"Se não estás prevenido ante os meios de comunicação, te farão amar o opressor e odiar o oprimido" Malcom X

sexta-feira, 31 de julho de 2009

33


"Nunca é alto o preço a pagar pelo privilégio de pertencer a si mesmo..."
(Nietzsche)

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Militante da JPS do Amazonas é brutalmente assassinada

A Juventude Popular Socialista do Amazonas divulgou mensagem de luto pela morte da estudante Taila Vanessa Ferreira, de 15 anos, brutalmente assassinada em Manaus. A direção nacional do PPS também lamenta profundamente a morte da líder estudantil, se solidariza com familiares e amigos e cobra apuração rigorosa do crime.

Confira abaixo a íntegra da mensagem da JPS do Amazonas.

JPS Amazonas de luto


A JPS Amazonas está de luto pela estudante secundarista Taila Vanessa, de 15 anos, desaparecida desde o dia 13 de Julho de 2009, e encontrada morta no último dia 28. Taila foi um os mais importantes quadros da JPS Amazonas nessa nova gestão e vinha se destacando principalmente no movimento estudantil, onde liderava a pasta de cultura do Grêmio Estudantil Ramazzotti, o mais tradicional do Estado do Amazonas.

O corpo da estudante foi encontrada às 10 horas do dia 28 de julho em um terreno baldio próximo a escola em que estudava. Há indícios de que possa ter sido estuprada. A jovem foi esquartejada e teve seu corpo queimado, restando para a identificação somente as extremidades do corpo e os pertences que a cercavam.

Não há suspeitos do crime, tão cruel e doloroso para amigos e familiares da jovem. Mas ainda assim a comunidade onde Taila vivia, o Grêmio Estudantil que liderou, a JPS e várias outras entidades do Movimento Social mobilizam-se para que haja uma investigação séria e justiça para a jovem Taila.

O mais frustrante é que a JPS, a UJS, a UMES Manaus e o Gremio Estudantil Ramazzotti já haviam feito manifestações pedindo policiamento exatamente na região onde Taila Vanessa foi assassinada. É com muito pesar que hoje vivemos a conseqüência da irresponsabilidade dos governantes desse estado que mais uma vez voltaram as costas para os movimentos sociais e fingiram nada ouvir.

Taila se foi, mas fica em nós o dever de fazer valer sua militância e de continuar essa luta que é de todos nós.


Manoel Francisco Ribeiro de Almeida
Presidente da JPS Amazonas

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Dica quente para o frio paulista

Pra ouvir a matéria abaixo, clique no podcast:






Após temporada no calor carioca, o Anima Mundi 2009 desembarcou em Sampa em meio à famosa garoa da cidade.

O 17º Festival Internacional de Animação do Brasil traz para a capital paulista mais de 400 filmes de 40 países.

Além de conferir lançamentos nacionais, o público pode conhecer destaques da animação mundial com produções de diversos países, dentre eles Alemanha, Austrália, França, Reino Unido, República Checa, Letônia, Moçambique e Rússia.

O Anima Mundi também traz ao Brasil profissionais de diversas partes do mundo. Nesta edição, o tradicional Papo Animado contará com a participação do estoniano Priit Pärn que deverá revelar o porquê de a Estônia ser hoje considerada um dos maiores pólos de animação do mundo.

A produção brasileira será representada por Márcia Latini, que resgatará a história dos irmãos Latini, pioneiros na animação brasileira.

Como não poderia deixar de ser, a Walt Disney também estará representada, com palestra dos animadores Renato dos Anjos e Leo Sanchez, que prometem detalhar o processo de criação do personagem principal do longa "Bolt", indicado ao Oscar deste ano.

Para aqueles que têm interesse em ir além e experimentar as diferentes técnicas de animação, o festival oferece gratuitamente seis oficinas por meio do estúdio aberto.

Enquanto alguns mini-cursos serão direcionados para a criação de personagens de massinha de modelar, há outros que apresentam técnicas em 2d, película, pixilation e zootrópico.

Então, para quem estiver por aqui, curtindo o frio paulista com media de 12º (!!), a dica quente e o 17º Festival Internacional de Animação do Brasil.

Desde o dia vinte e dois, quarta-feira, ate domingo, estão sendo exibidas as produções do festival.

Na Fundação Memorial da América Latina, localizada próxima ao metro da Barra Funda e no CCBB (Centro Cultural do Banco do Brasil) que fica ali na Rua Álvares Penteado, no Centro de São Paulo.

Os ingressos custam R$ 6 com opções para meia-entrada.

Existem também diversas atividades gratuitas.

O evento e diversão e informação garantida para todas as idades.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Mandela


Mural feito por 'impressões manuais' forma o rosto do ex-presidente
sul-africano Nelson Mandela na Cidade do Cabo.

O país prepara-se para a celebração, neste sábado, do aniversário de 91 anos
do ex-líder anti-apartheid e ex-presidente sul-africano.

Me encontrem lá hoje

Não bastasse ter feito uma música com meu nome, Tibério Gaspar é uma simpatia e concedeu à Rádio Cultura FM uma entrevista bem bacana onde conta, por exemplo, como foi estar entre os finalistas de festivais de música que embalaram os anos 70 e 80.



A convite de músicos e amigos de muitos anos, o poeta, compositor, diretor e produtor musical Tibério Gaspar, criador de “Sá Marina”, “Teletema”, “Juliana” e “BR-3”, as mais conhecidas dentre mais de 300 obras gravadas e consagradas na história da música popular brasileira, está voltando a Brasília para se apresentar, no próximo dia 17 de julho, 6ª feira a partir das 19h30.

Neste ano, Tibério percorrerá todo o Brasil, em viagens comemorativas de seus mais de 40 anos de carreira artística, cantando suas canções que já foram registradas nas vozes de Elis Regina, Wilson Simonal, Tim Maia, Agostinho dos Santos, Zizi Possi, Maysa e outros importantes intérpretes nacionais, bem como, no exterior, por Stevie Wonder, Herb Albert & Tijuana Brass, Sérgio Mendes e Toots Thielemans.

A par de divulgar seu recente cd “Tibério canta Gaspar”, em que reúne dez composições inéditas com novos parceiros e releituras de suas músicas mais famosas da célebre parceria com Antônio Adolfo, Tibério Gaspar vem contando, em suas andanças musicais, parte de sua experiência de vida, as belezas e agruras do autor, que insiste em retratar seu tempo com o olhar privilegiado do poeta. Será oportunidade rara de ouvir, em ambiente restrito e do próprio autor, relatos e interpretações do que há de melhor na história musical de nosso País.


Serviço:

Tibério Gaspar – voz e violão
6ª feira – 19h30

Café com Letras
CLS 203 – Bloco C – loja 19

Telefones para reservas: 3322-4070/3322-5070
Couvert: R$ 20,00

Recomendado para maiores de 16 anos


Palhinha (para ver e ouvir):



quinta-feira, 16 de julho de 2009

Ainda bem que não fui

O senador Cristovam Buarque (PDT-DF) criticou hoje a passeata liderada pela UNE (União Nacional dos Estudantes) contra a CPI da Petrobras. Indiretamente, ele disse que a entidade trabalha em apoio ao governo.

Buarque é favorável à mobilização dos jovens, mas questiona a manifestação contra a comissão de inquérito.

"Fico feliz em ver estudante protestando, mas estudante que faz
protesto contra CPI é estudante que faz política velha", afirmou.

"Se você fizer uma pesquisa com estudantes, não os da UNE, eles vão responder que querem investigações".
Após a realização do encontro dos estudantes do ProUni (Programa Universidade para Todos), universitários do Congresso da UNE, iniciaram uma passeata, saindo da Catedral de Brasília em direção ao Congresso. A mobilização se diz a favor do pré-sal e contra a CPI da Petrobras. "Nós sabemos que essa luta pelo pré-sal é necessária", disse Lúcia Stumpf, presidente da entidade estudantil.

