"Se não estás prevenido ante os meios de comunicação, te farão amar o opressor e odiar o oprimido" Malcom X

quarta-feira, 29 de março de 2006

Um eclipse parcial do sol atrás de uma mesquita em Islamabad, no Paquistão


Foto: Mian Khursheed/Reuters

quinta-feira, 23 de março de 2006

Alguém viu o Mercadante por aí?

Tudo indica que o Palocci vai "pedir demisão para não atrapalhar a reeleição do Presidente Lula"... e é hoje! Ele está, neste momento, "despachando em casa". Pra quem entende de Brasília, essa fumacinha indica um incêndio catastrófico no cerrado...
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Colaborou Jefferson Boechat, do PPS-DF

terça-feira, 21 de março de 2006

Profissão Perigo II


Falcão: um documentário fantástico

Esse documentário me fez lembrar meu primeiro trabalho. Fui voluntária num projeto de inclusão digital em comunidades do RJ. Tinha 16 anos e acabei enfrentando uma situação inimaginada para mim na época, garota de classe média, idealista. Os alunos do projeto, em parceria c/os Correios, tinham estágio (e posteriormente emprego) garantido, como aprendizes. Ganhavam ajuda de custo, transporte, lanche, material didático. Porém, alguns meninos largaram o curso p/serem o q chamavam na época de "avião" do tráfico. Quando isto aconteceu c/alunos meus, meu mundo desabou. Fui até a casa de algumas mães, conversei, chorei. Eu, q queria mudar o mundo, me vi impotente... O tráfico é mesmo um 'Estado paralelo'. O menino ganhava em uma semana o equivalente à ajuda de custo mensal dos Correios, andava armado, virava "herói" p/as meninas da sua idade, passava a ser "respeitado", a família recebia auxílio do traficante... Como lutar contra isso? Foi uma das minha primeiras grandes frustrações.

Obs: não concordo com o autor nos elogios ao Programa Fantástico, no que tange chamá-lo de "melhor programa da televisão brasileira". Por outro lado, concordo que é uma boa revista, com alguns toques jornalísticos e que, no caso do documentário, foi de fato inovadora. Até para seus próprios padrões.
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Leiam Artigo de Antonio Brasil:

“Se eu morrer, nasce um outro que nem eu, pior ou melhor. Se eu morrer, vou descansar, é muito esculacho nessa vida”.

Quem não assistiu não sabe o que perdeu. O Fantástico deste domingo deu um banho de televisão. Exibiu um dos melhores e mais importantes documentários produzidos no Brasil. Dirigido pelo rapper MV Bill e Celso Athayde, "Falcão - Meninos do tráfico" é um soco no estômago! O cineasta Cacá Diegues declarou que o documentário “foi um dos mais impressionantes que já tinha visto no cinema em toda a sua vida”. Concordo.

A exibição do documentário também comprova que o Fantástico continua sendo o melhor programa da televisão brasileira (ver coluna "Após sacudida, Fantástico celebra 30 anos", 6/05/03). Resgata a importância do meio televisivo para conscientizar o público e relembra os bons tempos do Globo Shell ou do Globo Repórter.

Segundo a divulgação, “o documentário é sobre os jovens patronos do tráfico de drogas, menores de idade que ficam na contenção, que ficam observando, vendo a ação da polícia, se ela entra na favela... o posto de ‘falcão’ na hierarquia do tráfico é só ocupado por moleques menores de 18 anos”.

Em entrevista à MTV em 2003, MV Bill explicou os objetivos do documentário: “A gente viajou por algumas capitais, fizemos várias comunidades do Rio... A idéia inicial era que o jovem expusesse seu pensamento sem precisar de um sociólogo ou antropólogo para falar por ele ou um narrador, como sempre acontece nos documentários”.

O filme do rapper MV Bill é muito mais do isso. Também é um atestado da incompetência do poder público e da nossa indiferença com um dos maiores problemas nacionais. Nas favelas brasileiras, estamos perdendo a guerra pela nossa infância, pelo nosso futuro.

Continua em www.comunique-se.com.br

sexta-feira, 17 de março de 2006

Refeição



Jericó é a chance de desmascarar a violência do Estado de Israel e a cumplicidade do Ocidente

