça Sete.

Em Salvador - NO GRAMADO DO MONUMENTO
na Av. Garibaldi.

Em Londrina - em frente ao Banco do Brasil do calçadão.

Em Florianópolis - no trapiche da Beira Mar Norte.

Em Recife - Av. Conde da Boa Vista, em frente ao shopping.

Em Curitiba - no Centro Cívico.

Em Vitoria – em frente ao Shopping Vitória.

Em Natal - na Praça Vermelha, Centro.

São Luís a partir das 9H na praça João Lisboa.
A saída será às 13h (o horário é um pouco diferente por conta da
concentração de pessoas no centro no sábado)

Goiana, - na Praça Universitária.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

MARCHA NACIONAL DA CLASSE TRABALHADORA


DIA 14 DE AGOSTO CONCENTRAÇÃO ÁS 9 HORAS NA TORRE DE TV


Jornada Nacional Unificada de Lutas



Não às demissões. Pela redução da jornada de trabalho sem redução de salários. Em defesa dos direitos sociais



O Brasil vai às ruas no dia 14 de agosto. Os trabalhadores e trabalhadoras do campo e da cidade unidos contra a crise e as demissões, por emprego e melhores salários, pela manutenção dos direitos e pela sua ampliação, pela redução das taxas de juros, na luta pela redução da jornada de trabalho sem redução de salários, pela reforma agrária e urbana, em defesa dos investimentos em políticas sociais, em defesa do monopólio dos Correios e pela Conferência Nacional de Comunicação democrática e popular.



A crise da especulação e dos monopólios estourou no centro do sistema capitalista mundial, os Estados Unidos da América, e atinge todas as economias.

Lá fora - e também no Brasil -, trilhões de dólares estão sendo torrados para cobrir o rombo nas multinacionais, em um poço sem fim. Mesmo assim, o desemprego se alastra, podendo atingir mais de 50 milhões de trabalhadores.



No Brasil, a ação nefasta e oportunista das multinacionais do setor automotivo e de empresas como a Vale do Rio Doce, CSN e Embraer, levou à demissão centenas de milhares de trabalhadores e trabalhadoras.



Aqui no Distrito Federal, o governo Arruda aprofunda a sua política de destruição do estado através da privatização e das terceirizações, a saúde e a educação são tratados como comércio, aos trabalhadores o arrocho salarial e a flexibilização de empregos. Os movimentos sociais são criminalizados pelo Governo local, ao invés do diálogo para resolução dos problemas, a polícia é sempre chamada para tentar intimidar os que lutam por uma vida digna.



O Governo Federal, que injetou bilhões de reais na economia para salvar os bancos, as montadoras e as empresas de eletrodomésticos [linha branca], tem a obrigação de exigir a garantia de emprego para a Classe Trabalhadora como contrapartida à ajuda concedida. Para tanto, cobramos a criação de um Fundo de Desenvolvimento da região Centro Oeste, que permita criar as condições de estabelecimento de indústrias e de comércio, em particular na região do entorno, gerando emprego e renda para os trabalhadores e suas famílias.



O povo não é o culpado pela crise. Ela é resultado de um sistema que entra em crise periodicamente e transforma o planeta em uma imensa ciranda financeira, com regras ditadas pelo mercado. Diante do fracasso desta lógica excludente, querem que a Classe Trabalhadora pague pela crise.



A precarização, o arrocho salarial e o desemprego prejudicam os mais pobres. Nas favelas e periferias. É preciso cortar drasticamente os juros, reduzir a jornada de trabalho sem reduzir salários, acelerar a reforma agrária e urbana, ampliar as políticas em habitação, saneamento, educação e saúde e medidas concretas dos governos para impedir as demissões, garantir o emprego e a renda dos trabalhadores.



Com este espírito de unidade e luta, vamos realizar em todo o país grandes mobilizações.



Não às demissões! Pela ratificação das Convenções 151 e 158 da OIT*! Redução dos juros! Fim do superávit primário! Redução da jornada sem redução de salários e direitos! Reforma agrária e urbana, já! Fim do fator previdenciário! Em defesa da Petrobrás e das riquezas do pré-sal! Por saúde, educação e moradia! Por uma legislação que proíba as demissões em massa! Pela continuidade da Valorização do salário mínimo e pela solidariedade internacional aos povos!

* A Convenção 151 da Organização Internacional do Trabalho - OIT regulamenta a negociação coletiva no serviço público, enquanto a Convenção 158 restringe a demissão imotivada dos trabalhadores.



Organizadores:
CUT, CGTB, Intersindical, CTB, NCST, UGT, Assembleia Popular, Cebrapaz, CMB, CMP, Conam, FDIM, Marcha Mundial das Mulheres, MST, MTD, MTL, MTST, OCLAE, UBES, UBM, UNE, Unegro/Conen, Via Campesina, CNTE, Círculo Palmarino, Consulta Popular”

terça-feira, 11 de agosto de 2009

CONCLAEA - MEXICO Pre-CLACEEA 2009

Compañer@s Latinoamerican@s....