Quando perguntada a respeito das denúncias contra Sarney, ela disse que defende o trabalho do parlamento e dos trabalhos de investigação e reforçou que que "a UNE não tem compromisso com qualquer parlamentar".
Nesta quinta-feira, um grupo de estudantes fez um protesto no Senado pedindo a saída de Sarney. Cada um dos manifestantes vestia uma camiseta com uma letra para formar a frase: "Fora Sarney". Eles circularam pelos corredores das comissões do Senado, mas foram convidados a deixar o prédio.

Os estudantes, que tinham pizzas escondidas em suas mochilas, gritavam "Fora safado, devolve o Senado" e "Fora Sarney", enquanto eram levados para a saída do Congresso.

Foi sem querer mesmo?

As pessoas que tentaram acessar o site do Ministério do Trabalho e Emprego para consultar o andamento da solicitação do seguro-desemprego, tiveram a desagradável surpresa de ver as letras dispostas na tela (tipo "caça-palavras") pelo sistema de verificação para consulta de dados, formarem palavras como "vagabundo", "potranca", "frouxo" e outras do mesmo nível.

Um economista, desempregado há um mês, escreveu para o Eu-Repórter, a seção de jornalismo participativo do jornal O GLOBO. Claro, virou notícia.


"Se é uma forma de evitar consultas por robôs, tudo bem. Mas ter a infeliz idéia de colocar essa palavra numa consulta que será feita por alguém que está desempregado é um desrespeito. Lembro que o PT não gostou quando o (ex-presidente) Fernando Henrique chamou os aposentados com menos de 50 anos de vagabundos. Agora, o atual governo faz o mesmo com quem está desempregado no meio de uma crise econômica mundial?", escreveu Costa.

Segundo a Datamec, desenvolvedora do aplicativo, o sistema apresentava na tela uma folha semelhante a um caça-palavras com códigos circulados, dos quais apenas um forma uma palavra em português. O usuário deveria identificá-la e digitá-la. Eles afirmaram que a geração dos códigos era feita de forma aleatória, a partir de um repertório composto por aproximadamente quatro mil palavras coletadas de um dicionário eletrônico.

Depois que a reportagem mostrando a ocorrência de palavras constrangedoras foi publicada no site do GLOBO, ontem à tarde, o Ministério do Trabalho alterou a forma de consulta às informações do seguro-desemprego. E procurou se retratar publicamente: "Pedimos desculpas aos trabalhadores usuários pelos inconvenientes, e comunicamos que o objetivo do MTE é sempre prestar o melhor serviço aos cidadãos, corrigindo os eventuais erros neste atendimento". Além disso, a partir do fim da tarde, o sistema de "caça-palavras" tinha sido substituído por combinações aleatórias.

Bom, como progamadora, posso afirmar que existe um recurso de filtros que pode evitar esse tipo de problema. Além disso, considero que, estatísticamente, a ocorrência frequente de palavras ofensivas, me pareceu não ser tão "aleatória" assim.

Quem desenvolve sistemas, vai concordar comigo que "aleatório" em informática é aleatório mesmo. Num universo de quatro mil palavras, para aparecer somente esse tipo de palavra, é porque foi utilizado um banco de palavras em que essas de nível duvidoso, eram maioria. Além disso, é muito mais eficiente um sistema que combina letras e números.

Mas é aquela coisa, eles explicaram assim né... vamos acreditar!

terça-feira, 14 de julho de 2009

É piada? Veja composição do Conselho de Ética do Senado

Deu agora há pouco na Folha Online a divulgação da lista dos indicados, por 54 votos a três, dos membros do Conselho de Ética do Senado. Os senadores decidiram ainda que Paulo Duque (PMDB-RJ), como parlamentar mais idoso dos indicados, presidirá a sessão de instalação do órgão, prevista para hoje, após a reunião da CPI da Petrobras.

Resolvi fazer uma brincadeira de pesquisar os nomes em busca de matérias sobre suas atuações como parlamentares. Vejamos se eles são bons representantes da "ética"...

Só para constar, o método de busca foi simples, nome do Google e voilá! Claro que procurei avaliar se havia um mínimo de veracidade na notícia, ou, se havia o cuidado de se utilizar de termos como "suspeito", "acusado", etc. E claro que se alguém quiser comentar ou sugerir alguma alteração (ou quem sabe se defender), estou às ordens.

Nos que não encontrei nada desabonador, resolvi destacar seus nomes em negrito (merecem né).

Ah, segundo o blog Memória de Elefante, alguns deles estão entre os que assinaram o aumento de 91% de seus próprios salários em 2006. Nesses eu acrescentei um *

Na lista dos que se beneficiaram recentemente dos tais "atos secretos", tem mais alguns. Para esses, usei a marca #

Agora, dá uma olhadinha na lista e me diz se não é um tanto quanto desanimador...


Titulares

  1. Demóstenes Torres (DEM-GO) * #
  2. Heráclito Fortes (DEM-PI) #
  3. Eliseu Resende (DEM-MG)
  4. Wellington Salgado (PMDB-MG) #
  5. Almeida Lima (PMDB-SE)
  6. Gilvam Borges (PMDB-AP) #
  7. Paulo Duque (PMDB-RJ)
  8. Marisa Serrano (PSDB-MS)
  9. Sérgio Guerra (PSDB-PE)
  10. Gim Argello (PTB-DF) - Obs: esse tem "folha" extensa...
  11. João Durval (PDT-BA)
  12. Antonio Carlos Valadares (PSB-SE) #
  13. João Pedro (PT-AM)
  14. João Ribeiro (PR-TO)
  15. Inácio Arruda (PC do B-CE) *

Suplentes

  1. Antonio Carlos Junior (DEM-BA) #
  2. Rosalba Ciarlini (DEM-RN)
  3. Maria do Carmo Alves (DEM-SE) #
  4. Valdir Raupp (PMDB-RO) #
  5. Romero Jucá (PMDB-RR)
  6. Mão Santa (PMDB-PI)
  7. Lobão Filho (PMDB-MA) #
  8. Arthur Virgílio (PSDB-AM)
  9. João Vicente Claudino (PTB-PI)
  10. Jefferson Praia (PDT-AM)
  11. Delcídio Amaral (PT-MS) #
  12. Ideli Salvatti (PT-SC) *
  13. Eduardo Suplicy (PT-SP) #
  14. Augusto Botelho (PT-RR) #

P.S.: para piorar, alguns são encontrados repetidas vezes nas mesmas matérias por terem ligações uns com os outros...

segunda-feira, 13 de julho de 2009

E, antes que eu me esqueça...

HOJE É O DIA MUNDIAL DO ROCK!!!

Há exatos 24 anos, o rock mundial pegou em armas contra a fome. Não foram usadas bazucas ou metralhadoras, mas guitarras, baixos e baterias: era o festival Live Aid, organizado pelo cantor e ativista Bob Geldof – o personagem Pink do filme The Wall – para arrecadar fundos destinados aos famintos na Etiópia. Dividido entre palcos nos estádios Wembley, em Londres, e JFK, na Filadélfia, o evento reuniu um batalhão de estrelas – entre elas, Paul McCartney, Madonna, David Bowie, Queen, U2 e um Led Zeppelin reunido para a ocasião – a banda havia sido dissolvida cinco anos antes, com a morte do baterista John Bonham. Desde então, o 13 de julho é lembrado como o Dia Mundial do Rock.

E, em homenagem à esse dia tão lindo... TOCA RAULLLLLLL!!!!! :)


Rock do Diabo

Raul Seixas

Composição: Raul Seixas / Paulo Coelho


Me dê um porco vivo
Para eu encher minha pança
Três quilos de alcatra
Com muqueca de esperança...

Diabo!
O diabo usa capote
É Rock! É Toque! É Forte!
Diabo!
Foi ele mesmo
Que me deu o toque...

Enquanto Freud
Explica as coisas
O diabo fica dando toque...

Existem dois diabos
Só que um parou na pista
Um deles é do toque
O outro é aquele do exorcista...

Diabo!
O diabo usa capote
É Rock! É Toque! É Forte!
Diabo!
Foi ele mesmo
Que me deu o toque
Huuuum!...

Enquanto Freud
Explica as coisas
O diabo fica dando os toque...