Por Arlene Clemesha*

A invasão militar israelense da cidade de Jericó, na Cisjordânia, ocorrida dia 14 último, tinha um objetivo primordial: provocar uma nova escalada de violência na região. Os cinco prisioneiros políticos seqüestrados na operação são, de fato, vítimas pela segunda vez da mesma política israelense de instigar a violência com fins políticos. Desta vez, o motivo foi eleitoral. O premiê em exercício, Ehud Olmert, já está colhendo os frutos da operação. Faltando duas semanas para as eleições nacionais, o seu partido, o centrista Kadima (fundado por Ariel Sharon), está crescendo significativamente nas pesquisas de intenção de voto. Até o seu rival, Binyamin Netanyahu, do extremista Likud, se viu obrigado a derreter-se em elogios a Olmert. Além dos seqüestros, Olmert está anunciando seus planos de anexação definitiva do assentamento de Ariel em território palestino, e a construção de um posto de polícia na chamada área E1 (East 1) para reforçar a anexação do território que vai de Jerusalém oriental ao assentamento de Ma'ale Adumin. Tudo parte de uma mesma campanha política. Inclusive, a declaração do Hamas de que a invasão de Jericó prova que ele, o campeão das urnas pelo lado palestino, tem razão em não depor as armas. A outra vez que Ahmad Saadat e os demais membros da FPLP (Frente Popular da Libertação da Palestina) foram os peões emprestados do jogo político de Israel foi em 2001.

Para entender a situação, remontamos a 1999. Nesse ano, a FPLP, que sob o seu líder histórico, Georges Habache, tivera um papel importante na oposição à OLP e aos Acordos de Oslo, renunciou à luta armada em um acordo com a OLP. Em 2000, quando estourou a segunda Intifada , a organização manteve-se afastada inicialmente, sem participar da revolta. Mas um ano depois, em agosto de 2001, o chefe daFPLP, Moustafa Al Zibri, aliás Abou Ali Moustafa, que acabava de suceder Georges Habache, foi vítima da política de liquidação israelense. A partir daí, a organização iniciou represálias. Em outubro de 2001, matou Rehavem Zeevi, o ministro do Turismo de Israel de discurso radical e defensor da transferência dos palestinos para fora dos Territórios Ocupados de Gaza e Cisjordânia. O novo chefe da FPLP, e representante da sua ala mais radical, Ahmad Saadat foi preso arbitrariamente pela Autoridade Nacional Palestina (ANP) em janeiro de 2002. Junto com os outros quatro membros da FPLP, foram transferidos à prisão de Jericó e colocados sob a proteção do Acordo de Ramallah. O Acordo determinava que a vida dos cinco militantes seria protegida pela presença permanente de guardas, ou monitores, norte-americanos e ingleses. Qualquer alteração no status dos prisioneiros só poderia ser resultado de um comum acordo entre Israel e a ANP. Em clara violação desse Acordo e, podemos dizer devido ao caráter da operação, de todos os acordos já assinados por Israel, o seu exército invadiu Jericó, matou dois inocentes, feriu 14, impediu o acesso das ambulâncias de socorro, derrubou as paredes da prisão com seus imensos buldozeres blindados; com megafones, ameaçou de morte qualquer um que se interpusesse em seu caminho; e capturou aqueles cinco prisioneiros políticos que em 2001 responderam à política israelense de assassinato selecionado, na mesma moeda, assassinando um dos seus.

Até quando a resistência palestina vai continuar jogando o jogo de Israel? Até quando vão empregar as armas contra a quarta potência militar do planeta? Como bem lembra Amira Hass, Israel joga xadrez, enquanto os palestinos rebatem no pingue-pongue. Se a resistência palestina souber responder da maneira certa à invasão de Jericó, sem recorrer a atentados suicidas ou aos foguetes Quassam, tem em mãos uma excelente oportunidade de desmascarar a política israelense, além da cumplicidade dos Estados Unidos e União Européia, e pode começar a ditar as regras do jogo.


*Arlene Clemesha , é doutora em História pela USP e professora universitária. Autora de Marxismo e Judaísmo, pela Boitempo/Xamã, Mandato britânico na Palestina, Editora Xamã, e De la Declaración Balfour a la derrota del movimiento obrero árabe-judío. Traduziu Freud e os Não-Europeus, do intelectual palestino Edward Said, pela Boitempo, e organizou Edward Said: trabalho intelectual e crítica social, pela Casa Amarela.

quinta-feira, 16 de março de 2006

De motoristas e recepcionistas, o inferno-astral de Palocci

Do blog do Noblat 16/03/2006 ¦ 16:45

A promotora de eventos Jeany Mary Corner está em pânico. Telefonou há pouco para um senador da oposição. Disse que aumentaram as ameaças de morte contra ela e suas recepcionistas depois do depoimento do motorista Francisco Chagas Costa na CPI dos Bingos há uma semana. O motorista confirmou que viu Palocci na alegre mansão da "República de Ribeirão" duas ou três vezes. Jeany não pôde assistir, hoje, ao depoimento do caseiro Francenildo Santos Costa que disse ter visto Palocci na mansão de 10 a 20 vezes. E que uma vez falou com ele. Jeanny tinha uma consulta médica. Mas leu a entrevista do caseiro publicada pelo jornal Estado de S. Paulo na última segunda-feira. E, ao senador, manifestou seu receio de ser vítima de alguma retaliação. O senador conversou por telefone com três assustadas recepcionistas de Jeanny. E soube que uma quarta foi morar na Espanha com medo de permanecer em Brasília.
Enviada por: Ricardo Noblat