Esperamos que esten caminando de la mejor forma, contruyendo procesos y aprendiendo ininterrupidamente....

Desde aca, mandamos gran saludo y anunciamos una de las actividades mas de la Cofederación Caribeña y Latinoamericana de Estudiantes de Agronomía...

Pues este mensajito es para difundir el Pre-Congreso Latinoamericano y Caribeño de Entidades Estudiantiles de Agronomía , una de las dos oportunidades que tenemos l@s compas de la CONCLAEA para vernos y poder platicar, conocer experiencias y ver de que forma seguiremos trabajando.... y bueno, esta jornadita sera abierta para tod@ aquel que guste asistir.... ahi estan las tematicas y una invitacion general..... y bueno, esperamos que puedan acompañarnos en esta actividad...

Ahi esta el cartel, el programa de actividades y la invitacion.... si se requieren invitaciones personalizadas, haganoslo saber junto con sugerencias, comentarios, quejas, criticas y saludos calurosos al correo conclaeamex@gmail.com ya que desde ahi estaremos comunicandonos....

Asi pues, nosotros seguimos en la contruccion de este proceso en México, y seguimos invitando a l@s compas a que nos sigamos comunicando y se mantengan los lazos ya creados y bueno, pues tambien construir otros....

Sin mas, estamos en contacto desde el correo ya mencionado y los esperamos.... falta lo que falta carnalas y carnales.... vale pues, buen camino...

Miguel
Colectivo "Siembra, Lucha y Cosecha"
Coordinadora Norte-CONCLAEA

Por uma Conferência Nacional de Comunicação Cidadã e dos Trabalhadores no DF

Convidamos a todas as entidades envolvidas na luta pela realização das Conferências Nacional e Distrital de Comunicação para reunião amanhã, quarta-feira, dia 12 de agosto, às 19 horas, no Auditório da Fenajufe.

Endereço: SCS, quadra 01. Bloco C. 14° andar. Edifício Venâncio da Silva. Fone: 33237061

Pauta Proposta:

1- Informes: Geral e local;
2- Encaminhamentos da audiência com o vice-governador, Paulo Octávio;
3- Preparação das Conferências Livres;
4- Material para mobilização.

Comissão Pró-Conferência do Distrito Federal
www.proconferenciadf.wordpress.com

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Seletiva Porão do Rock

A ONG Porão do Rock divulgou nesta segunda-feira (10 de agosto) a lista das 16 bandas que participarão da Seletiva Brasília, nos dias 15 e 16 de agosto (sábado e domingo), na Torre de TV, com entrada franca.

O evento, como já publicamos antes, contará com o reforço de quatro bandas nacionais abrindo e fechando a programação de cada dia. No sábado (15/8), os shows começarão às 19h com o trio carioca Autoramas e terminam por volta da 1h com o quarteto brasiliense Raimundos.

No domingo, às 18h, o Ratos de Porão (SP) dará início aos trabalhos e o trio gaúcho de death metal Krisiun encerra, por volta da meia-noite.

Cada uma das 16 bandas concorrentes tocará por até 15 minutos e será avaliada por um corpo de jurados, que levarão em conta a performance de palco, harmonia entre os músicos e comunicação com o público.

O voto popular também contará pontos e já foi decisivo em outras seletivas realizadas anteriormente. As quatro melhor classificadas garantem vaga no Festival Porão do Rock, previsto para os dias 19 e 20 de setembro.

Judeus anti-sionistas visitam Presidente do Irã




Judeus ortodoxos "guardiães da cidade" (Neturei Karta) visitam o presidente do Iran para dizer que interpretam as escrituras de uma maneira oposta à que os genocidas, que se consideram "escolhidos" por Deus, utilizam para roubar o petróleo do Iraque e matar civis.
Visitem também a página da entidade: www.nkusa.org

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Convite

ATO DE ABERTURA DO ACAMPAMENTO NACIONAL PELA REFORMA AGRÁRIA
Local: Em frente ao Estádio Mané Garrincha-Centro Poliesportivo Ayrton Senna
Brasília/DF - segunda-feira 10 de agosto de 2009 às 19h00

A partir do dia 10 de agosto de 2009, cerca de 3 mil camponeses e camponesas promoverão um acampamento para denunciar que a reforma agrária continua parada e à margem do desenvolvimento do país, e exigir que o Estado garanta os pontos estruturantes da pauta dos movimentos sociais, como o assentamento das 90 mil famílias acampadas, crédito para produção, habitação rural, educação e saúde. Existem famílias acampadas há mais de cinco anos, vivendo em situação bastante difícil à beira de estradas e em áreas ocupadas, vítimas da violência do latifúndio e do agronegócio.

E mais uma vez, ribeirinhos, extrativistas, atingidos por barragens, indígenas, quilombolas, pequenos agricultores e sem terras se mobilizarão em Brasília para denunciar a crise política, econômica, social e ambiental criada pelas elites que controlam o Estado, e para cobrar do governo federal medidas urgentes para desconcentrar a terra, evitar o êxodo rural e resolver o problema dos grandes centros urbanos.