Mamãe disse a Zequinha
Nunca pule aquele muro
Zequinha respondeu
Mamãe aqui tá mais escuro...

Diabo!
O diabo usa capote
É Rock! É Toque! É Forte!
Diabo!
Foi ele mesmo que
Me deu o toque...

Enquanto Freud
Explica as coisas
O diabo fica dando os toque...

O diabo é o pai do rock!
O diabo é o pai do rock!
Então é very god rock!
O diabo é o pai do rock
Enquanto Freud explica
O diabo dá os toque...



VÍDEO ANTOLÓGICO ABAIXO :

Reunião da Comissão DF amanhã!

Por uma Conferência Nacional de
Comunicação Cidadã e dos Trabalhadores


Convidamos a todas as entidades envolvidas na luta pela realização das Conferências Nacional e Distrital de Comunicação para reunião na terça, dia 14 de julho, às 19 horas, no Auditório da Fenajufe.

Endereço: SCS, quadra 01. Bloco C. 14° andar. Edifício Venâncio da Silva. Fone: 33237061

Pauta Proposta:

1-Informes: Geral e local

2- Mobilização junto ao GDF para a convocação da Conferência Distrital

3 – Outros assuntos
Comissão Distrital Pró-Conferência de Comunicação CPC/DF

Abraço-DF, Campanha “Quem financia a baixaria é contra a cidadania”, CMP-DF, CUT-DF, Comissão de Empregados da Empresa Brasil de Comunicação,Cojira-DF, Conselho Regional de Psicologia, Consulta Popular,DCE UnB, Enecos, FNDC/DF, Intervozes – Coletivo Brasil de Comunicação Social, Movimento Democracia Direta, MNU, Projeto de Comunicação Comunitária da UnB, Ralacoco, Setorial de Cultura do Partido dos Trabalhadores do Distrito Federal, Sindicato dos Arquitetos do Distrito Federal, Sindicato dos Bancários do Distrito Federal, SJPDF, Sindicato dos Radialistas do Distrito Federal, SINTFUB, SINDPD-DF, SINDJUS-DF, Unicom.

Governo decide criar estatal para administrar pré-sal

Aquilo que tantos temiam, pelo jeito, vai acontecer...



Notícia do Portal Terra:

O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, confirmou nesta segunda-feira que o governo decidiu criar uma estatal para cuidar diretamente dos investimentos do petróleo na camada pré-sal.

De acordo com o ministro, que participou da segunda reunião ministerial do ano, também há a decisão política de substituir o atual sistema de concessão de blocos pelo sistema de partilha de produção.

Pela nova regra, a ser aplicada exclusivamente na região do pré-sal, a União ficaria com determinado percentual da produção, ao passo que caberia às empresas exploradoras o restante do insumo recolhido.

Os percentuais de divisão ainda não estão definidos e devem ser apresentados ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva dentro de 15 dias, em uma reunião que irá definir as linhas finais do marco regulatório do pré-sal.

Eita! E agora?

Sarney anula 663 atos secretos; todos já estão no site do Senado

Os 663 atos administrativos editados desde 1996, e que ficaram conhecidos como "atos secretos" por não terem obedecido ao princípio da publicidade, já estão disponíveis no site do Senado neste endereço: http://www.senado.gov.br/agencia/bap.html


por Marcos Chagas, da Agência Brasil


Brasília - O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), anulou hoje (13) todos os 663 atos administrativos que não haviam sido publicados em boletins administrativos de pessoal. O ato assinado também determina à Diretoria-Geral que “no prazo improrrogável de 30 dias apresente à comissão diretora relatório circunstanciado contendo as providências adotadas com objetivo de cumprir com fidelidade a determinação.”

Assim, as pessoas que foram contratadas por meio desses atos estão automaticamente desligadas dos quadro administrativo do Senado. Além disso, a medida exige o ressarcimento integral aos cofres públicos de recursos que eventualmente tenham sido pagos de forma indevida.

O Ato nº 294 ainda será publicado no boletim administrativo da Casa.

Agenda - Cidades em Transição


(clique na imagem para ampliar)

Cidades em Transição é um movimento que vem transformar as cidades em ambientes sustentáveis, menos dependentes do petróleo e mais integrados à natureza. É também um curso que prepara pessoas para que isso se torne realidade.

116 cidades em todo o mundo já estão preparando-se para a transição. Agora é a nossa vez! Sua presença é muito importante para o sucesso desta iniciativa e para o futuro do planeta.

Serão sorteadas duas bolsas parciais para o curso, que ocorrerá nos dias 15 e 16 de agosto.

Lançamento 15 de Julho, quarta-feira, 19 h Local: Auditório do CREA, Conselho Regional de Arquitetura e Engenharia, SGAS 901, Conj. "D", Asa Sul – 901 Sul, Brasília-DF

Audiência discutirá retorno de demitidos

Segundo informações da Agência Câmara, a Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara realiza, na próxima quarta-feira, audiência pública para discutir o retorno dos demitidos da Vale do Rio Doce durante o governo Collor (1990-1992).

Durante a reunião, também será discutida a aplicação da Lei 8.878/94, que determinou a reintegração de servidores demitidos irregularmente naquele período.

A audiência foi solicitada pelo presidente da comissão, deputado Luiz Couto (PT-PB), e pelo deputado Pompeo de Mattos (PDT-RS). Luiz Couto afirma que a Lei 8.878/94 não está sendo cumprida, principalmente por causa de entraves burocráticos no governo.

Atualmente, funciona na Câmara uma comissão especial que acompanha a aplicação das leis que concedem anistia a servidores demitidos. O relator dessa comissão é o deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP).

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Foto "no comments" da semana


(a fina flor do judiciário brasileiro)

Sociedade civil rumo à Conferência Nacional de Comunicação

Flávia Mattar do Portal Ibase

A sociedade civil organizada está buscando e encontrando formas de criar consensos que fortaleçam sua posição na Conferência Nacional de Comunicação, a ser realizada em dezembro? Para Jonas Valente, coordenador do Intervozes, as divergências internas da sociedade civil têm diminuído e não parecem ser o foco do debate agora.

Ibase – Quantas entidades da sociedade civil compõem a Comissão Organizadora da Conferência? Como foram escolhidas?

Jonas Valente – Há oito entidades da sociedade civil na Comissão Organizadora Nacional. A escolha foi feita pelo governo federal, mas se baseou em indicação da Comissão Nacional Pró-Conferência de Comunicação [CNPC] , definida por meio de votação entre as entidades que compõem essa articulação.

Ibase – Quais as principais divergências apresentadas pela sociedade civil organizada em relação à Conferencia Nacional de Comunicação?

Jonas Valente – As entidades da CNPC promoveram um longo e rico processo de discussão sobre a proposta da articulação para a metodologia e o temário da Confecom. Foram realizadas duas plenárias nacionais e dezenas de reuniões nas comissões estaduais e nacional. Ao final, chegamos a uma proposta. Com o debate na Comissão Organizadora, temos nos reunido para discutir as estratégias de apresentação das nossas propostas e as mediações necessárias quando elas não obtém maioria no conjunto dos membros da instância. Esse debate tem sido tranquilo e temos conseguido chegar a posições unitárias.

Considero que o processo de diálogo feito na CNPC tem gerado uma coesão importante. Na noite anterior a cada reunião da Comissão Organizadora, nos reunimos e discutimos a pauta do encontro, tirando posições e estratégias. Essas conversas prévias têm funcionado. Agora, precisamos avançar para conseguir também construir uma plataforma comum de propostas para a Conferência, pelo menos naquilo que for possível consensuar.

Ibase – Você acredita que corre o risco de a Conferência legitimar posições que o empresariado tornou dominantes ao longo do tempo?

Jonas Valente – É possível. Depende das regras do jogo, que ainda estão em disputa. da capacidade de mobilização e unidade do campo progressista da sociedade civil e, também, da posição do governo, que terá papel fundamental no processo. Se a sociedade civil conseguir formular, se organizar, mobilizar atores e movimentos e ter unidade, teremos grandes chances de aprovar resoluções avançadas. Mas se falharmos nisso, poderemos ver o contrário acontecendo.