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É... A batata tá assando. Como Palocci se sairá dessa enrascada, não se sabe, mas a história do país mostra que, de fato, se vc for político, deve tomar muuuito cuidado c/motoristas, recepcionistas, empregados em geral que venha a contratar. O preço de tais "serviços" pode sair altíssimo...Por outro lado, a decisão do STF em suspender o depoimento do caseiro Francenildo dos Santos Costa, vem manchar mais uma vez a reputação já comprometida do Congresso Nacional. A decisão foi concedida a partir de liminar solicitada pelo PT. Antes de entrar com o mandado de segurança, os petistas tentaram fazer com que a sessão fosse fechada. Os integrantes da CPI decidiram fazê-la aberta.
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Conforme informações da Agência Folha:
O caseiro, apelidado de Nildo, trabalhou na casa alugada pelos ex-assessores Rogério Buratti e Vladimir Poleto entre 2003 e 2004. Como a liminar foi concedida após o início do depoimento, o caseiro voltou a contradizer o ministro. Palocci negou à CPI ter freqüentado a casa. No depoimento, o caseiro disse que presenciou a entrega de um envelope de dinheiro para Ademirson Ariosvaldo da Silva, assessor especial de Palocci. Segundo ele, o envelope foi entregue no estacionamento do Ministério da Fazenda. Ademirson atua como secretário particular do ministro. Segundo ele, Palocci era chamado de "chefe" pelos freqüentadores da casa. Ele disse ainda que Palocci utilizava um Peugeot prata pertencente a Ralf Barquete, então assessor da presidência da Caixa, morto em 2004, para ir à casa. Barquete possuía um carro com essas características, vendido em 2004 para Poleto. Os oposicionistas alegam que querem saber se a casa era usada pelos integrantes da chamada "república de Ribeirão Preto" para fazer lobby dentro do governo em favor de determinados grupos empresariais.


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O fato de Palocci estar pressionando grupos políticos e a justiça para que o depoimento não seja realizado, demonstra o medo do Ministro e seu grupo dos efeitos deste acontecimento. Politicamente, o erro de avaliação foi terrível já que se não tivessem feito isso, ficaria a palavra do caseiro contra a do Ministro. Agora, a opinião pública volta novamente suas atenções para as acusações à Palocci que, de certa forma, já haviam sido esquecidas.

quarta-feira, 15 de março de 2006

Os ALCKMINstas estão chegando... estão chegando os ALCKMINstas...


Charge do Mariano. Veja mais em www.chargeonline.com.br (o Charge On Line não dispõe de charges animadas. Reproduz apenas as charges diárias dos melhores chargistas do país, algumas a partir dos próprios jornais onde são publicadas. Vale a pena conferir estes profissionais do humor).

CURSO DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA

Numa realização conjunta da Oca Brasil e da Universidade São Marcos estará acontecendo em Alto Paraíso de Goiás, no período de 9 a 15 de Abril, um Curso de Extensão Universitária com temas voltados à Ecologia Humana, Educação Ambiental, Ecoturismo, Unidades de Conservação, todos eles com enfoque no Cerrado Brasileiro. Participarão do evento nomes importantes ligados à área sócio-ambiental brasileira como Paulo Nogueira Neto, Mari de Nasaré Baiocchi e AngeloRizzo. O Curso é uma parceria da Oca Brasil e da Universidade São Marcos com a Physis Cultura & Ambiente, a Prefeitura Municipal de Alto Paraíso e a UNESCO através de seu programa MaB (Homem e Biosfera).

Maiores informações: www.ocabrasil.org.br

domingo, 12 de março de 2006

Ainda de luto


Como você reagiria se encontrasse seu animal de estimação com um tiro no peito agonizando em seus últimos instantes com hemorragia por ter tido vários órgãos atingidos no trajeto da bala? O que você sentiria se já tivesse sido baleado um dia e escapado e soubesse que havia corrido esse risco novamente se seu bichinho não tivesse percebido o perigo e tentado te proteger? Claro, existem pessoas que não gostam de animais, ou que talvez não se importassem tanto porque, afinal, era apenas um animal... Mas eu ainda não consigo acreditar que isso aconteceu... porque para mim, meus animais não são "apenas animais", eles são meus amigos.
Somos vítimas do atrito social que acontece todas as vezes em que o Estado se ausenta, que as políticas públicas são esquecidas. Até quando sobreviveremos à nós mesmos? Poderia ter sido comigo, mas era apenas um animal. Então, tudo bem. Os animais são para isso mesmo, cães de guarda, anjos da guarda, protetores, entram na frente do tiro fatal para defender o território e os donos. O amor dele por você é inabalável, a morte inexorável. Você faria o mesmo? Entraria na frente para defender seu animal? Como agradecer à alguém que já se foi? Estou de luto por nós, por esta sociedade cruel em que crianças, animais, mulheres, são vítimas de maus-tratos e violência gratuitas, onde as pessoas escolheram as armas, onde o racismo está na ordem do dia, onde o desrespeito impera. De quem é a culpa?