Com a certeza de que a luta por um Brasil soberano e justo é de todos, convidamos para o ATO POLÍTICO DE ABERTURA DO ACAMPAMENTO NACIONAL PELA REFORMA AGRÁRIA, onde juntos, campo e cidade uniremos forças para conclamar a todos que se unam a mais essa luta.

Solicitamos que confirmem a presença pelo endereço eletrônico secgeral@bsb.mst.org.br e acampamentobrasilia@gmail.com ou pelos fones 61-3038-1455/1462 ou 61-9229-0815.


Saudações Socialistas,

"Não estamos perdidos. Pelo contrário, venceremos se não tivermos desaprendido a aprender". (Rosa Luxemburgo)

MARINA DOS SANTOS
MOVIMENTO DOS TRABALHADORES RURAIS SEM TERRA-MST

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Cinema fundamental: "Machuca" no Rio

Para quem está ou vai estar no Rio:


“Machuca” no
Cine Clube da ABI e Casa da América Latina

Quinta-feira, 6 de agosto, às 19 horas
No 7º andar da ABI
Rua Araújo Porto Alegre 71

Chile, 1973. Gonzalo Infante (Matías Quer) e Pedro Machuca (Ariel Mateluna) são dois garotos de 11 anos que vivem em Santiago. O primeiro, numa bela casa situada num bairro de classe média. O segundo, num humilde povoado ilegal instalado a poucos metros de distância da escola. Dois mundos separados por uma muralha invisível que alguns sonham em derrubar.

Gonzalo estuda no Colégio Saint Patrick, o mais conceituado de Santiago. Gonzalo é de uma família de classe alta, morando em um bairro na área nobre da cidade com seus pais e sua irmã. O padre McEnroe (Ernesto Malbran), diretor do colégio, inspirado no governo de Salvador Allende decide implementar uma política que faça com que alunos pobres também estudem no Saint Patrick. Um deles é Pedro Machuca (Ariel Mateluna) que, assim como os demais, fica deslocado em meio aos antigos alunos da escola.

Provocado, Pedro é seguro por trás e um deles manda que Gonzalo o bata, que se recusa a fazer isto e ainda o ajuda a fugir. A partir de então nasce uma amizade entre os dois garotos, apesar do abismo de classe existente entre eles.

“Machuca”, dirigido por Andrés Wood, é uma co-produção chilena e espanhola, é mais um título de destaque na vitoriosa cinematografia latino-americano.

Título: MACHUCA – Representante do Chile no Oscar de Melhor Filme Estrangeiro
Gênero: Drama
Tempo de Duração: 120 minutos


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Update do post: falando em ABI, considero o vídeo abaixo como uma das propagandas institucionais mais bem feitas que já pude assistir (pode clicar que vale a pena):




E aí, você já pensou em como uma vírgula, pode mesmo mudar tudo?

sábado, 1 de agosto de 2009

Arthur Tadeu Curado estréia nova peça este mês


(clique na imagem para ampliar)

Repressão em Honduras contra a direção da resistência!

Urgente campanha internacional de solidariedade
Transcrevo e-mail de companheiros da Tendência Revolucionária de El Salvador ao Secretário de Relações Internacionais do PSOL:
Caro Pedro:

As coisas se complicam em Honduras, as forças repressivas atingiram a cabeça do movimento popular hondureño. Agora mesmo, poucos minutos atrás, nos comunicamos com os companheiros e eles nos informaram que durante a repressão a uma atividade foram assassinados dois companheiros. Bateram tão intensamente no dirigente Carlos H. Reyes que acabou sendo hospitalizado e foi preso Juan Barahona, coordenador do Bloco Popular de Resistência e membro da Frente Nacional de Resistência contra o golpe. Juan é membro da direção nacional da Tendência Revolucionaria.

Por favor, denunciem esta situação nas instancias que puderem.
Um abraço,
Fidel.


Falamos por telefone com Fidel e ele falou que hoje aumentou brutalmente a repressão contra uma mobilização. Dispararam desde helicópteros e tanques de guerra. O ataque provocou dois mortos. O companheiro também falou que golpearam a direção da resistência. Dos três dirigentes principais, Carlos Humberto Reyes é o possível candidato dos movimentos sociais e está hospitalizado sob custódia policial. Juan Barahona é outro dos três dirigentes presos. Durante a conversação acordamos que a reação mais rápida e efetiva de solidariedade é enviar de forma urgente telegramas e e-mails ao presidente da Costa Rica, Oscar Arias, denunciando esta agressão. É urgente começar pelos nosso parlamentares e figuras públicas extendendo o apelo para todas as organizações políticas e sociais que possam responder o mais rápido possível.
Telefone da Presidência de Costa Rica: (506) 2207-9100
Fax da Presidência da Costa Rica: (506) 2253-1485
Site da Presidência de Costa Rica para enviar mensagens: http://www.casapres.go.cr/inicioContactenos.aspx
Pedro Fuentes – Secretário de Relações Internacionais do Partido Socialismo e Liberdade – PSOL - Brasil

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