Mais informações: http://www.proconferencia.com.br/

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Inscrições abertas para o Fórum Mundial de Educação (FME)

O Fórum Mundial de Educação (FME)
é um movimento pela cidadania e pelo direito universal à educação.

Inscrição: http://fmept.mec.gov.br/?c=CParticipante_verEdicao

Em novembro de 2009, O FME terá, pela primeira vez, uma versão dedicada à educação profissional e tecnológica.

O Brasil será sede do evento, que acontece entre os dias 23 e 27 de novembro de 2009,
no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília - DF.

-Estudantes
-Professores
-Pesquisadores
-Trabalhadores
-Governos
-Sindicatos
-Associações
-Pessoas da sociedade civil organizada

A expectativa é que 5 mil pessoas circulem pelo evento.

A programação será dividida em três eixos temáticos.

O primeiro trata de educação, trabalho e desenvolvimento sustentável;

o segundo é sobre educação, culturas e integração

O terceiro discutirá educação, ética, inclusão e diversidade.

O principal objetivo da iniciativa é levantar propostas
que integrem a plataforma mundial de educação.

Criada no Fórum Mundial de Educação de 2007, a plataforma dita princípios como a universalização do direito à educação pública,
a garantia do acesso e a desmercantilização do ensino.

Como sede de um evento internacional de educação profissional e tecnológica,
o Brasil tem motivos a comemorar.

A área vive um momento de franca expansão.

Além disso, em 2009 completam-se 100 anos desde que foram feitos
os primeiros investimentos do Governo Federal em educação profissional.

http://portal.mec.gov.br/fmept/index.php?option=com_content&view=article&id=145&Itemid=97&lang=br

Governo já insinua retirar a Confecom da pauta

Uma suposta escassez de verba pode inviabilizar a realização da histórica Conferência Nacional de Comunicação. Segundo o advogado e consultor jurídico do Ministério das Comunicações (Minicom), Marcelo Bechara, a pasta reduziu drasticamente o orçamento previsto para o evento — de R$ 8,6 milhões para apenas R$ 1,6 milhão.

Em audiência pública, nesta quarta-feira (8), na Comissão de Ciência e Tecnologia da Câmara Federal, Bechara explicou que, em 11 de maio, foi publicado um decreto retirando R$ 600 milhões de vários ministérios para o INSS. Segundo o advogado, o Ministério das Comunicações perdeu R$ 33 milhões no total, incluindo não só os recursos da conferência — mas também de programas de inclusão digital.

"Não foi feita nenhuma consulta prévia ao ministério", reclamou Bechara, explicando que, dessa maneira, ele não pôde sequer sugerir onde fazer os cortes. Apesar de a conferência estar prevista para ocorrer só em dezembro (nos dias 1º, 2 e 3), esses recursos já deveriam estar disponíveis. "Não definimos, por exemplo, o local porque não há sequer como reservar o espaço", disse o consultor, na audiência.

Com o orçamento encolhido, agrega ele, é impossível promover a conferência — que será composto por autoridades do Poder Judiciário e 16 entidades da sociedade civil, que debaterão os rumos das comunicações no país. "Já estamos em conversações com departamentos do Ministério do Planejamento — em especial a Secretaria de Orçamento Federal — para recompor o orçamento na integralidade", poderá Bechara. "É preciso haver um projeto de lei em regime de urgência."

Para piorar, a votação do regimento interno da conferência — inicialmente marcada para esta quinta-feira (9) — foi adiada para a próxima semana. Segundo Bechara, o motivo da alteração foi a incompatibilidade entre as agendas dos ministros das Comunicações, Hélio Costa; da Secretaria de Comunicação Social, Franklin Martins; e do secretário-geral da Presidência, Luiz Dulci.

O governo é cobrado

Para a deputada Cida Diogo (PT-RJ) — presidente da subcomissão que acompanha os preparativos da conferência —, a ausência de Hélio Costa, na audiência pública tem relação direta com o fato de ele não ter conseguido resolver o problema. "Sua vinda poderia representar um constrangimento", analisa. A parlamentar exigiu rapidez na aprovação do regimento interno da conferência, que está sendo discutido no comitê organizador.

Já o presidente da Comissão de Ciência e Tecnologia, deputado Eduardo Gomes (PSDB-TO), cobrou do governo uma posição sobre a conferência. "Se não agirmos com celeridade, ela estará cancelada. O governo precisa dizer se é ou não prioridade realizá-la." Gomes pediu ainda que a subcomissão dedicada a acompanhar a execução orçamentária cobre respostas do Ministério do Planejamento.

Com informações da Agência Câmara

Falando de transparência

Recebi, por e-mail, do camarada João Capiberibe* e reproduzo abaixo, na íntegra:


Idéia fixa: cada um tem a sua


A minha foi determinante para encarar a vida pública. Nasci na beira de um rio, dos tantos que serpenteiam a ilha do Marajó. Ainda menino, empreendi minha primeira aventura montado em uma canoa a vela, dias depois avistei Macapá, onde viveria minha segunda infância e parte da adolescência antes de ganhar o mundo.

Nos primeiros tempos, um fascínio. A ficha caiu quando fui morar na periferia. A água era de poço e a luz, de lamparina. Eu era mais um a conviver com a diferença de classes, como se cá nos bairros pobres fossemos invisíveis.

Na outra cidade a água jorrava límpida e cristalina nas torneiras, e as casas, à noite, eram tão iluminadas que parecia dia. Esperei anos para ver esses benefícios chegarem à minha porta. Cresci ouvindo as desculpas de sempre: falta verba, o governo não tem dinheiro para atender todo mundo é preciso paciência.

Muitos anos se passaram até que, depois de ter percorrido terras distantes, voltei à Macapá para ficar. Estava tudo igual. Meu bairro, o Igarapé das Mulheres, fora a beleza do nome, continuava precário, cheio de carências e apelos. Até as desculpas eram as mesmas.

Intrigado com o mesmo refrão, decidi passar a história a limpo, candidatei-me a prefeito em 1988, prometendo simplesmente participação popular na gestão da cidadae. Terminei surpreendentemente eleito.

De cara descobri que havia dinheiro, porém mal aplicado. No pagamento do primeiro mês de salários dos funcionários decidi entregar pessoalmente os contracheques. Surpresa: sobraram 440. Isso mesmo, muita gente “boa” da cidade, nomeada por decreto ‘secreto’, encolheu na hora de encarar a luz pública. Fui abrindo caminho em meio a uma intrincada teia de interesses particulares fincados em torno do orçamento. Um belo dia me deu um estalo: vamos expor na frente da prefeitura, em um quadro negro, as receitas e despesas mensais para todo mundo ver, e assim foi feito.

A transparência, mesmo apresentada de forma precária, além de produzir ganhos inusitados para a cidade, foi determinante na campanha que me elegeu governador em 1994.

Com um programa legitimado pelas urnas, assumi o governo embalado pela utopia do desenvolvimento sustentável recém parido da Eco-92. Agreguei, fundamentado na gestão transparente das receitas e despesas públicas, o compromisso de eliminar o patrimonialismo e a corrupção.

Para início de conversa descobri que meu antecessor governava com os cheques em cima da mesa. Com base nos saldos financeiros ia distribuindo bondades. Além de gastar os R$ 278 milhões arrecadados em 1994, deixou espetada uma dívida de R$ 151 milhões. Naquele tempo não havia Lei de Responsabilidade Fiscal.

Foram dois anos organizando, informatizando e implantando, com apoio do SERPRO, o Sistema Integrado de Administração Orçamentário e Financeiro do Estado do Amapá, passo decisivo para o que viria em seguida. Com a senha do sistema grudei os olhos nas receitas e nas despesas mostradas no monitor do computador que desfilavam em tempo real. Assim controlava as secretarias e avaliava seus desempenhos.

Auditei e suspendi processos de compras com indícios de superfaturamento afastando imediatamente os responsáveis. A intranet era perfeita. Então me veio à cabeça o quadro da transparência da prefeitura, só que eletrônico. Reeleito, fortalecido politicamente e completamente obcecado pela transparência pedalei um tempão sem sair do lugar. Ainda não havia competência técnica do tamanho do salto pretendido.