Semana Desligue a Televisão! Já está rolando!


sábado, 11 de março de 2006

Solo 2 - 2003


A fotógrafa Patricia Gouvêa - diretora do Ateliê da Imagem Espaço Cultural, no Rio de Janeiro, e integrante do coletivo Grupo DOC - se serve intencionalmente de técnicas fotográficas como a baixa velocidade e o deslocamento para capturar imagens estranhas, na fronteira entre a fotografia e a pintura. "O ponto de partida do trabalho foi a interrogação: como posso interagir com o espaço entre a partida e a chegada, criado pela velocidade?", diz Patricia. "Geografia embaçada e tempo estendido foram algumas estratégias para o resultado visual de uma imagem que se pretendia expandida para além do fotográfico. Que pudesse conter música, que pudesse contar com o corpo e a emoção do observador em sua própria viagem." Outros trabalhos da fotógrafa podem ser vistos no site www.patriciagouvea.com.

sexta-feira, 10 de março de 2006

Livro reúne os melhores textos do Pasquim


Fonte:A Gazeta

Quem trabalhou no Pasquim e até quem leu o jornal sente um certo saudosismo ao falar dele. Com o jornalista Sérgio Costa não é diferente. De uma certa maneira, ele conseguiu matar as saudades daquele tempo em que escrevia com total liberdade, sem respeitar regras, apesar do regime militar vivido na época. Junto com Jaguar, Costa reuniu os principais artigos, entrevistas, perfis e charges dos 150 primeiros exemplares do tablóide, entre os anos 1969 e 1971, no livro “O Pasquim – Antologia 1969 1971”. O conteúdo segue a seqüência cronológica, mas as charges, não.
O jornalista define o Pasquim como o “maior fenômeno editorial da imprensa brasileira”. “‘O Cruzeiro’ e ‘Veja’ tinham atrás de si duas sólidas empresas jornalísticas, já o Pasquim, só um punhado de porras-loucas. Assumidamente nanico, panfletário e abusado, nasceu sob a suspeita de que duraria pouco tempo. Menos até que os oito números da revista de humor Pif-Paf, criada por Millôr Fernandes e que de certo modo teria sido o embrião do Pasquim”, escreve ele, na introdução da obra.

O período escolhido para reunir os textos foi, segundo Costa, uma época muito especial já que contou com a colaboração de Vinícius de Moraes, Chico Buarque, já reconhecido pelo sucesso de “A Banda”, e Caetano Veloso, que escrevia de Londres, onde estava exilado, narrando as impressões da Europa e as novidades da cultura pop. Luís Garcia, Rubem Fonseca, Glauber Rocha, Luís Fernando Veríssimo, além de outros grandes nomes da cultura nacional, também foram fiéis colaboradores. “Quem comprar o livro vai se surpreender com um material praticamente inédito de Vinícius (de Moraes). Ele escrevia muito para o jornal”, destaca Sérgio Costa.

A obra conta histórias como a de Leila Diniz, que num bate-papo informal com o jornal teve substituído por asteriscos, pelo censor que acompanhava o dia-a-dia de dentro do Pasquim, cada palavrão usado. A entrevista com Madame Satã, mítico personagem da Lapa, e com Oscarito, que contou o início da dupla com Grande Otelo, também não podiam faltar na obra.

O livro também narra a história do jornal por aqueles que o fizeram desde o início e passa pela fase em que a maior parte de seus colaboradores estava presa ou exilada. Nas primeiras páginas, Jaguar lembra a dificuldade para encontrar um nome para o jornal: “A coisa quase desandou porque o nome do jornal não saía. Que tal Pasquim?´, propus. `Vão nos chamar de pasquim (jornal difamador, folheto injurioso), terão de inventar outros nomes para nos xingar´. A sugestão não suscitou muito entusiasmo, mas como ninguém agüentava mais tanta reunião, acabou sendo aprovada”, conta Jaguar.

A organizadora do livro, Martha Batalha, aponta para a falta de padrão do tablódie: “Uma das marcas do Pasquim foi a falta de padronização do texto. Às vezes, um diálogo vinha em aspas, outras com travessão. Palavras estrangeiras aparecem ora em negrito ora em itálico. Foi uma decisão nossa manter estas incongruências no livro para demonstrar o caráter anárquico do jornal”.