Persisti até que, no começo de 2002, foi estabelecido o link com a internet, expondo em tempo real o detalhamento das notas de empenho. Quanto às receitas, a Secretaria da Fazenda no final do dia mandava para a rede o extrato de todas as contas bancárias. O Amapá foi o primeiro estado com transparência total sem senhas ou códigos. Qualquer pessoa podia ter acesso aos preços praticados pelo governo.

Um passo importante, porém frágil, pois não consegui transformar essa prática em lei, garantindo sua constitucionalidade e obrigatoriedade. Deixei o governo em abril de 2002 para concorrer ao Senado. Eleito, negociei com os candidatos vencedores do primeiro turno para o governo estadual a continuidade do projeto. Um deles repetia à exaustão, no rádio e na televisão, que manteria as contas na internet. Recebeu nosso apoio, foi eleito e manteve sua palavra em parte, já que frequentemente observa-se uma certa demora para colocar o sistema em tempo real. Empossado apresentei o projeto Transparência, logrando aprová-lo no final de 2004. Esse ano o projeto foi ratificado na Câmara e sancionado pelo presidente Lula.

Ao longo de sete anos e três meses da revolução silenciosa da sustentabilidade e da transparência no coração da floresta, o Amapá deu um salto inusitado em sua qualidade de vida. Concluo com apenas dois dados para contrariar o coro da falta de verba. Nós, mais que dobramos as vagas no ensino médio. Em março de 1994, foram matriculados na rede pública estadual 13.713 alunos no ensino médio, em março de 2002, esse mesmo número saltou para 30.596.

A energia elétrica, um serviço caro, foi ampliada em Macapá e Santana, além de atingir todos os municípios. A extensão da rede de energia elétrica que, em 1994, era de 1.464,95 km, em 2001 contava com 2998,02 km de extensão. Colocamos energia elétrica nas sedes de todos os municípios do interior do estado, que antes viviam às escuras. Reafirmo com base na minha experiência que as contas públicas aos olhos do contribuinte são lucro certo para todos. Por último, basta comparar: a carga tributária dos alemães é um pouco abaixo da nossa, porque será que nossa qualidade de vida não é também um pouco mais alta que a deles?

*João Capiberibe, ex-prefeito, ex-governador e ex-senador do Amapá. Autor da Lei Complementar N° 131 de 27 de maio de 2009, a Lei Capiberibe.

Conferência de Comunicação: regimento adiado, novos embates

A aprovação do regimento da Conferência Nacional de Comunicação, que deveria sair nesta quinta (8), ficou para a próxima semana. Segundo o consultor jurídico do Ministério das Comunicações, Marcelo Bechara, responsável pela coordenação dos trabalhos, o adiamento se deve a um pedido dos ministros envolvidos com a Confecom, que querem participar diretamente da finalização do documento para ajudar no acerto dos pontos polêmicos.

Por Samuel Possebon, no Tela Viva


Segundo Bechara, não foi possível conciliar a agenda dos ministros Luiz Dulci (Secretaria- Geral da Presidência), Hélio Costa (Comunicações) e Franklin Martins (Secretaria de Comunicação Social). Os tais "pontos polêmicos" colocados por Bechara ficaram evidentes em debate realizado pela Comissão de Ciência, Tecnologia, Comunicação e Informática da Câmara nesta quarta (7).

A disputa se dá entre os grupos de radiodifusão e entre as entidades não-empresariais de democratização das comunicações. As emissoras de rádio e TV temem que a Confecom se torne um palco de críticas às emissoras e querem, por isso, estabelecer que a conferência se dedique à discussão apenas da internet e das questões tecnológicas futuras.

Só futuro

“Estamos absolutamente convencidos de que o tema central da Confecom tem que começar e terminar pela internet”, diz Evandro Guimarães, vice-presidente de relações institucionais das Organizações Globo e representante da Abert na audiência. "Queremos que a Confecom seja organizada de forma a garantir resultados efetivos e que possam ser aproveitados, e não apenas um ambiente de contestação, de catarse e protesto. Queremos uma conferência para propor, e não para protestar de maneira negativa.”

Segundo Evandro Guimarães, não se trata de regular a internet, mas de evitar que os modelos de negócio se confundam. "Alguém que faz TV pela internet faz radiodifusão, mas por outra plataforma. Pode essa operação empresarial estar funcionando sem as demandas da Constituição? A simples facilidade tecnológica derroga a Constituição? Ou o país quer ordem e progresso?", indagou.

Para ele, é possível que se decida, na Conferência, que as limitações de capital estrangeiro ou a defesa dos interesses nacionais não devam se aplicar no mundo da internet. "Nesse caso estaremos inaugurando uma nova fase, selvagem, na comunicação social brasileira". O que não foi dito durante a audiência é que os grupos de radiodifusão estão se empenhando para que estas preocupações constem já no regimento da Confecom.

Problemas atuais

Jonas Valente, representante do Coletivo Intervozes, uma das entidades de democratização das comunicações participantes dos debates para a conferência, lembrou ainda que, embora a convergência e a internet sejam fenômenos fundamentais no debate, há questões atuais que precisam ser discutidas.

"Precisamos discutir os novos desafios à luz dos velhos problemas. Se fosse a quarta ou quinta conferência, poderíamos discutir apenas o futuro e a convergência, mas sendo a primeira, precisamos dar condições para que a população participe e possa expressar sua opinião sobre a comunicação e os temas que são mais afetos a ela", disse Valente.

"Não podemos ter uma conferência apenas para discutir as necessidades e desafios de modelos empresariais. Não é uma conferência para discutir apenas a pauta das empresas", lembrou, ressaltando que a mídia impressa, o rádio e a TV estão muito presentes na vida da população.

Entre os parlamentares presentes, destaque para a manifestação de Paulo Teixeira (PT-SP): "Internet não pode ser tratada como um meio de comunicação social. Não é assim em nenhum lugar do mundo", disse, pregando que esse seja um ambiente de liberdade. Foi apoiado por outros dois parlamentares petistas.

Fernando Ferro, do PT-PE, retrucou a afirmação de Guimarães de que as manifestações regionais e municipais servirão para dar guarida a críticas aos radiodifusores. "Todos os grupos que estão discutindo comunicações estão organizados. O mais desorganizado deve ser as organizações Globo", brincou Ferro.

“A conferência não será um espaço para bater na TV Globo, ainda que seja necessário bater na TV Globo também. Mas há uma série de outros temas que precisam ser discutidos”, ironizou. Para o deputado Emiliano José (PT-BA), "a internet é o mundo da liberdade, é onde se coloca a voz dissidente da voz tradicional, é onde se coloca o espaço democrático.”

terça-feira, 7 de julho de 2009

Fim do diploma de jornalismo será discutido em audiência nesta quinta em Brasília

A Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio da Câmara realiza audiência pública nesta quinta-feira (9/7), às 9h30, em Brasília, para discutir o fim da obrigatoriedade do diploma de jornalismo para o exercício da profissão. O debate foi proposto pelo deputado Miguel Corrêa (PT-MG), informa a Agência Câmara.

Foram convidados para o debate o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes; o ministro do STF Marco Aurélio de Mello; o procurador regional da República da 3ª Região de São Paulo, André de Carvalho Ramos; o presidente da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), Sérgio Murillo de Andrade; o presidente da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), Daniel Pimentel Slavieiro; o presidente da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), Maurício Azêdo; a presidente da Associação Nacional de Jornais (ANJ), Judith Brito; a coordenadora do Curso de Comunicação Social da Universidade de Brasília (UNB), Dione Oliveira Moura; o jornalista Álvaro Damião, da Rádio Itatiaia e TV Alterosa de Minas Gerais; e o editor da Revista Fale Brasilia Marcos Linhares.

A decisão foi tomada pelo STF, no mês passado, no julgamento de recurso extraordinário protocolado pelo Ministério Público Federal (MPF) e pelo Sindicato das Empresas de Rádio e Televisão do Estado de São Paulo (Sertesp) contra acórdão do Tribunal Regional Federal da 3ª Região.

Corrêa afirma que a decisão do STF de acabar com a obrigatoriedade do diploma provoca um grande impacto na área de jornalismo e precisa de uma discussão mais aprofundada. “Precisamos entender melhor a decisão do Supremo Tribunal Federal e ouvir todos os pontos de vista sobre o assunto.”

Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, o ministro Gilmar Mendes, relator do caso no STF, disse que não há possibilidade de o Congresso reverter o que foi decidido pelo Supremo e ameaçou que, futuramente, a decisão deve atingir outras profissões regulamentadas.

Para Corrêa, o Legislativo está apenas cumprindo o seu papel. “É uma posição do ministro do Supremo e eu respeito inteiramente. Agora, é óbvio também que isto não impede a Casa Legislativa de manter os seus trabalhos. Aqui no Congresso, nós temos outro entendimento.”

VIVA COLOMBIA!

O texto foi enviado pelo companheiro Jose Alvarez, nosso colaborador, direto da Colômbia:


A continuación unas pocas de las cosas insólitas, inverosímiles, absurdas que ocurren solamente o con mayor frecuencia en Colombia y que tienen en mayor o menor grado impacto en la vida política, económica, jurídica y social de los colombianos. Este es solo el comienzo de la lista así que los invito a que la complementen….estoy seguro que nunca la vamos a terminar.

El único país en el que la mayoría de sus votantes siguen esperando que el presidente les diga expresamente si quiere o no seguir como presidente, a pesar de que es el propio presidente el que promueve, apoya, compra conciencias y organiza sesiones del congreso a la media noche para aprobar reformas políticas que le garanticen su perpetuación en el poder;

El único país en el que delincuentes y mafiosos, dada su confianza y cercanía con el alto gobierno, tienen el privilegio de entrar al Palacio de Nariño por las puertas de atrás, es decir llegan directamente a las áreas mas privadas de la casa presidencial;

El único país en el que a través de una agencia de inteligencia del estado, que depende directamente de la oficina del presidente, se persigue a opositores políticos y jueces, pero al pueblo se le repite insistentemente (y este se lo cree!!) que el presidente no tenia ni idea de las chuzadas;

El único país donde los casi 4 millones de desplazados son considerados migrantes;

El único país donde los asesinatos de civiles por parte del estado son llamados “falsos positivos”;

El único país donde los funcionarios del gobierno, con el presidente a la cabeza, mienten una y mil veces y aun si los periodistas (sobre todo los periodistas prepago) siguen diciéndoles y repitiéndoles a sus oyentes que “a la gente hay que creerle”;

El único país en el que los que se roban el país, o permiten que otros se lo roben (los mal llamados inversionistas extranjeros, por ejemplo), son considerados ejemplos de patriotismo que buscan el bien para la sociedad en general y como tal son elegidos y re-elegidos a los mas altos cargos públicos del país; mientras que los que cuestionan o protestan por este saqueo son tildados de apartidas, subversivos o terroristas;

El único país en el que para viajar seguro por sus carreteras se requiere que las autoridades instalen retenes de policía y/o militares cada 5 km (para no mencionar la mortificación que causa sentirse uno manoseado por los soldados y policías); y aun así la gente crea que ahora viven en el país mas seguro del mundo como resultado de la “seguridad democrática”;

El único país en el que payasos como Moreno de Caro, Edgar Perea…..y criminales como los Salvador Arana, Jorge Noguera, etc.….son nombrados en altos cargos diplomáticos (para vergüenza del país!!);

El único país en el que mas del 60% de sus congresistas están investigados o juzgados por sus alianzas con criminales y narcotraficantes, y el presidente sigue aun contando con sus votos y sacando a pupitrazo limpio todas políticas de exclusión social y por supuesto las que lo favorecen a el, a las elites económicas que lo apoyan, y a sus patronos imperialistas/neocolonialistas (léase la banca multilateral, multinacionales…);

El único país que tiene rectores o directivos de universidades que son aliados o cómplices de criminales y narcotraficantes (ej.: U. Córdoba, UIS, U. Quindío);

El único país en el que a un alcalde de la ciudad capital (considerado uno de los mejores!!!) le dio por encerrar los andenes de la ciudad instalando cientos de miles de trampas de concreto, metal, ladrillo (se acuerdan de los bolardos?!!) dizque para recuperar y proteger el espacio publico, de los cuales ya no se ven sino los pedazos o los huecos (incluido el hueco fiscal);

El único país en el que otro alcalde de la misma ciudad pero más inteligente que el anterior (tanto que se hizo elegir presidente poco después) mando a instalar unos chuzos mortales en el separador de la Ave. Caracas dizque para educar a los peatones y prevenir que estos se pasen por la mitad de la calle;

El único país en el que los semáforos son instalados en el costado donde los carros tienen que parar (lo que impide que los primeros conductores puedan ver cuando cambia) y no en el lado opuesto como manda el sentido común;

El único país por cuya capital discurre a lo largo de uno de sus costados un río que mas se parece a un alcantarillado abierto de los que predominan en el Choco, pero a su vez resulta dizque entre los diez mejores países en protección ambiental (no es un chiste!)

El unico país donde un comandante paramilitar denuncia que el presidente (cuando fue gobernador de antioquia) ordenó la masacre de Ituango, El Aro, y nadie le pode atención a sus denuncias, hasta que un dia aparece misteriosamente muerto en su celda (VER paramilitar villalba)

El unico país donde los hijos del presidente se hace multimillonarios de la noche a la mañana, haciendo negocios donde se trafica influencias, usando a los principales funcionarios que su padre nombra, generando ganancias de mas del 10.000 x 100 y antes son llamados "Buenos negociantes" .

Colombia es el unico País donde aún se aplica la frace de luis XIV de "el estado soy yo" cuando hay alguna critica contra algun miembro del gobierno o de la burguesía, saliendo los medios de comunicaciñon a decir que "es un ataque contra colombia" .


Leiam também o blog: La Colombia Invisible

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Obama, Michael Jakson, Che Guevara e um luto pelo golpe em Honduras

O artigo abaixo é do Carlos Pronzato do blog Bakunin Digital, com o qual somente não concordo nas afirmações contra Obama. Sim, os EUA continua o mesmo mas tenho esperanças numa mudança real vinda do novo presidente e acho que a própria escolha dele, é um indício de que o mundo pode avançar.