Segundo Sérgio Costa, não há como não sentir falta do época em que trabalhava no Pasquim. “A gente trabalhava e se divertia. Era uma delícia. Acho que a única coisa ruim era a censura”, recorda com saudades o momento em que conviveu com colegas como Tarso de Castro, Paulo Francis, Fortuna, Ivan Lessa e Luiz Carlos Maciel.

Na opinião do jornalista, a tentativa de tentar dar um novo conceito a um tablóide semelhante ao Pasquim, o Pasquim21, lançado em 2002 mas com vida curta, com Ziraldo à frente do projeto, foi algo fadado ao fracasso. “O Pasquim21 não tinha nenhuma proposta nova. Fui contra desde o início”.

A idéia de Martha é produzir quatro volumes sobre o Pasquim.

O livro foi lançado na última quarta-feira (08/03) no Centro Cultural dos Correios do Rio, onde estão expostas as 30 melhores capas do tablóide. Outro lançamento está previsto para o dia 22/03, na Casa Laura Alvim, em Ipanema, Zona Sul do Rio, onde haverá debates e também uma exposição.

“O Pasquim – Antologia 1969 1971”, organizado por Martha Batalha e textos selecionados por Jaguar e Sérgio Costa. Editora Desiderata Preço: R$ 69,00 352 páginas

Primeiro emprego


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Evento Interessante

DEBATE
Filosofia política

O Marxismo e a Centralidade da Política, seminário promovido pelo Departamento de Filosofia (FIL) da UnB nesta segunda-feira, dia 13, discutirá assuntos como as condições necessárias para a reabertura do processo político e a retomada da ofensiva socialista. No encontro, do qual participam os professores Rodrigo Dantas, do FIL, e Ivo Tonet, da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), serão abordadas também possíveis soluções para a subordinação de todos os setores da vida social ao poder político, representado pelo capitalismo. O encontro, que começa às 14h, na sala de mestrado do FIL, é aberto a todos os interessados.:: Informações pelo telefone 3307 2727.

Xenofobia infantil, de quem é a culpa?

Carta encaminhada à este blog por um morador de Brasília:

Passo a narrar um fato ocorrido no dia 23 de fevereiro de 2006.

Minha sobrinha de 3 anos foi para a comemoração de carnaval na Escola de Ballet Norma Lilia da 108 Sul; uma turma grande, umas 15 meninas (ou mais), todas com 3 ou 4 anos; os pais não podem assistir à aula nessa escola - entrega-se a criança para a "tia" na entrada, antes da catraca, só podendo voltar nos 10 min. finais; no final da aula, minha mãe, junto com outras mães, são autorizadas a entrar para assistir a aula/comemoração.

Minha sobrinha, uma criança negra, corre até a sua avó e diz, agoniada, que está muito apertada para ir ao banheiro e que a "tia" não ouviu seu pedido; ela torce as pernas de tão 'apertada'.

Minha mãe a leva ao banheiro e voltam para o final da aula; nessa hora, minha mãe percebe as dificuldades que a neta está passando: as outras meninas, todas brancas, se recusam a dar a mão à minha sobrinha e, quando ela insiste (pois esse é o comando da professora), chega a acontecer de uma menina ir defender a outra que não quer tocar na minha sobrinha.

Elas a olham com aquele olhar de estranheza, de quem nunca viu uma menina negra, ou, ao menos, nunca foram obrigadas a manter contato, tocar a mão de uma menina negra. As outras mães nada vêem, ou, decerto, acham normal o que está acontecendo. E, enquanto todas as meninas estão de mãos dadas obedecendo ao comando da professora, minha sobrinha está solta, no meio da sala enorme, perdida, sem saber o que fazer.

Quando termina a aula ela está triste, diz que não gostou da aula e, contrariando o seu hábito de criança falante, vai calada para casa.

Não sabemos se ela entendeu o que lhe aconteceu, sabemos que a "tia" não a "enxergou" entre as várias crianças brancas, deixando-a a ponto de fazer suas necessidades nas calças; sabemos que as outras crianças, de 3 e 4 anos, a discriminaram, não porque crianças dessa idade saibam o que estão fazendo (não acredito nisso), mas porque isso ainda é aprendido na sociedade em que vivemos.

Elas não foram educadas para acreditar que são iguais, ou para conviver com as diferenças. Foram educadas aprendendo que são melhores que as crianças negras, geralmente filhos da empregada ou crianças de rua. Eu e minha família não sabemos o que fazer; minha mãe sugere que ela não coloque mais os pés naquela escola, onde só dançam meninas de classe média/alta, não obstante possamos, tal qual elas, pagar pela aula de balé.