Prato cheio para a sociologia e/ou a psicologia das relações humanas este golpe fascista na Honduras, pais onde morei, numa das tantas paradas "dos meus diários de motocicleta sem motocicleta" nos longínquos e ainda golpistas anos 80, onde, trabalhando num restaurante de um exilado uruguaio em Tegucigalpa, observava diariamente os "contras" e os marines americanos circulando impunemente na cidade, planificando a derrubada da revolução nicaragüense de 1979. Pois é, o país que foi o trampolim para a queda da última experiência castrista/guevarista do continente e base também em 1954 da invasão da Guatemala para a derrubada, promovida pela CIA, do governo progressista de Jacobo Arbenz - onde um jovem Ernesto Guevara iniciou a última etapa da sua transformação em Che - não podia dar se ao luxo de permitir a ascensão de mais um presidente progressista, amigo de Cuba e próximo da Alba (Aliança Bolivariana das Américas), ou seja, mais uma intromissão nos planos do contra-ataque da direita no continente (vide Venezuela 2002, Bolívia 2007, etc.) que vê seus privilégios de classe ameaçados imerso numa crise mundial fruto da ambição desenfreada dos seus exorbitantes lucros.
Mas o que me provoca indignação é a postura discursiva enganosa do mais novo fantoche do estableshiment norte-americano, o popular Obama e o seu discurso “progre” de conciliação e a sua advertência – leve – e diplomática aos golpistas hondurenhos. Isto não pode nos levar a confusões sobre qual é e sempre será – como sempre foi – o foco da economia ianque – e os seus aliados europeus e hoje também asiáticos: a exploração pura e simples do planeta em beneficio de uma sociedade consumista, idiotizada e omissa como a norte-americana e os seus imitadores genuflexos espalhados pelo mundo. (Em tempo: a tradução brasileira do titulo do livro de Michael Moore, “Stupid White Men” para “Uma nação de idiotas”, foi uma verdadeira piada de “bom gosto” do editor). Com o extremo cuidado de não afetar os “ganhos morais” - depois da tenebrosa era Bush - ao redor do mundo durante e a partir da sua histórica assunção, através da aceitação de um novo imperialismo vendido como mais brando, não podemos nem devemos nos iludir sobre as reais motivações que ativaram esta desproporcionada reação dos empresários locais – manobristas dos interesses das grandes firmas transnacionais com assento nos EUA - através dos seus gestores legislativos no Senado e na Assembléia Legislativa.
A aproximação do presidente Zelaya à Venezuela bolivariana de Hugo Chávez, onde massas relegadas por séculos ao esquecimento hoje são protagonistas de um processo social surpreendente e sobre as quais constroem até hoje o american way of life as classes latino-americanas acomodadas, foi o estopim do golpe militar/empresarial/político de um país historicamente acostumado a ser base de contra-revoluções naquela área geográfica. O pretexto, um plebiscito popular que o presidente Zelaya convocou para rever os mecanismos eleitorais da Constituição e outras reformas. Com certeza, a elite hondurenha imaginava o resultado negativo para os seus interesses comerciais, que um pouco de liberdade e ganhos sociais recentes estavam criando no seu latifúndio centenário. Convocação que, aliás, é urgente e fundamental em nossos países para modificar este arremedo de democracia burguesa e marqueteira dos nossos países numa verdadeira democracia popular e participativa. O que está por trás disto é a mesma lógica monopolista norte-americana que respondeu com o golpe contra Jacobo Arbenz nos anos 50 quando este ousou tocar nos interesses de uma das principais empresa monopolistas do Tio Sam, a United Fruit Company, promovendo a reforma agrária no “pátio traseiro do Império”. Por tanto, o exemplo heróico nas ruas das massas venezuelanas em 2002, recolocando SEU presidente no poder, diante do golpe mediático organizado pela CIA e a oligarquia local, sirva hoje de espelho aos patriotas hondurenhos para reconquistar seu destino de liberdade.
E, utilizando as armas que a mídia hegemônica mundial nos proporciona, que o clipe de Michael Jakson, que está percorrendo o mundo nestes dias, desde o morro de Santa Marta no Rio e o Pelô do Olodum na Bahia: They don’t care about us (“Eles não ligam para nós”) seja o fundo musical da revolta popular latino-americana para repelir este inicio dos contra-ataques em curso dos exércitos golpistas a serviço das multinacionais. Que o luto pelo ídolo pop se estenda também a estas práticas que nunca deveriam ter retornado da profunda noite do esquecimento. Mas este, sim, sem nenhum tipo de lamentações.

Carlos Pronzato é poeta e cineasta/documentarista e autor do blog www.lamestizaaudiovisual.blogspot.com

Adversários de Dantas não sabem por que o destestam

O Felipe, que também colabora aqui no blog, me enviou o excelente texto abaixo. Concordo, imprensa tem que fazer mea culpa sim. Aliás, os exemplos citados pelo Brickmann são qualquer coisa, menos jornalismo. Só fico curiosa em saber se eram com ou sem diploma.



Por Carlos Brickmann



Aonde o boi vai, a manada vai atrás


Pedro Alexandre Sanches, crítico de música, repórter, escreve um artigo interessantíssimo em seu blog de 25 de junho. O título é "Simonal e a ditabranca”, e o tema, trazido pelo filme "Ninguém sabe o duro que dei”, é Wilson Simonal. Mas o que nos interessa, neste momento, não é saber se Simonal foi ou não informante, nem analisar por que a imprensa, fosse qual fosse sua tendência ideológica, preferiu sepultá-lo vivo. O que chamou a atenção deste colunista foi um excelente depoimento do próprio Sanches, que encarava Simonal com hostilidade e acabou descobrindo que não sabia por que não gostava dele – um problema enfrentado não apenas por Simonal, mas por inúmeros alvos da artilharia da imprensa.

Este colunista, em CPIs, já viu coisas fantásticas. Viu repórteres arrumando as unhas, sem prestar a menor atenção aos depoimentos, para depois ouvir os acusadores, só os acusadores, e escrever a matéria. Viu, certa vez, um parlamentar exigir que os colegas de trabalho do investigado levantassem as mãos, para identificá-los; e repórteres gritando "manda ficar de pé pra gente escrachar!” Outra vez, graças aos esforços de um parlamentar cujo caráter não chega a ser imaculado, foi vítima de um engraçadíssimo interrogatório, movido pela segurança da Casa: embora fosse conhecido de todos, embora tivesse todos os documentos em ordem, embora estivesse com o crachá da CPI pendurado no pescoço, queriam provar que se tratava de outra pessoa, com outro nome, mas que também era gordo. Os repórteres assistiram à cena, mas não a narraram: afinal de contas, não era nada que pudesse prejudicar o investigado, de quem não gostavam.

Faça um teste, caro colega: pergunte a alguém quais são os crimes pelos quais o banqueiro Daniel Dantas foi condenado, e por quais outros é investigado. Não é questão de discutir culpa (isso já foi decidido pelo juiz que o condenou): apenas de ganhar a certeza de que alguns dos mais ferozes adversários do banqueiro entre os repórteres não têm a menor idéia do motivo pelo qual o detestam.

Tudo bem, cada um gosta de quem quer. Só que isso não é jornalismo. Jornalismo é o que fez Pedro Alexandre Sanches (e, em sentido oposto, sustentando a culpa de Simonal, é o que fez Mário Magalhães). O resto é achismo.


[Texto publicado originalmente na coluna de Carlos Brickmann, no Observatório da Imprensa, em 30 de junho de 2009.]

Muda tudo todo dia

Esta crise está deixando todo mundo meio confuso. Há alguns anos o PT (leia-se Ideli Salvati) se desgastou com a história de defender Renan Calheiros que, em troca, fez de tudo para eleger Sarney e derrubar Tião Viana (PT-AC). Para conseguir isso, articulou um cargo para o PTB que foi dado ao Collorido ex-presidente (num cargo aliás, que seria proporcionalmente da Ideli). Agora que vários partidos já manifestaram a saída de Sarney, a esperança dele é o... PT! E o Lula fazendo declaração de apoio a ele, realmente... É a tal "caixinha de surpresas".


Fonte: O Globo



O pedido de demissão do secretário-executivo do Ministério da Integração Nacional, Luiz Antonio Eira, após um desentendimento com a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), preocupa peemedebistas.

Para os que defendem o apoio do partido à candidatura de Dilma em 2010, episódios como esse, em que ela foi grosseira em público com o funcionário, reforçam o argumento dos que querem a aliança com o PSDB de José Serra e os que têm um pé atrás com Dilma devido a seu gênio forte.
Numa audiência para discutir obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), em que estavam Eira, outros funcionários graduados do governo e empresários, no último dia 24, Dilma teria sido extremamente mal educada ao reagir, aos berros, a um comentário do secretário-executivo do ministro Geddel Vieira Lima (PMDB).

Diante da informação de que a Ferrovia Transnordestina não seria mais concluída em 2010, Eira argumentou que seria importante rever também o cronograma de liberações do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste, cujos recursos estão comprometidos com a obra. Dilma não gostou da intervenção.

Eira disse a colegas do ministério que, para não iniciar um bate-boca com Dilma, optou por deixar o cargo e voltar a ser consultor na Câmara dos Deputados. Avisou a Geddel e apresentou sua carta de demissão esta semana, em caráter irrevogável. Geddel está em Salvador e, segundo sua assessoria, não falaria sobre o caso.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Quem diria II

Deu na Folha agora há pouco:

"O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados rejeitou, na tarde desta quarta-feira (1), por 9 votos contrários e 4 a favor, com uma abstenção, o relatório do deputado Nazareno Fonteles (PT-PI), que pedia a cassação do mandato do deputado Edmar Moreira (sem partido-MG) por quebra de decoro parlamentar(...). O advogado de Edmar Moreira, Sergio Ribeiro, argumentou que no momento em que as irregularidades foram feitas elas não eram ilegais e pediu o arquivamento do processo. "Se precisou de uma norma posterior proibindo a contratação de empresa própria, é porque antes isso era permitido", afirmou. Segundo ele, "o princípio da legalidade é aplicado aqui sim, só que numa interpretação diferente da do relator". O deputado Moreira Mendes (PPS-RO) afirmou que a pena sugerida pelo relatório, a perda do mandato, "é desproporcional". "O mandato é meu e vou votar de acordo com minha consciência. (...) Mendes, que alegou falta de provas para condenar Moreira, foi acusado em junho, pelo Ministério Público de Rondônia, de envolvimento em desvios de dinheiro público por meio de vendas irregulares de passagens aéreas à Assembleia Legislativa do Estado."

Interessante a postura do deputado Moreira Mendes. Sua tentativa de amenizar a conduta política do Edmar Moreira, tem claramente ligação com o fato dele mesmo ser alvo de denúncia do MP (me lembra um pouco um conhecido magistrado que defendeu o fim do uso das algemas, dizem as ás línguas, com a intenção de se prevenir de ter um dia que usá-las).

A cereja do bolo foi ouví-lo dizer que "recebeu pressões fortíssimas de setores de seu partido (...)" e que "recebeu ligação do presidente Roberto Freire para reconsiderar o voto e aceitar a orientação partidária nessa questão mas o mandato é meu e vou votar de acordo com a minha consciência". Puxa... dá pra dizer, pelo menos, que ele é bem "macho" né. Ou não?

Mas, eu disse cereja do bolo? Não, a cereja mesmo é o PPS tê-lo como representante de sua legenda no Conselho de Ética da Câmara. O PPS - Partido Popular Socialista, do qual aliás, também sou filiada, é aquele que se intitula "um partido decente". Longe de querer jogar pedras, o que estou questionando é: esse lema é corroborado por esse episódio?

Aí, passando os olhos pelo noticiário, eis que me deparo com a seguinte notícia do Paraná Online: "PPS decide punir deputado Felipe Lucas". E qual foi a mancada do Felipe? Segue trecho da matéria:

A executiva estadual do PPS decidiu aplicar uma punição ao deputado estadual Felipe Lucas, que afrontou a orientação do partido ao votar contra as emendas ao projeto de reajuste dos servidores públicos estaduais, aprovado no mês passado. Pelo período de noventa dias, Felipe Lucas não poderá se manifestar ou votar nas reuniões do partido, que são realizadas semanalmente. Felipe Lucas votou junto com o bloco aliado ao governo, rejeitando as propostas que ampliavam a reposição salarial de 6% para 15% e que eram apoiadas pelo grupo de oposição. A Comissão de Ética do partido foi acionada e o parecer recomendando uma reprimenda ao deputado foi aprovado na reunião de anteontem. O deputado Douglas Fabrício, um dos integrantes da bancada do PPS e vice-presidente do partido, considerou branda a pena de Lucas. Fabrício disse que esta não foi a primeira vez que Lucas desrespeita a posição do partido e constrange os deputados da bancada do PPS, sempre se alinhando à bancada do governo(...).


Bom, vou me abster de comentar e aguardar a decisão do partido sobre o assunto. Mas, quero dizer uma coisa, nessas horas eu simplesmente AMO essa coisa chamada "rede de notícias" por quem temos o privilégio de ser bombardeados (num ritmo frenético) todos os dias.

É ruim mas é bom.

Lula promete ajuda a países africanos em "revolução verde"

Além de ser intrigante a defesa dos biocombustíveis no discurso que Lula proferiu no evento, o que obrigou o líder líbio, Muammar Gaddafi, a afirmar que a idéia de potencializar os biocombustíveis parecia "interessante, desde que isto não se faça em detrimento da comida" , também chama a atenção a expressão "revolução verde" já que esta, além de ser a cor do movimento ambientalista, é também a cor da própria bandeira líbia, anfitriã do evento. E é a cor também do livro homônimo (sim, "Livro Verde") escrito pelo mesmo Muammar Gaddafi após a tomada do poder naquele país, há 40 anos.

O livro é uma proposta política de reorganização de Estado, elaborada por ele, no sentido de aproximar o país de uma democracia direta - assunto que está na ordem mundial - que, de fato é exercida por lá (com assembléias populares e rodízio de representantes), apesar das críticas que faz a grande mídia. Ao contrário do que ela diz, por exemplo, Muammar Gaddafi não é o presidente do país há 40 anos, mas um líder militar que, de fato, possui grande expressão e liderança e é chamado à representar o país a todo o momento. Mas o contexto é o de uma região conflituosa e ameaçada e aí o entendimento da questão não pode ser o mesmo que temos aqui, país livre que somos. Fora os aspectos culturais... bom, esse é um tema para outro post.

De qualquer forma, gostei de ver e essa é uma coisa que, devo confessar, me admira no presidente Lula. Ele realiza essas incursões por países mais à esquerda (como é o caso dos países da América Latina integrantes da Alba) como ninguém e esse intercâmbio é inédito na história desse país. Mesmo.

Leandro encontra mais informações sobre as ligações perigosas do IDP com órgãos públicos

O Leandro Fortes, meu colega de profissão que me faz ter orgulho do meu diploma, resolveu ir atrás de mais informações acerca do tal IDP do Gilmar Mendes para, inicialmente, se defender das acusações contra ele (constantes de processo) de que estaria, com suas matérias, "causando prejuízos financeiros" ao empreendimento do presidente do STF. Só que o material encontrado pelo pessoal do Contas Abertas foi tão, digamos, "significativo" que o Leandro não resistiu em publicar matéria sobre o assunto. Veja no blog dele as ligações estranhas encontradas por ele, como por exemplo:

"Gilmar Mendes não gostava da Polícia Federal do delegado Paulo Lacerda, a quem ajudou a derrubar graças àquela história do grampo fajuto – sem áudio nem transcrição – publicado pela revista Veja. Na gestão do atual diretor-geral, Luiz Fernando Corrêa, a relação com a PF parece ter mudado bastante: nos dias 12 e 13 de março, sob a rubrica de “Coordenação de Administração – COAD”, e sem nenhuma especificação sobre o órgão de origem nem sobre os beneficiários, a Polícia Federal firmou dois contratos com o IDP. Ambos, na categoria licitatória “inexigível”(...)"

Sabe o que me deixa mais triste? Muitas pessoas que conheço têm o desejo de pagar por cursos no IDP, dado o "status instantâneo" que se adquire com um certificado de lá, em especial para quem é da area jurídica. E olha que concordo totalmente que, com o quadro de "sumidades" que lá trabalham, realmente os cursos devem estar entre os melhores da cidade.

O problema é que, ao analisar a vida política do país, essas mesmas pessoas, indignadas, tecem discursos de moralidade e até mesmo idealismo mas não conseguem fazer a "ligação" entre construir a crítica ao modelo de Estado confuso que temos e suas relações sociais recheadas de valores distorcidos e acabam por legitimar a prática dos agentes públicos que eles tantam criticam!!! É ou nao é um novelo de lã???

Eu adoraria fazer cursos na área de direito administrativo, tema pelo qual me interesso, com muitos dos contratados pelo Gilmar. Mas me recuso a colocar um centavo da grana que ralo pra ganhar, para legitimar um instituto que só não está mais do que sabemos sob a mira da imprensa e dos órgãos de controle, porque pertence ao presidente do STF que ainda se diz vítima de teorias da conspiração!!!

Volto a dizer, leiam o artigo do Leandro Fortes.
Não são suspeitas, são FATOS comprovados pelo sistema de controle de gastos da administração federal, o SIAF. Muitos dos contratos, identificados com siglas genéricas para dificultar a identificação do empenho.

Se vamos decidir hoje pela cassação do "deputado do castelo" acusado, dentre outras coisas, de desvio de dinheiro público, pergunto: quando será possível ultrapassar a enorme barreira de poder da qual se vale Gilmar Mendes para defender ou mesmo blindar a si próprio contra processos que, tivesse ele em outro lugar que não na presidência da Suprema Côrte do país, já estaria mais do que enrascado??

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