O mal-estar que experimentamos agora, eu e toda minha família, certos de que não poderemos defendê-la de fatos como esse que, infelizmente, podem se repetir muitas vezes ao longo de sua vida, faz-nos sentir amargurados por viver em uma sociedade, formalmente pluralista e igualitária, mas onde o preconceito ainda reina, mudo, mas presente em cada momento de nossas vidas.

Peço aos amigos, encarecidamente, que transmitam esse desabafo ao maior número de pessoas, pois acredito que a única maneira de modificarmos essa ignorância secular é transmitindo a dor que sentimos, de modo a sensibilizar as pessoas que ainda não aprenderam a respeitar os seres humanos, independente da cor, religião, opção sexual ou condição física.

Precisamos nos humanizar, e assim humanizar nossos filhos; somos responsáveis pelo futuro e não queremos - me recuso a acreditar no contrário - que a deseducação, que a ignorância e o desrespeito preponderem em nossa sociedade.

Liene Pinto - Brasília-DF

A quantas andam as CPI´s?


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quinta-feira, 9 de março de 2006

Frossard: PEC que derrubou a verticalização é superior à decisão do TSE

A deputada Denise Frossard (PPS-RJ) defendeu, nesta terça-feira (07), a promulgação, pelo Congresso Nacional, da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que derrubou a verticalização, regra baixada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em 2002, que impede os partidos adversários na disputa presidencial de se aliarem nos estados.

Na avaliação da juíza, com a alteração constitucional aprovada pelo Poder Legislativo, a resolução baixada pelo TSE cai por terra. “Na hierarquia das leis, a PEC que derrubou a verticalização é superior à decisão da corte eleitoral, que é uma mera resolução”, reafirmou a parlamentar, defendendo que a Casa recorra ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra a decisão do TSE que manteve semana passada a verticalização para as coligações nas eleições deste ano.

Continua em http://www.pps.org.br/index.asp?opcao=noticias&id=29601

Muda o ano, muda a gente?

quarta-feira, 8 de março de 2006

Dia Internacional da Mulher

O dia 8 de Março é, desde 1975, comemorado pelas Nações Unidas como Dia Internacional da Mulher. Neste dia, do ano de 1857, as operárias têxteis de uma fábrica de Nova Iorque entraram em greve ocupando a fábrica, para reivindicarem a redução de um horário de mais de 16 horas por dia para 10 horas. Estas operárias, que recebiam menos de um terço do salário dos homens, foram fechadas na fábrica onde, em decorrência de um incêndio, cerca de 130 mulheres morreram queimadas.

Em 1903, profissionais liberais norte-americanas criaram a Women's Trade Union League. Esta associação tinha como principal objetivo ajudar todas as trabalhadoras a exigirem melhores condições de trabalho.

Em 1908, mais de 14 mil mulheres marcharam nas ruas de Nova Iorque: reivindicaram o mesmo que as operárias no ano de 1857, bem como o direito de voto. Caminhavam com o slogan "Pão e Rosas", em que o pão simbolizava a estabilidade econômica e as rosas uma melhor qualidade de vida.

Em 1910, numa conferência internacional de mulheres realizada na Dinamarca, foi decidido, em homenagem àquelas mulheres, comemorar o 8 de Março como "Dia Internacional da Mulher".

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Matéria exibida no Bom Dia DF de hoje:

Sem perder a graça. Toque feminino em pequenos detalhes. O charme não atrapalha, só reforça a mensagem contra a violência. “Nós estamos lutando pelo direito de ser mulher e de não sofrer nenhum tipo de violência. Não queremos ser como os homens. Não queremos entrar nesse mundo de violência e agressividade”, afirma a estudante Kelly Kotlinski.
Vigília. Vela acesa. Luto em frente ao Palácio do Buriti. Uma pesquisa do Fórum de Mulheres do DF aponta que as leis não seguram o agressor. O inimigo pode ser um desconhecido no meio da rua. Mas, em 70% dos casos, a violência vem de onde menos se espera. “São pessoas com quem elas mantêm relações afetivas: maridos, namorados, companheiros, ex-maridos ou ex-namorados. São essas pessoas que normalmente agridem as mulheres. E o pior, elas morrem em decorrência dessa relação”, conta a socióloga Natália Mori.
A maioria das vítimas não denuncia o crime por vergonha, culpa ou medo. Mesmo assim, a Delegacia de Atendimento à Mulher registrou mais de 4.500 ocorrências no ano passado. Casos de estupro, espancamento e, principalmente, assassinato.
A vendedora Malu de Souza escapou da morte por pouco. Teve 40% do corpo queimado. O agressor, o ex-marido, foi preso em flagrante. “Eu me sentia totalmente dominada, usada. Eu me sentia inferior. Ele me agredia por qualquer motivo. Por medo, passei a ser submissa. Tinha medo de apanhar. Era machismo mesmo!”, revela. Agora, Malu faz um alerta: “A saída é denunciar. Sair da situação logo na primeira agressão.”
A solução pode estar nas salas de aula. Uma das propostas é reforçar o currículo escolar, estimular mais debates sobre a violência contra a mulher. “É importante trabalhar a questão da atitude. O comportamento de hoje será a atitude de amanhã. Também é importante trabalhar o conhecimento que eles têm no contexto social. Assim será possível transformar a nossa sociedade”, enfatiza o professor Rodolfo Araújo.

http://dftv.globo.com/Dftv/0,6993,VDD0-2982-20060308-154344,00.html

terça-feira, 7 de março de 2006

Racismo esportivo e a banalização da mídia

Hoje no Globo Esporte uma matéria sobre racismo no futebol reabriu a polêmica que começou com o caso do Grafite e dos xingamentos do atacante Etto na Croácia. O zagueiro do Juventude, Antonio Carlos, foi acusado de ter discriminado Jeovânio do Grêmio, jogador negro, durante a vitória do tricolor por 2 x 1 no último domingo pelo campeonato gaúcho.

Nas imagens, ele xinga o jogador (no áudio não se percebe o que, mas ele mesmo em entrevista coletiva admite tê-lo xingado de ' vários nomes' ) e depois aponta para o braço fazendo aquele gesto que subentende a cor da pele. Antonio Carlos admitiu que, palavras dele, "caso tenha saído a palavra macaco de sua boca, só lhe resta pedir desculpas".

Jeovânio, vítima dos gestos racistas de Antonio Carlos diz que se sentiu humilhado. Já Antônio Carlos, pivô da polêmica usou da desculpa clássica de que tem vários amigos negros. O árbitro da partida, Leandro Vuáden narrou todos os gestos e palavrões na súmula após o jogo, diz não ter precisado das imagens da TV para confirmar o que viu.

Adauto, atacante brasileiro que foi estrela de campanha contra o racismo na República Tcheca disse: "Joguei contra ele pela Copa da Uefa (2002) e se mostrou uma pessoa muito educada. Além disso, o melhor amigo do Antônio Carlos no Juventude era o (atacante) Diogo, que também é negro. Se ele cometeu alguma atitude racista foi porque estava de cabeça quente. Acredito que ele não merece ser punido. Tem tanta gente que fez muito pior e ainda está impune no Brasil".

Há alguns dias recebi um artigo que falava de um árbitro negro que contratado para um jogo amador com jogadores do exército (de diversas patentes), havia sido humilhado por um coronel e levou meses até criar coragem de denunciá-lo. E o fez depois de muito tempo tendo que encarar sua família, esposa, filhos, sem saber o que dizer já que todos haviam presenciado o "ataque" do coronel.

O problema do racismo no Brasil é que, primeiro, ninguém admite e, pelo contrário, as pessoas se sentem indignadas quando são acusadas de sê-lo. No entanto, os números mostram que, ao contrário do futebol onde os jogadores brasileiros negros em geral são os que se tornam craques e estrelas em ascensão, no mercado de trabalho e na sociedade a coisa é bem diferente. O segundo fator importante, é que se acostumou a reduzir tudo que não for "roubar e matar" para coisas de menor importância. O melhor arauto desta filosofia, criminosa diga-se, foi o ex-senador Arruda que usou e abusou do chavão para se desculpar da violação do painel. Isto fica refletido no depoimento do jogador Adauto quando diz que "tanta gente fez coisa pior e está impune".

O judiciário, a meu ver, tem muita culpa nisso e até mesmo esta recente decisão sobre os crimes hediondos no Brasil são um ponto negativo a mais para a instituição que deveria ser a primeira em primar pela lisura dos seus magistrados. Eu, que já estive em audiências como testemunha/vítima em ações criminais/cíveis tive péssimas impressões, principalmente de juristas e promotores jovens que parecem fazer questão de iniciar sua carreira seguindo os piores exemplos de comportamente arbitrário, parcial e, muitas vezes, altamente corruptível.

Se o jogador Jeovânio vai realmente até o fim com seu intento de denunciar Antonio Carlos, o que eu sei é que o caminho é longo. Ele vai ter que se valer de meses de paciência, determinação e até resignação e, talvez, desista no meio do caminho. Se for até o fim (e ganhar) sairá tremendamente desgastado e esgotado. É cansativo e desanimador, no Brasil, se defender judicialmente até de crimes mais sérios, que dirá de uma situação em que não te "roubaram nem te mataram".

segunda-feira, 6 de março de 2006

O crime de Londres e a visita de Lula

Por Demétrio Carneiro do PPS/DF:

Amanhã provavelmente Lula estará andando de charrete com a rainha. Alguns, inclusive ele, acharão charmoso. Eu, acho brega. Mas é apenas minha opinião. Charmoso ou brega, um cidadão brasileiro foi assassinado em Londres pelo serviço secreto inglês. O governo britânico, naquilo que já é tradicional com relação à ação do serviço secreto, recusa-se a expor seus agentes. O reconhecimento do assassinato só ocorreu devido a ação de meios independentes. É extremamente constrangedor que nosso presidente aceite estar presente neste cenário sem que o governo inglês se manifeste de forma clara, direta e exponha os responsáveis pelo crime. Não só os agentes, mas também o funcionário que autorizou o assassinato, a famosa cadeia de comando, chegue onde chegar. Uma fala da rainha que mencione de passagem o problema está muito longe de ser satisfatória.

quinta-feira, 2 de março de 2006

Aos chargistas dinamarqueses

Matéria publicada no site do IESB:
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Por Rodrigo Araújo

A ARTE DE INFORMAR E DIVERTIR
Charge traduz, nas páginas dos jornais, a irreverência da notícia

Kácio, 43 anos, chargista do Correio Braziliense, acha que a profissão nos grandes veículos é razoável. “O desenhista tem de ir atrás de divulgar o seu trabalho, vender seu peixe, se expor. Particularmente não conheço nada que seja fácil, tem que ralar muito, tem que aprender a negociar, mostrar qualidade no trabalho”, diz.

Em relação à tecnologia empregada para fazer uma charge, Kácio compara o computador à máquina de escrever. “É outra ferramenta, se você não dominar você está fora. Tem que aprender o que aparece de novo”, explica.

Desenhar é o ato que geralmente todas as crianças fazem. Umas continuam, outras não. Kácio começou a desenhar com 14 anos e trabalha para o Correio Braziliense há cerca de 23 anos. O primeiro trabalho foi para o tio funcionário de uma agência de publicidade, a Propeg, do Rio de Janeiro.

Para ele o humor é facilmente assimilado pelas pessoas. “Ainda mais na nossa cultura, fazer piadinhas, brincar com o outro sempre é engraçado. E esse é o tipo de humor que informa. É uma crítica dentro do real que acontece. Acho que nunca acabará”, comenta Kácio.

Enquanto o texto se aprofunda em determinados assuntos, a charge faz uma crítica bem humorada e um balanço da opinião. Às vezes é objetiva e punitiva.

Oscar, 43 anos, também é chargista do Correio. Trabalhou para vários jornais de Brasília. Ultimamente, desenha para o site Charge Online. Foi afastado, há dois anos, do Correio por ter desenhado sobre o conflito Israel x Palestina. “Existe todo um poder econômico por trás. Determinados assuntos não podem ser tocados. A charge é a parte mais vista em um jornal. Ela é muito visada. Ela toca na ferida”, diz Oscar. Caso semelhante ocorreu no folhetim Pasquim, um jornal de críticas e charges bem humoradas, fundado em junho de 1969. Foi punido por fazer uma piada sobre a Independência do Brasil. Os desenhistas Jaguar e Ziraldo foram presos.

Para quem quiser entrar no mundo da charge, aí vai uma dica. O desenho jornalístico se divide em três áreas: A charge, que é imediata, mostra a notícia do momento político. O cartum, que são assuntos mais abrangentes que não precisam ser necessariamente sobre a atualidade política. E a caricatura, que é o retrato da pessoa deformada, destorcida.

Na opinião de Oscar, a pessoa que quiser ser chargista não precisa saber desenhar. “Tem que ter humor na veia, porque o desenho é apenas uma parte da charge. Tem que ter um pouco de senso crítico, senso de humor e acompanhar os fatos e acontecimentos”, comenta.

Charge no Brasil tem história

O Brasil tem grandes chargistas, entre eles, a turma do Pasquim, Ziraldo, Jaguar, Millôr Fernandes, Henfil, entre outros. Aspiravam por uma publicação que satirizasse o opressivo e desconjuntado dia-a-dia nacional. No passado, brilhou o cartunista Péricles, que fez história com seu personagem Amigo da Onça. Estreou nas páginas da revista O Cruzeiro, em 1944.
Nos anos 80, uma nova turma de desenhistas e jornalistas coloriram as páginas das revistas brasileiras de humor satírico. O Chiclete com Banana, casseta & planeta, Bob cuspe, Rê Bordosa, Piratas do Tietê, foram exemplos de publicações que fizeram a cabeça dos jovens. A maioria desses desenhistas foram trabalhar na TV. Entre eles, Laerte (Piratas do Tietê), Glauco (Geraldão) e Angeli (Chiclete com Banana). Juntos criaram a TV Colosso, um programa infantil que era transmitido pela Rede Globo. Em Brasília sugiram nomes como Kácio, Oscar, Guito, Kleber, Lane, Lopes, Giacomo, entre outros.

http://www.iesb.br/grad/jornalismo/na_pratica/noticias_detalhes.asp?id_artigo=509

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